Capítulo 29

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~♪Hannah ~♪

Estava odiando essa estadia na corte estival, Rhysand estava com a "princesa" de Chernobyl, e eu estava com ciúmes, admito, e podia sentir ele com o mesmo sentimento quando me via com Tarquin.

Rhysand estava deitado em minha cama como se fosse o dono desta.
Olhei uma vez para as mãos cruzadas atrás da cabeça, as longas pernas jogadas sobre a beira do colchão e trinquei os dentes.

— O que você quer? — Bati a porta alto o suficiente para enfatizar o tom afiado nas palavras.

— Flertar e dar risadinhas com Tarquin não adiantou nada, suponho?.

Atirei a caixa na cama ao lado de Rhys.

— Diga você.

O sorriso hesitou quando ele se sentou e abriu a tampa.

— Isso não é o Livro.

— Não, mas é um lindo presente. -suspirei exausta.

— Quer que eu compre joias para você, Hannah, então peça. Mas, considerando seu guarda-roupa, achei que estivesse ciente de que tudo é comprado para você.

Não tinha percebido, mas falei.

— Tarquin é um bom macho, um bom Grão-Senhor. Deveria simplesmente pedir a ele a porcaria do Livro.

Realmente, me senti culpada, segundo enganado na minha lista, segundo que cairá em meu charme e atuações.

Rhys fechou a tampa.

— Então ele a enche de joias e despeja mel em seus ouvidos e agora você se sente mal?.

— Ele quer sua aliança, desesperadamente. Quer confiar em você, contar com você.

— Bem, Cresseida tem a impressão de que o primo é bastante ambicioso; então, eu tomaria o cuidado de ler as entrelinhas do que ele diz.

— Ah, é? Ela disse isso a você antes, durante ou depois que a levou para a cama?. -fiquei irritada mesmo.

Qualquer coisa me joga no caldeirãwww.

Rhys ficou de pé com um movimento gracioso e lento.

— É por isso que você não quis me olhar? Porque acha que trepei com ela por informações?.

— Informações ou por seu prazer, não me importa, estou farta. -falei.

Rhys deu a volta na cama, e não me movi, mesmo quando ele parou a pouco menos de um palmo entre nós.

— Ciúmes, Hannah?.

Eu o olhei de forma afiada e o grão-senhor ficou em alerta sabendo que aquele meu olhar significava, perigo, muito perigo.

— Se estou com ciúmes, então você tem ciúmes de Tarquin e o mel que ele derrama.

Rhysand mostrou os dentes.

— Acha que gosto de precisar flertar com uma fêmea solitária para conseguir informações sobre sua corte, sobre seu Grão-Senhor? Acha que me sinto bem comigo mesmo ao fazer isso? Acha que gosto de fazer isso para que você tenha espaço para manipular Tarquin com seus sorrisos e olhos lindos, para conseguirmos o Livro e irmos para casa?.

— Você pareceu se divertir muito ontem à noite.

O grunhido de Rhysand saiu baixo, cruel.

— Não a levei para a cama. Cresseida queria, mas nem mesmo a beijei. Eu a levei para beber na cidade, deixei que falasse sobre a vida, as pressões, e a levei de volta ao quarto e não passei da porta. Esperei por você no café da manhã, mas você dormiu até tarde. Ou me evitou, aparentemente. E tentei olhar em seus olhos essa tarde, mas foi tão eficiente em me afastar totalmente.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora