~♪Hannah~♪
Eu poderia muito bem seguir minha vida, feliz, sem impedimentos, mas jas aqui eu. Na porta do hospital, em prantos.
Uma doença terminal, uma doença que já está muito avançada, que estava me matando aos poucos sem nem ao menos eu perceber.
Eu sou muito nova, tenho apenas dezessete anos, não cheguei nem mesmo aos meus dezoito. Não tenho ninguém, minha mãe morreu quando eu tinha oito anos, meu pai me deixou em um orfanato e foi embora com uma amante.
E eu segui minha vida, fui reconhecida pelas minhas artes, pelos meus dons na patinação no gelo, e sou apaixonada por livros.
Não terei chances de conhecer um amor, de ter pelo menos um clichê em minha vida, de poder casar e ter filhos, não vou.
Só tenho dois meses de vida... Dois meses.
Limpei minhas lágrimas e joguei os meus exames na lata de lixo ao meu lado, se for para morrer, eu terei vivido intensamente antes.
Saí em disparada para meu apartamento, procurando tudo o que eu precisaria.
A noite, eu estava em uma galeria, onde meus quadros estavam sendo expostos, meus desenhos e minhas pinturas, o meu trabalho, eu estava com um sorriso largo no rosto vendo as pessoas apreciarem minhas obras, apreciarem o que eu tanto me dediquei para fazer. O meu sonho.
— suas obras são um sucesso! senhorita Hannah, há muitos admiradores e pessoas dispostas a comprar mais de uma. -disse Frederico animado.
— isso é ótimo, Fred. -sorri.
— e por que está com essa carinha triste? ma chérie. -ele tocou meu rosto com sua delicadeza.
— não é nada, estou feliz. -sorri.
Mas uma lágrima caiu, e ele a percebeu.
— venha aqui, vamos tomar uma água. -disse ele me puxando.
Eu o segui e sentei em um dos bancos embaixo de uma obra minha enquanto ele pegava uma água.
— aqui, me conte o que está havendo, sim?. -ele pediu calmamente.
— eu estou morrendo, Fred, os exames saíram, eu não tenho mais que dois meses de vida. -desabei.
Seu rosto empalideceu.
— era mais grave do que eu pensava. -disse ele.
Eu solucei e ele me puxou para um abraço.
— calma, minha amiga, vai dar tudo certo, a medicina está muito avançada, Hanee, pode procurar um médico e....
— não há jeito, eu fui no melhor hospital da França, Fred, não há jeito, a doença se espalhou mais, está para chegar no coração. -falei em um soluço.
Ele ofegou.
— Hanee. -ele me chamou pelo apelido.
Tomei um pouco da água e o encarei.
— o que você mais quer na vida?. -ele perguntou.
Eu funguei.
— o seu maior sonho, que você me contou que tinha quando criança. -disse ele.
Eu sorri chorosa.
— encontrar um amor, ser feliz para sempre como nos livros que eu leio, queria algum dia ser as guerreiras dos meus livros, que salvam mundos e vivem suas histórias. -soluçei.
— eu conheço uma pessoa, que pode te ajudar. -disse ele.
— não há ajuda para mim Fred. -falei.
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Corte de Sonhos e Estrelas
FantasyE se a história de Rhysand fosse diferente?? e se não fosse Feyre? fosse outra pessoa... e se fosse uma humana de outro mundo? uma fã sua? e se ela fosse uma garota brasileira, maluca pela saga?. Hannah, uma patinadora exemplar, uma artista de mãos...