Capítulo 73

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Hannah

— O que está fazendo?

— Um feitiço.

Pietra cruzou os braços e observou do canto da sala eu fazer o que faço de melhor.

Merda.

— Sarabaistes! Cuzaistes, Gozaistes bucetaistes, chereman tuzaiaites.. PEGA A VISÃO!! -fogo explodiu.

Pietra arregala os olhos e eu gargalhei.

— Que diabos...

— Acho que ficou bom! —aponto para um lindo bolo— o que acha??

— Muito violeta e muito cheio de estrelas. -ela concorda.

— Rhysand está fazendo 640 anos hoje. —sopro uma mecha ruiva de meus cabelos— queria fazer uma surpresa.

— Acho que ele vai gostar. -ela disse.

— Ainda mais depois que ele ver isso! -digo apontando para o centro do bolo.

Ela se inclinou e então sua gargalhada ecoou na cozinha, estremecendo os copos.

— Você colocou o rosto dele no bolo? -ela ria com fervor, lágrimas descendo por sua bochecha.

— Sim, para um narcisista o seu reflexo é seu pilar. —bufo uma risada— proteja sua mente com escudos!! Não quero que ele descubra xeretando a mente de vocês.

— Sim senhora. -ela riu limpando as lágrimas.

— Ruiva?

Eu tomo um susto, movendo minhas mãos fazendo o bolo sumir.

Eu olho para porta onde um grão-senhor surgiu, os olhos violetas curiosos.

— O que está fazendo? -ele ergueu uma sobrancelha.

— Conversando com Pietra, que está de saída, Lucien chegou e te espera no jardim. -empurro minha irmã com o quadril.

— É, vou encontrar meu parceiro. —ela riu nervosa— tchau!

Ela sumiu.

Eu suspiro e então dei um sorriso amarelo para o meu parceiro.

— Está aprontando alguma coisa? -ele pergunta me olhando com os olhos semicerrados.

— Eu?! Jamais. -digo.

— Hannah.. -ele me prendeu no balcão.

— Vocês sempre duvidam de minha pessoa. -digo.

— Com rasão. -ele ronrona

— Fico extremamente ofendida. -levo a mão ao peito de forma exagerada.

Ele soltou um riso e então fitou meus lábios.

— Falou com seus irmãos hoje? -pergunto.

— Sim.

— Huumm, alguma fofoca?

— Está tentando me enrolar? -ele murmura em meus ouvidos.

Eu estremeci.

— Não. -sussurro.

— Rum.

Seus lábios deslizam nos meus lentamente.

— Aquela mesa alí, me traz ótimas lembranças, que tal relembrarmos juntos? -ronrona.

— Seu pervertido, qualquer um pode ver. -digo contra sua boca.

— Essa é a graça, o perigo é delicioso...

— Nem pense nisso. -abro os olhos para fitar suas órbitas violetas.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora