23 ▪ Sammy

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Dia 30

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Dia 30

Já tinha quinze dias que o Skate estava internado. Ele havia tido uma melhora significativa nesse tempo, mas ainda estava em coma. O médico falou que em alguns dias poderiam avaliar a situação e transferi-lo de ala. Aquilo estava sendo algo positivo.

Becca, por outro lado, não tinha um segundo de paz. A garota não saia do lado do tatuado. Ela havia emagrecido muito e mal dormia. Mesmo quando um de nós três ficávamos ali, a garota não abria mão e fazia companhia. Ela queria estar presente quando o tatuado acordasse.

Eu não sabia que a relação deles tinha melhorado tanto assim, mas estava feliz. O Nate estava muito animado com a gravidez, igual eu não via há tempos. Becca estava entrando no sexto mês, então ele ainda aproveitaria muito desse momento. Desde o acidente, ela não foi em mais nenhuma consulta e eu sabia que o tatuado nos mataria caso acontecesse algo ao bebê.

— Rebecca... — tentei soar calmo, já que a garota andava no seu limite — Já tem três semanas que você não consulta.

— O Nate vai acordar e vamos. — ela não desviou o olhar do tatuado para falar.

Rebecca tinha colocado uma cadeira, nada confortável, de hospital ao lado da maca. A garota ficava o dia inteiro com as mãos dada com o tatuado. Ela só saia dessa posição para ir ao banheiro, que não era mais do que três vezes ao dia. Nate levantaria daquela cama só para matar todos nós por deixar a garota assim.

— Ele vai ficar bravo se você não tiver ido em pelo menos uma nesse tempo... — falei e a garota me encarou — Você está magra, mal come, mal dorme.

— E se ele acordar, Sammy? — a garota disse com lágrimas nos olhos.

— Eu te aviso, Becca. — me levantei do sofá e me aproximei. — Além do mais, ele não vai acordar até tirarem as medicações dele. E você sabe que...

— Que ainda faltam duas semanas. — ela completou a frase.

— Então, Rebecca... — incentivei. — Vai para casa. Toma um banho, come. De tarde eu te levo na consulta.

— Eu vi que tem casos que o paciente acorda mesmo medicado. — ela falou, desviando a atenção para o Nate.

— A única chance dele acordar é para me matar, por te deixar assim. — falei brincando, mas a garota começou a chorar. — É brincadeira, Becca. O Nate vai acordar, só não vai ser agora.

— Mas e se ele piorar? — a garota voltou a me encarar. — Eu quero estar aqui.

— E vai fazer o que, Dra. Becca? — debochei. — O Nate está em um dos melhores hospitais da Califórnia. Não tem do que se preocupar. Vá para casa, se prepare. Três da tarde eu passo para te pegar e levar na consulta.

— E quem vai ficar com o Nate? — a garota se preocupou.

— Eu peço o JJ, ok? — a acalmei e ela concordou.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora