Capítulo 52

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~♪Hannah  ~♪

Tamlin andava de um lado para o outro na frente da lareira no seu estúdio. Cada passo mais afiado que uma lâmina.

— Eles são nossos aliados. - Ele grunhiu para mim, para Lucien, ambos sentados em cadeiras de braços que flanqueavam a peça da lareira.

— Eles são monstros. —Eu rebati— Eles assassinaram três inocentes.

Eu não consegui, não consegui salvá-los, ao amanhecer vimos a destruição dos três corpos dos filhos dos abençoados, e os príncipes se glorificando.

Mas nem mesmo Lucien pôde me segurar quando eu rosnei alto, fazendo um círculo de chamas se fechar ao nosso redor e eu aterrorizar cada um dos dois, do modo como eu bem quis, e ver rola primeira vez, medo nos olhos daqueles desgraçados, e Jurian pareceu ter gostado do castigo deles.

— E você deveria ter deixado que eu sozinho cuidasse disso. - Tamlin disse com sua respiração irregular —E não terem retaliado como crianças— ele lançou um olhar para Lucien—Eu esperava mais de você.

— Não fale dele assim. -rosnei.

— Esperava mais. -repetiu Tamlin.

E eu me pus na frente de Lucien, impedindo da fúria do senhor da primavera recair sobre ele.

— Mas não de mim? - Perguntei quieta.

Os olhos verdes de Tamlin como jades congeladas.

— Você tem uma conexão especial com essa gente. Ele, não.

— Esse é o tipo de coisa —eu objetei, segurando com força os braços da cadeira— que permitiu que uma muralha fosse a única solução entre nossos dois povos, porque feéricos olham para esse tipo de massacre e não se importam.

Eu sabia que os guardas lá fora podiam ouvir. Sabia que qualquer um que passasse perto poderia ouvir.

— A perda de qualquer vida de qualquer um dos lados é uma conexão pessoal. Ou será que apenas Grão-Feéricos importam para você?

Tamlin parou de sopetão e rosnou para Lucien.

— Saia. Lidarei com você depois.

— Não fale com ele desse jeito! Eu nunca, nunca permitirei que nem você e nem ninguém falem com o meu irmão assim!. - Eu rosnei alto estacando de pé.

Lucien segurou minha mão, sabendo que eu avançaria para puxar aquele cabelo loiro de Tamlin.

— Arranca o mega hair dele!. -disse Balyo do meu lado.

— Colocaram em risco essa aliança com essa acrobacia que fizeram.

— Bom. Eles podem queimar no inferno de tanto que me importo, melhor, eu mesma os queimo! - Eu gritei e Lucien se encolheu, mas apertei sua mão.

De mim não, de mim você nunca precisará ter medo.

— Mandaram o bogge atrás deles! - Tamlin rugiu.

— Aquilo foi top, eles correndo que nem duas galinhas. -gargalhou Balyo.

Não fiz muito além de piscar. E soube que os guardas de fato ouviram por causa de uma “tosse” de um deles lá fora, um som de choque abafado. Me certifiquei que aquelas sentinelas lá fora continuassem a ouvir quando disse.

— Eles aterrorizaram aqueles humanos, fizeram-nos sofrer. Achei que o Bogge seria uma das poucas criaturas que poderiam devolver o favor.

Lucien o havia rastreado, e havíamos atraído-o durante horas de volta até o acampamento. Bem onde Dagdan e Brannagh estavam se vangloriando das mortes. Eles conseguiram fugir, mas só depois do que soara como um bom bocado de gritos e lutas. E gargalhadas discretas de jurian, Lucien e eu.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora