Capítulo 17

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☆ Rhysand ☆

Quando cheguei em velaris, minha casa, eu surgi na casa da cidade, onde Morrigan me esperava com um largo sorriso, mas eu não consegui dizer nada, a não ser...

— ela é a minha parceira, ela é a minha parceira.

Mor me encarou preocupada e me levou para dentro, eu estava desnorteado, incrédulo, a pequena humana que agora se tornará grã-feérica, é a minha parceira.

Contei... Contei tudo a Mor conforme ela me perguntava de forma empolgada, sua animação se esvaiu quando contei sob a montanha, quando contei tudo o que aconteceu nesses quarenta e nove anos.

— aquela fêmea maluca, de língua afiada, de coração e alma leonina, ela é minha metade. -falei bagunçando meus cabelos aflito.

— calma, pelo o que me contou, ela é incrível, e livrou vocês da maldição. -Mor tocou meu ombro sorrindo terna.

— sim... Mas eu temo, que o que ela fez por nós, tenha feito ela destruir a si mesma para isso, as sombras nos olhos dela, que um dia eram um dourado vivido que eu presenciei no Calanmai.. -falei distante.

Ela se destruirá por nós, ela se destruiu por todos nós, não só por Tamlin, isso eu tinha certeza pois tudo o que ela fazia, ela dedicava a todos, não somente a ele.

— e ele a levou, levou minha parceira, Mor!. -falei indignado.

— depende, ela passará duas semanas conosco, certo? Você irá conseguir o amor da sua parceira por aí. -ela sorriu e eu assenti.

Foi quando ouvimos uma voz rugir dentro da minha casa.

— Rhysand?? Cadê você seu desgraçado!. -cassian rugiu com um sorriso que mal cabia em seu rosto quando surgiu na sala.

Azriel, surgiu de suas sombras, com o mesmo sorriso que o do general.

Eu sorri largamente.

Casa, família.

— olá, irmãos.

Foi a única coisa que eu disse antes de eles se jogarem contra mim, um emaranhado de cabelos escuros e asas, e gargalhadas... de saudade.

~Hannah ~♪

Nunca achei que estaria nessa situação, que me veria nesta situação.

Vomitando até as tripas, vomitando tudo, aquelas imagens me atormentavam, coisas que Amarantha me mandou pela mente, enquanto ela quebrava cada osso meu, todos que ela matou... Todo o sangue...

Vomitei outra vez e outra, me agarrando a borda do vaso quando me deixei cair no chão, chorando baixo.

Havia se passado três meses, três meses desde sob a montanha, me acostumando ao corpo grão-feérico, me acostumando que tenho mais força do que antes, mais agilidade, mais tendência a esbarrar nas coisas. Alis esconderá tudo de valioso da mansão, para que o "furacão Hannah" não destruísse.

E... Até agora, Rhysand não veio reivindicar o acordo... E eu sabia quando ele viria.

No meu casamento com Tamlin, eu havia aceitado, apenas para ser libertada por que tanto amo, ser levada daqui, apenas isso.

Continuo enrolando o senhor da primavera, dizendo que não dormirei com ele até o casamento, e pelo menos isso ele respeitou, as minhas atuações já estão tão naturais que as palavras já saem calculadas.

E naquela manhã, tentei convencer Tamlin a me levar a aldeia, mas como fez com Feyre, ele negou, negou até o fim e eu aceitei, fingi aceitar mesmo sendo a minha vontade arrancar a ferradura do casco do cavalo e tacar na cabeça dele.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora