Corte de Sonhos e Estrelas

Capítulo 9

~♪Hannah ~♪

Encarei Tamlin que entrará no meu quarto para aquele discurso de que eu devo ir embora.

— eu não quero deixar você, Tamlin. -falei com os olhos marejados.

— é preciso, acredite, eu não quero deixá-la. -ele disse.

Me xingando por dentro retribuí o beijo bruto dele, que me levou até a cama, mas eu não faria aquilo.

— Tamlin. -fingi um gemido quando ele beijou meu pescoço.

— se eu continuar, não vou me controlar. -ele disse.

— eu sei. -murmurei desviando o olhar.

Ele beijou meus lábios de leve.

— você partirá amanhã. -ele declarou.

Relutei, chorei, disse que não queria o deixar, disse que preferiria a morte, e ele caiu em cada uma de minhas palavras mentirosas e sem um pingo de sentimento.

— apenas, obedeça, Hannah. -ele disse suspirando pesadamente.

Não.

— sim... Como quiser. -sussurrei fingindo estar magoada.

Ele se aproximou de mim.

— quem vai querer alguém com espinhos? Não é mesmo?. -funguei.

— espinhos??.

— espinhos, azeda, briguenta..

Ele me beijou outra vez e o levei até a porta quando o grão-senhor falou.

— amo você, com espinhos e tudo. -ele sussurrou beijando minha testa.

Eu solucei o vendo sair pelos corredores e meu peito se inflou de chamas. Ele caiu.

Fechei a porta, e preparei a minha fuga, Tamlin havia dito, que tinha comprado uma mansão para mim nas terras humanas, e deixado uma fortuna lá, para que eu vivesse minha vida, e prometeu que voltaria para mim um dia.

Sinceramente não quero mesmo.

Assim que eu chegar, irei armar o meu plano.

☆

No dia seguinte Alis me arrumou, em um vestido cheio de babados e corpete apertado, com um pequeno e delicado chapéu em minha cabeça onde um penteado bem feito estava e um par de luvas de renda em minhas mãos, qualquer um que me visse, diria que sou a mais alta dama.

E eu era..

A dama do caos. A dama da noite e das estrelas, a dama das chamas que queimaria Amarantha por completo.

Eu havia descoberto, nestas semana que se passaram, que eu tinha alguns dons, que foram dados pelo amigo bruxo de Fred. Para não ficar desprotegida, como ele mesmo disse.

E eu aprendi como ativá-los, e eu estava com vantagem.

— não vai nem se despedir? Dona Alis. -levei as mãos a cintura.

— não gosto de despedidas, prefiro sair sem dizer uma palavra. -ele disse.

Eu revirei os olhos, porém, lhe dei um abraço apertado e caminhei até a porta.

— espero que possa ser feliz com os seus sobrinhos, minha amiga. -falei.

— aproveite sua liberdade, garota, e não se meta em encrencas apesar de você ser a própria. -disse ela.

Eu sorri para ela, antes de sumir nos corredores.

No hall das escadas vi Lucien, que quando me viu deu uma risada.