Capítulo 54

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~♪Hannah ~♪

- Soltem.ele. -grunhi.

- O Pai, -o que segurava uma faca contra a minha garganta disse a Lucien- prefiriu não lembrar que você não parou para dizer olá.

- Estamos em uma reunião que não pode ser adiada. - Respondeu Lucien, suavemente, se contendo.

Aquela faca pressionou ainda mais minha pele quando ele soltou uma risada sem humor.

- Certo. Há um boato de que vocês dois estão fugindo juntos, traindo Tamlin. -Seu sorriso se alargou- Eu não achava que você faria isso, irmãozinho.

- Ele a tem, parece. - Um dos outros brincou.

Eu deslizei o olhar para o macho acima de mim.

- Você vai nos soltar.

- Nosso estimado pai deseja vê-los. -Disse ele com um sorriso de cobra. A faca não oscilou. -Então, vocês virão conosco para casa.

- Eris. - Avisou Lucien.

O nome soou através de mim. Acima de mim. A meros centímetros de distância...
o ex-noivo de Mor. O macho que a abandonou quando a encontrou com o corpo espancado na fronteira.

O herdeiro do GrãoSenhor.
Eu podia jurar que a sombra de garras surgiram em minhas mãos. Um ou mais dois dias, e eu poderia ser capaz de cortar sua garganta, estava melhorando, estava me curando, talvez um dia fosse o bastante para acabar com eles.

Mas eu não tinha esse tempo. Eu tinha apenas o agora. Eu tinha que fazer valer a pena. Eris apenas disse para mim, frio e entediado.

- Levante-se.

Então eu senti. Mexendo-se acordado, como se algum bastão o tivesse cutucado.

Como se estar aqui, neste território, entre sua família real sangrenta, tivesse de alguma forma despertado a vida, fervilhando esse veneno do passado. Transformando esse veneno em vapor.
Com a faca ainda encostada no pescoço, deixei que Eris me lançasse aos meus pés, os dois arrastando Lucien, antes que ele pudesse ficar sozinho.

Faça valer a pena. Use os arredores.
Olhei para Lucien.
E ele viu o suor perlando em minha têmpora, meu lábio superior, enquanto meu sangue se aquecia. Um leve movimento do queixo foi seu único sinal de compreensão.

Eris nos levaria para Beron, e o GrãoSenhor ou nos mataria por esporte, nos venderia ao mais alto lance ou nos prenderia indefinidamente. E depois do que fizeram à amante de Lucien, o que eles fizeram com Mor...

- Depois de você. - Disse Eris, suavemente, baixando a faca finalmente. Ele me empurrou um passo.

Eu estava esperando. Equilíbrio, Cassian havia me ensinado, era crucial para vencer uma luta. E quando o empurrão de Eris fez com que ele começasse a andar irregularmente, eu girei meu passo, impulsionando-me em sua direção.

Girando, tão rápido, que ele não me viu invadir sua guarda aberta e empurrar meu cotovelo em seu nariz.

Eris tropeçou para trás. Fogo atingiu os outros dois, e Lucien se afastou do caminho enquanto eles gritavam e recuavam mais fundo na caverna.

Eu liberava cada gota daquelas chamas de mim, eu poderia ter todos os poderes dos grão-senhores, mas o fogo, o fogo era como minha marca registrada, ele me entendia, e eu o emounhava como espada.

Minha boca ficou com gosto de cinzas, minhas garganta queimou.

- Vadia. -cuspiu um deles.

E então eu abri, abri minha boca e uma onda de fogo saiu, eu cuspia o fogo, cuspia ele como um dragão furioso, eu só havia o feito assim quando fui a tecelã, mas estava na hora de voltar a usar desse modo. Eu cuspi meu fogo outra vez, formando uma parede entre nós e eles. Selando seus irmãos dentro da caverna.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora