karol depois da morte de seu marido se fecha pro mundo decidi ser melhor seguir sua vida sozinha foca agora em criar o filho de sua irmã
ruggero é um sedutor cafajeste incorrigível dono de uma empresa na zone sul da cidade
nunca perdoa um rabo...
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Ruggero
portanto as armações serão apenas para trazer karol para mais perto de mim. Tenho certeza absoluta que quando ela provar do bem bom comigo na cama não vai esquecer. Não vai ter padeiro loiro e noivo morto que a faça desviar a atenção de mim. Da cama para o altar será um pulo. E, para deixar o clima um pouco menos tenso, eu confesso para todos: karol me deixou mais intrigado do que quando conheci Carolina , e, sem dúvidas, ela é bem mais atraente do que a irmã e isso me causa um pouco de euforia, bem abaixo do umbigo. *** Assim que chego ao Rio, ligo para Matheus. Ele está preparando todos os papéis para mim. De alguma forma vou convencer karol a assinar. Claro que ela vai querer ler, por isso vão haver dois documentos: o falso, que ela vai ler, e outro que ela vai assinar. Só não sei ainda como vou trocar os papéis. Penso nisso depois. Segundo Matheus, os papéis do casamento já estão prontos. Ele, agora, está trabalhando no contrato, que foi ideia de mike, que faz com que karol passe a guarda de Bernardo para mim em caso de divórcio. Que isso fique bem oculto, ela jamais poderá saber. Resumindo: passei uma semana longe de tudo, trabalhando e mantendo muita coisa adiantada. Pedi a Mariza que me ligasse se alguma coisa urgente acontecesse ou se precisasse de mim. Mike e Agustín estão muito bravos comigo, e diz que estamos negligenciando a empresa. Com meu irmão eu me acerto, afinal eu segurei as pontas enquanto ele estava tentando capturar valu, mas com Agustín é mais difícil, muito mais difícil. Eu apenas corri com meu trabalho, mostrando serviço e adiantei o máximo que pude. Cheguei a passar uma noite em claro organizando papeladas do banco. Depois de todo esse tempo longe de Angra, eu volto como Heitor, mas acompanhando de Mike . Sim, vocês entenderam certo, levo Mike comigo. Ele está muito puto por eu ter colocado ele nisso e, ainda por cima, com nome de Tarcísio. Ele está passando por médico, e eu me passando por um moribundo. Apenas continuem lendo e saberão o que estou aprontando. Às oito da manhã estamos de tocaia dentro de um carro, um pouco longe, observando com binóculo o momento em que karol está saindo. Quando vimos ela na porta de sua casa, Mike liga o carro e vai em direção ao meu sobrado. — Aja como planejamos, Mike — eu aviso quando o carro para e ele se prepara para descer. — Você vai pagar muito caro por me fazer sair do Rio de madrugada. — Ele me olha com uma carranca. — Não enche. Eu te ajudei muito com a valu. Se cala, afinal é a pura verdade; ele e Agustín me devem muito. Karol olha em nossa direção e fica parada do outro lado, encarando atentamente, pega na minha cilada, enquanto Mike desce e me ajuda. Saio meio curvado do carro e andando manco, como se estivesse muito doente. Atuando descaradamente. Por que estou fazendo isso? Para deixá-la com muita pena de mim. Um cara boa pinta, gostosão e doente? Quem pode resistir? Eu tenho cartas diversificadas na manga, então não vou perder meu tempo cantando ou mandando flores pra ela. Jogar sujo me dará vantagens em relação a Renato. Nossos olhares se encontram, e eu dou um breve aceno de cabeça para ela. Karol está horrorizada e, como eu imaginei, ela
vem andando em nossa direção. — Heitor, o que aconteceu? — Um pequeno contratempo, karol. Estou bem — digo sem olhar para ela com uma voz baixa e sofrida. — Contratempo? — ela insiste, preocupada. — Oi, você é vizinha do meu irmão? — Mike entra no jogo. Atuar é com ele mesmo. Ela já o viu, mas só então parece reparar nele ao meu lado. Karol solta um singelo sorriso. — Ah, você é o irmão de Heitor? Sou karol. Ele está bem? — Oi, karol , sou Tarcísio. E, sim, ele está bem. Teve uma intoxicação alimentar, mas em dois ou três dias, se não for muito teimoso e tomar toda a medicação, ficará bom. Se você, ou o cara daqui de baixo, puder dar uma olhada nele, só para ver como está… — Não, Tarcísio — me intrometo e engulo uma risada pela cara de mike. Ele também tenta se controlar. — Não precisa. Karol tem compromissos, eu vou ficar bem. — Bem como, Heitor? — mike vira-se para mim em uma cena perfeita de novela. — Cara, eu não posso vir sempre aqui, e você não quer ficar na minha casa. Pelo amor de Deus, se cuide. Alô, Hollywood! Vocês aceitam currículos? Eu e mike podemos carregar muitos adjetivos ruins, mas todos têm que dar o braço a torcer que nós somos ótimos atores. E, pelos olhos arregalados dela, os lábios formando um oh mudo, karol está acreditando na nossa encenação. — Eu posso cuidar dele. Prometo — karol se antecipa, agitada. — karol, não precisa mesmo — Enfim olho para ela. — Eu
vou ficar a maior parte do tempo deitado. Ela parece mais bonita nessa manhã. Será que é por eu ter ficado uma semana sem vê-la? E por que diabos quero beijá-la? — Heitor, se ela está propondo te ajudar, deixe de ser teimoso e orgulhoso — Mike fala. — Não ouça o que ele fala, karol, meu irmão não se enxerga — digo, viro as costas e caminho para o portão lateral da casa de Renato. Com um gingado ensaiado, eu derrapo e quase caio. Mike me alcança a tempo. — Está vendo? Mal consegue andar dois metros. Ainda está muito fraco, você acabou de sair do hospital. — Porra, cara, me deixa. Pode voltar para o seu consultório, vou ficar bem. — Pode deixar, Tarcísio, eu ajudo seu irmão. Ele estará em boas mãos. — De costas, com um sorriso que ninguém pode ver, eu ouço Karol falar bem calma com Mike . Aprenderam como se faz? Nem precisei cantar porra nenhuma na janela de ninguém e já tenho meio caminho andado. Se fode aí, Renato. — Eu te garanto que é só por dois ou três dias, até ele ficar bom — Tarcísio, ou melhor, Mike, negocia com karol. — Sem problemas, eu ajudo ele. Viro-me e, com um olhar tão triste como o de um cachorro que caiu da mudança, eu digo com uma voz espremida: — Talvez seu namorado não ache uma ideia legal. — Totalmente compenetrados, com olhares fixos um no outro, eu e ela nos analisamos atentamente. — Talvez eu não tenha namorado.