Capítulo 5

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~♪Hannah ~♪

Estava cansada de esperar no quarto, até que senti a pressão de alguém vir, então comecei a fungar no travesseiro, e a chorar abafado nele.

Bateram em minha porta e como não respondi a pessoa adentrou.

— Uhum, queria pedir desculpas por Lucien, você o tira do sério e isso é algo que não acontece a séculos. -disse Tamlin.

— vai embora, você destruiu a minha vida. -soluçei.

— você não está morta. -disse ele.

— e do que adianta? Viver presa aqui é a mesma coisa. -chorei.

Ouvi ele puxar uma cadeira para ficar ao lado da cama.

— você... Quer conhecer um pouco a corte?. -ele limpou a garganta.

Eu funguei levantando o olhar.

— você disse que eu não poderia sair daqui. -falei com a voz embargada.

— eu disse que não poderia fugir, levarei você para conhecer alguns lugares. -ele disse.

Virei o rosto fungando e me surpreendi ao sentir ele fazer um leve carinho em meus cabelos.

— pela mãe, não diga mais ao Lucien que seu ruivo é melhor que o dele, por mais que seja verdade, ele está como uma galinha histérica perguntando a Alis se é verdade. -disse ele.

Não me contive e ri, eu deixe o coitado perturbado.

Eu me virei para ele.

— eu menti. -funguei.

— sobre?. -ele arqueou uma sobrancelha.

— sobre não querer um príncipe encantado, eu me apaixonei uma vez e fui enganada, eu sempre quis um príncipe, mas isso não existe, só a mentira. -funguei.

Caí, caí, caí.

— depende de para quem você está olhando. -ele afastou uma mecha ruiva dos meus cabelos.

Caiu.

— até parece, os homens são ruins. -suspirei.

— alguns, mas tem muitos que valem a pena. -disse ele.

O Rhysand por exemplo.

— acho que você tem razão. -encarei suas íris esmeralda.

Ele me encarou por longo segundo.

— seus olhos são bonitos, sabia?  Parecem esmeraldas. -falei inocente.

Ele sorriu.

— agradeço o elogio de quem a pouco estava para me matar na sala de jantar. -ele disse com divertimento.

— eu não ia matar você, é disperdicio. -falei.

— disperdicio? Hannah, então me acha atrativo?. -ele sorriu de lado.

Não.

— sim.

Teimei até minhas bochechas ficarem ardendo em um vermelho intenso e vi ele sorrir mais largamente.

— falei demais, pode ir saindo. -falei o empurrando para fora.

Ele estava com um sorriso genuíno quando parou.

— venho lhe buscar as três, para lhe mostrar minha corte. -ele sorriu.

— está bem. -falei ainda corada e isso o fez rir baixo.

Fechei a porta e o rubor em minhas bochechas sumiu.

O golpe tá aí, e ele acaba de cair.

Quando às três em ponto bateram, eu já estava pronta e as batidas soaram na porta.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora