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Dia 476
— Anda, babe. — Estava apressando a mulher à minha frente.
Rebecca estava reclamando depois de eu ter pedido para ela usar um vestido para a nossa festa.
— São apenas nossos amigos. — Ela revirou os olhos enquanto tirava a camisa larga que vestia. — Eles já estão acostumados a me ver assim, Nate.
— Eu fiz até a barba. — Falei me aproximando dela, que revirou os olhos.
— Eu te odeio, Maloley. — Ela bufou, descendo com a calça de moletom.
— Eu te amo, Sanders. — Disse rindo enquanto encarava o corpo quase nu da garota, que apenas me mostrou o dedo do meio.
Rebecca demorou tempo demais para colocar o vestido e a única explicação era a sua barriga. Aquilo a prejudicava de todas as formas possíveis, mas em breve nosso bebê nasceria.
— Eu odeio essas roupas. — Ela bufou.
— Pois eu acho que você está linda. — Me aproximei mais dela, envolvendo meus braços em sua cintura, a puxando mais contra mim.
— Eu estou parecendo uma melancia, Maloley. — Ela revirou os olhos, mas desceu a mão para a barriga, acariciando por cima do pano do vestido.
— Eu amo melancias. — Disse rindo.
(...)
JJ e as garotas tinham conseguido organizar uma festa perfeita, mesmo em tão pouco tempo. Como sempre, Becca não quis algo grande, então fizemos apenas para nós. A grande revelação seria em fogos de artifício, o que deixava evidente que só descobriríamos o sexo de noite.
Becca estava sentada em um canto, conversando com Lucy e Gilinsky. Meu amigo estava com uma das mãos na cintura da garota. Ultimamente eu tinha notado uma certa aproximação dos dois, mas achei que era coisa da minha cabeça. Agora tinha certeza que não.
Sammy estava com as duas crianças. Ele fazia questão de ficar perto dos bebês, já que, segundo ele, queria ser o tio preferido. Eu apenas ria das suas falas, já que até o Finn me preferia. Eu sempre seria o preferido de todos eles.
JJ estava se engraçando com a Sabrina, que se divertia com o garoto. Eles formavam um casal bonito e ela, apesar de tudo, parecia ser alguém que o colocaria sempre para cima. Ela apenas tinha ido para a boate do Luke por causa dos pais e, mesmo depois de tudo, eles não a aceitaram novamente em casa. Algo sobre a religião não permitir.
A minha casa já era quase um hotel. Há pouco mais de um ano eu nunca imaginei isso, mas hoje eu não consigo mais vê-la vazia. O que antes só ficava cheia pelas festas, agora estava cheia pela família. Era estranho pensar sobre isso, mas eu não me via mais daquela forma. Eu era feliz assim e cada dia que se passava tinha mais certeza disso.
