Capítulo 25

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Esse capítulo não está na saga, é um capítulo de minha autoria, para o casal, criem shipps aí pro Rhysand e pra Hannah✨

~♪Hannah ~♪

Eu encarei as nuvens escuras se formarem no céu de velaris, manchando de cinza e negro o rosa e laranja do entardecer. Música acima.

Os trovões ronronaram e eu não fiz qualquer movimento para sair da sacada quando a chuva começou a cair, sentia cada pedaço de mim, quebrado e estilhaçado, um coração forjado em vidro que se partiu sob a montanha, que se destruiu lá.

A chuva me molhava pó completo e eu não estava ligando se esse corpo imortal me livraria de uma gripe humana, eu estava estilhaçada de qualquer modo e esperava que a água mais pura limpasse as feridas da alma.

Solucei percebendo agora que chorava onde as lágrimas quentes se misturavam com as gotas fortes e frias da chuva.

Observei os trovões e raios que iluminavam o céu a cada soluço meu, o vento que agredia meu rosto em um beijo frio, como se dissesse "estou aqui".

Hannah?. -aquela voz soou.

Me virei vendo Rhysand me encarando assustado.

— você vai ficar doente, você é imortal não imune de tudo. -ele disse dando um passo a frente.

— não ligo. -soluçei encarando o céu.

— mas eu sim!. -ele disse já na chuva.

Solucei fechando os olhos tomando a sensação de poder desmoronar junto com a tempestade. E... Comecei a cantar baixo a música que eu mais gostava, lovely.

— Hannah. -disse Rhysand me vendo desmoronar em sua frente.

Era a primeira vez que via o grão-senhor nervoso, assustado, mas não estava sentindo nada além das pedras de minha própria montanha caírem abaixo. Abri meus braços e meu poder se libertou, escuridão, gelo, fogo, água, tudo em uma só ventania emanando de mim, como um tornado em volta de mim e do grão-senhor.

Solucei no refrão e Rhysand me puxou para si, ambos molhados, encharcados, ele me encarou, eu estava ofegante.

— respire. -ele disse em meio aos gritos da chuva a nossa volta.

— não há como respirar quando seu coração não queria que você estivesse mais. -solucei.

Rhysand me apertou contra si.

— não diga isso, nunca, não diga isso jamais, Hannah. -ele disse.

Tentei me soltar dele e ele me prendeu contra ele para que eu não me destruísse mais, para que eu não me lançasse mais ao precipício.

— olhe para mim. -ele pediu.

Eu neguei com a cabeça.

— me deixe. -soluçei.

— quando vai entender que eu nunca vou abandonar você? Nunca. -ele disse.

Eu estremeci.

— olhe para mim, por favor. -ele ele outra vez.

Eu abri meus olhos embaçados pelas lágrimas e pela chuva, suas íris violetas me encaravam de forma profunda, de forma que meus soluços pararam aos poucos.

— lembra que... Que devíamos algo um ao outro?. -minha voz saiu embargada.

Ele assentiu.

— então... Me beije, Rhysand. -pedi.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora