Capítulo 46

3K 334 165
                                    

~♪Hannah  ~♪

A Alta Sacerdotisa parecia exatamente como eu me lembrava, em ambas as memórias que Rhys me mostrou e em meus próprios sonhos acordados sobre usar as garras escondidas sob minhas unhas para talhar seus olhos, então sua língua, então abriu sua garganta.

Minha raiva se tornara uma coisa viva dentro do meu peito, um batimento cardíaco ecoando que me acalmava para dormir e me despertava ao acordar. Eu me acalmei enquanto olhava para lanthe através da mesa de jantar formal, Tamlin e Lucien me acompanhando.

Ela ainda usava o pálido capuz e o círculo de prata com a sua límpida pedra azul.
Como um Sifão - a jóia em seu centro me lembrou dos Sifões de Azriel e Cassian.

E eu me perguntava se, como os guerreiros ilírios, a jóia de alguma forma ajudou a dar forma a um dom inesgotável de magia em algo mais refinado, mais mortal. Ela nunca o tinha removido - mas, novamente, eu nunca tinha visto lanthe chamar qualquer poder maior do que acender uma bola de fogo féerico em uma sala.

A Alta Sacerdotisa abaixou seus olhos azuis para a mesa de madeira escura, o capuz lançando sombras em seu perfeito rosto.

— Quero começar por dizer quão verdadeiramente arrependida eu estou . Eu agi por um desejo de ...
conceder o que eu acreditei que talvez você desejasse, mas não se atreveu a dar voz, e ao mesmo tempo manter nossos aliados em Hybem satisfeitos com nossa lealdade.

Bonitas mentiras envenenadas. Mas encontrando seu verdadeiro motivo... eu estava esperando essas semanas por esta reunião. Tinha passado essas semanas fingindo convalescer, fingindo curar os horrores que eu tinha sobrevivido nas mãos de Rhysand.

— Por que haveria de querer que minhas irmãs aguentassem isso? - Minha voz saiu tremendo, fria  Ianthe levantou a cabeça, examinando meu rosto inseguro, se não um pouco distante.

— Porque então você poderia estar com elas para sempre. E se Lucien tivesse descoberto que Pietra era sua parceira antes, teria sido... devastador perceber que ele teria apenas algumas décadas.

O som do nome de Pietra em seus lábios emitiu um grunhido pela minha garganta.

Eu não me segurei, e fui mais rápida do que Lucien para me segurar, eu acertei um soco no nariz de Ianthe, tão forte, tão pontente, que a alta sarcedotisa soltou um grito cambaleando para trás.

Todos estavam incrédulos, então, eu ajeitei a saía do meu vestido com uma máscara de calma admirável.

— Se afastem, se afastem, eu sou o empresário da campeã de boxe. -disse Balyo surgindo apenas para mim.

Vestindo terno preto e óculos escuros como se fosse um guarda costas.

— desculpe, mas não pude me conter, você não sabe o que cada uma de minhas irmãs sofreu dentro daquele maldito caldeirão, nem mesmo eu, e não fale de Pietra, como se ela não fosse dona das próprias decisões, ela se traumatizou e duvido que ela fale com alguém, ela pode ficar meses sem se socializar com ninguém. —falei com ódio— agora se eram estas besteiras que você tinha para me fazer te perdoar, se retire, se não, prossiga. -falei sentando em uma cadeira.

Mas eu o soltei, caindo naquela máscara de tranqüilidade dolorida, a mais nova em meu arsenal.

Lucien respondeu, se recuperando.

— Se você espera nossa gratidão você estará esperando sentada, lanthe.

Tamlin lançou-lhe um olhar preocupado - tanto com as palavras quanto com o tom.
Talvez Lucien matasse lanthe antes que eu tivesse a chance, apenas pelo horror em que ela colocara sua parceira naquele dia.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora