Capítulo 33

5.6K 487 301
                                    

~♪Hannah ~♪

— Rhysand, eu sei o que quer fazer, e isso não é algo inteligente. -apontei.

— é o único jeito. -disse ele.

— não, não é, mostrar velaris para aqueles dinossauros em decomposição?? Está louco. -falei.

Eu já havia cansado de explicar que uma das rainhas nos daria a metade do livro, mas ele não me escuta, parece até que pôs algodão nos ouvidos.

— chega, está decidido, Hannah. -disse ele.

— Rhysand, você não está sendo racional!. -falei nervosa.

Atacariam a cidade, atacariam velaris se ele fizesse isso.

— chega. -disse ele.

Eu o encarei.

— você vai se arrepender dessa sua maluquice e teimosia, tô só dizendo. -falei.

— você é só minha parceira, Hannah, deixa que desta vez cuido eu do assunto. -disse ele.

As palavras me atingiram como um tijolo no rosto.

"Você é só minha parceira" nada mais que isso.

Eu o encarei firme.

— está bem. —falei— sou apenas sua parceira, não vou interferir nas suas decisões.

— Hannah eu não queria dizer...

— quis sim. -falei.

Me virei e subi as escadas.

— você só faz merda. -disse Cassian.

— eu sei. -suspirou Rhysand.

Eu adentrei o quarto e fechei a porta com toda a força do mundo para deixar claro quem está com raiva aqui.

— quebraaa. -disse Balyo.

Eu o encarei.

— vixe, o que o bonitão disse?. -questionou Balyo.

— que sou apenas a parceira dele, Baly, agora quando a cidade for invadida eu não terei culpa, porque eu avisei. -falei.

— ai, ai, ele é bonito mas as vezes faz raiva. -disse ele flutuando.

— sim. -concordei em um suspiro.

Logo voltaríamos para as terras humanas, no palacete e encontraríamos as malditas rainhas de novo.

Mas agora, agora iríamos para o acampamento illyriano.

Construído perto do topo de uma montanha florestada, o acampamento de guerra illyriano não passava de rocha nua e lama, interrompidas apenas por tendas grosseiras, fáceis de guardar, centralizadas ao redor de grandes fogueiras. Perto do limite das árvores, uma dezena de prédios permanentes fora erguida a partir da pedra cinzenta da montanha. Fumaça subia das chaminés contra a fria manhã nublada, ocasionalmente espiralada por asas que passavam acima.

Tantos machos alados disparando a caminho de outros acampamentos, ou em treinamento.

De fato, do lado oposto do acampamento, em uma área rochosa que terminava em um mergulho íngreme da montanha, estavam os ringues de luta e treinamento. Estantes de armas eram deixadas a céu aberto; no ringue delimitado por giz, machos de todas as idades agora treinavam com bastões e espadas e escudos e lanças. Rápidos, letais, brutais.

Nenhuma reclamação, nenhum grito de dor.
Não havia calor ali, nenhuma alegria. Mesmo as casas do outro lado do acampamento não tinham toques pessoais, como se fossem usadas apenas como abrigo e armazém.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora