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está leve feito pluma

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está leve feito pluma.
Dou uma risada fascinada.
— Olá, Heitor Marques. Sou karol  sevilla , tenho vinte
e cinco anos, tenho um filhinho e moro sozinha. Meu pai mora aqui
perto, e minha mãe está internada se recuperando de um AVC.
Tenho uma irmã gêmea que, no momento, está em Nova York.
— Tem uma irmã gêmea?
— Sim. Chama-se carolina .
— Vocês são idênticas?
— Sim. Inclusive ela veio me ver, eu a trouxe aqui para te
conhecer, mas você não estava em casa.
Ele arregala os olhos de repente, como se levasse um susto.
Rapidamente tenta disfarçar bebendo um pouco de vinho, mas eu
percebi.
— Ela… veio aqui? Contou de mim para ela?
— Sim, contei. Ela disse que era para eu ser feliz.
— Ela aprovou que você ficasse comigo?
Meio tímida, desvio o olhar.
— Sim, mas você não deve levar em consideração o que minha
irmã fala, ela é meio doidinha. Somos diferentes.
Interessado, com uma expressão quase psicótica, Heitor se
aproxima mais e pergunta:
— São diferentes? Como? Ela é casada, tem filhos e é rica?
— Não. Ela não é casada e não tem filhos. Terminou
recentemente com o namorado, que é um pé no saco.
Ele apenas balança a cabeça, assentindo, e vejo, pela segunda
vez na noite, a sombra de revolta passando nos olhos dele, que só
agora percebo que são castanhos .
Como os de Bernardo…
Que loucura. Nem bebi muito e já estou alucinada.
— Então é isso. Eu tenho seu telefone, estou aqui em frente e
podemos nos ver mais vezes. — Me levanto, e ele se levanta
também, se aproxima e coloca uma mão no meu ombro.
— Quer vir aqui novamente? Se você trouxer Bernardo, será um
jantar agradável e alegre. Se não trouxer, será um jantar adorável e,
talvez, a noite termine de uma forma mais deliciosa — Heitor termina
dizendo melosamente, um olhar semicerrado e sexy.
— Posso vir amanhã — digo, aceitando mesmo a proposta dele.
— Às oito está bom?
— Está ótimo.
Ele dá um passo e beija meus lábios. Não é o mesmo beijo
erótico que trocamos no barco. Esse é mais modesto, mais respeitoso
e, mesmo assim, não deixa de ser muito bom.
Depois que nos despedimos, Heitor pede para levar Bernardo
até a porta da minha casa. O menino dorme no ombro dele, e é a
cena mais agradável que já vi em anos. Nem mesmo quando meu
noivo segurava Beni eu me sentia tão emocionada.
Ele me deixa na porta de casa e, antes de entrar, me dá um
último beijo e sai. Fico olhando ele ir para a outra casa e subir as
escadas. Assim que entra, eu abaixo os olhos e vejo Renato, que me
olha da janela de baixo. Finjo não ver e entro.
No dia seguinte, Susie se prontifica a ficar com Bernardo na
casa dela. Já é noite e eu me arrumo para ir ao jantar na casa de
Heitor. Já contei para elas, que me fizeram jurar que ainda não era a
noite do sexo. Eu prometi que voltaria antes das onze e que não faria
mais nada além de beijar. Estou curtindo muito isso, é como começar

a namorar. A gente sente aquela expectativa doce no ar, os beijos
que vão evoluindo e o dia de finalmente transar fica cada vez mais
perto. É tão excitante…
Quando estou quase pronta, ouço uma voz me chamar. Olho
intrigada para Susie e Pitty que estão em minha casa. Em seguida ao
chamado, acordes de violão começam acompanhando a voz
masculina afinada que canta.
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar subentendido…
— Ai, minha nossa! — resmungo desorientada com a mão na
boca.
— Abra a janela, Beca — Pitty grita, e eu abro.
Para meu desespero, lá embaixo está Renato, com um violão,
fazendo uma serenata para mim. Sem saber o que fazer ou dizer, eu
apenas observo boquiaberta ele cantar:
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza, então
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
De repente, do outro lado, na casa vizinha, a porta se abre e
Heitor sai. Ele também fica surpreso, vendo Renato se declarar.
Meu ex-cunhado canta, mas meu olhar está petrificado, focando
no homem na casa do outro lado.
Pitty e Susie abrem a porta e me puxam para fora. Saio em
modo automático, sem saber ao certo o que vou fazer. Acho que
ainda nem pisquei e respirei. Assim que fico na frente de Renato, do outro lado Heitor volta para dentro. Quando a música termina e
Renato me abraça, as luzes da casa vizinha se apagam.
E eu fico tonta de frustração.


E eu fico tonta de frustração

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Ruggero


Dizem que cabeça vazia é oficina do diabo. Por isso, eu fui me
ocupar ao invés de ficar remoendo o ódio. Talvez vocês estejam
pensando que eu chutei os móveis, que ameacei decepar Renato ou
que xinguei karol  de todos os nomes feios conhecidos.
Não, não fiz nada disso. Eu apenas peguei algumas coisas, meti
em uma mochila e saí. E fiz questão de mostrar para ela que estava
saindo. Se karol quer ficar com o padeiro oxigenado, que fique! Tô
cagando pra isso. A única coisa que eu quero é o bebê. Depois que
eu o tiver comigo, em minha posse, então karol que decida o
próprio caminho. Se quiser continuar comigo, e, se eu ainda a quiser,
então resolvemos. Se não quiser, eu pago uma boa pensão e pronto.
Fim de papo. Meu filho será criado como um garoto de nível alto e
não como um moleque solto na praia.
Nem adianta me xingar de maldito e arrogante. Eu só quero
justiça. Não acredito nem um pouco em karol, afinal foi dessa
mesma forma que carolina  me conquistou: se fingindo de jovem
carente e inocente. Por muito tempo, carolina  vendou meus olhos e,
agora, a outra irmã não fará o mesmo. Elas estão juntas nessa, e eu
ainda não sei o que karol  ganha criando meu filho. Provavelmente
Carolina  ainda vai pedir o valor para eu pagar, então elas irão dividir os
lucros. Só pode, porque não faz sentido algum.
***
Dessa vez, eu não vou atrás de mike e  Agustín  para me ajudarem a
planejar. Não haverá sítio para onde mime  levou valu , não forçarei a
barra. De agora em diante é guerra, pois Renato entrou na disputa,

Minha perdição   (Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora