Capítulo 38

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~♪Hannah ~♪

Eu não conseguia acreditar, eu havia tentado de todas as formas, até mesmo de destruir a esfera com minhas chamas, mas Rhysand estava preparado até mesmo para Rhysand, e mostrou o maior tesouro para aquelas crápulas.

— você, eu não acredito! Rhysand!. -exclamei sem me importar com o que as rainhas pensariam.

Fui para perto de Cassian e Azriel, não conseguia nem olhar na cara dele, Cassian acertou um tapa na testa xingando e vi Azriel respirar fundo como se tentasse se acalmar.

Eu estava chorando de ódio quando as rainhas se foram, e eu encarei a caixa de metal embaixo da poltrona.

Mor xingou. E olhei para Rhys, meu coração se partiu, e minha vontade de dar um soco nele aumentou.

Mas os olhos de Rhys estavam na poltrona na qual a rainha dourada estivera sentada.
Abaixo dela, de alguma forma escondida pela volumosa saia enquanto a mulher estava sentada, havia uma caixa.

Uma caixa... que ela devia ter removido de onde quer que a estivesse escondendo quando se abaixou para pegar o lenço.

Como e onde ela contrabandeara aquela caixa de chumbo era a menor de minhas preocupações.
Não quando a voz da segunda e última parte do Livro tomou conta da sala e cantou para mim.

Vida e morte e ressurreição Sol e lua e escuridão Putrefação e florescência e ossos Oi, coisinha doce. Oi, Senhora da noite, princesa da decomposição. Oi, besta de presas e corça trêmula, olá, rainha do caos e da escuridão ondulante, Me ame, me toque, me cante.

Loucura. Enquanto a primeira metade era inteligência calculista, aquela caixa... aquilo era o caos, e a desordem, e desgovernança, alegria e desespero.

Rhys suavemente pegou a caixa e a colocou na poltrona da rainha dourada. Ele não precisou de meu poder para abri-la... porque o feitiço de nenhum Grão-Senhor estava preso a ela.
Rhys abriu a tampa. Um bilhete estava sobre o metal dourado do livro.

Li sua carta. Sobre a mulher que ama. Acredito em você. E acredito em paz.
Acredito em um mundo melhor.
Se alguém perguntar, você roubou isto durante a reunião.
Não confie nas outras. A sexta rainha não estava doente.
Só isso.
Rhys pegou o Livro dos Sopros.
Luz e escuridão e cinza e luz e escuridão e cinza...

— eu.avisei. -falei pausadamente.

— Hannah...

— eu avisei, Rhysand, você não quis me ouvir e as consequências disto virão em breve. -falei virando meu rosto.

Ele suspirou e ele disse para minhas amigas, Cassian permanecendo próximo a Alice que quase matará a rainha naquela sala, e ele a apoiou.

— A escolha é de vocês, senhoras, se desejam ficar aqui, ou vir conosco. Ouviram falar da situação em curso. Fizeram os cálculos a respeito de uma evacuação. — Um aceno de aprovação quando Rhys encontrou o olhar de cada uma ali. — Se escolherem ficar, uma unidade de meus soldados estará aqui em uma hora para guardar este lugar.
Se desejarem vir morar conosco naquela cidade que acabamos de mostrar a elas, sugiro.

Elas não piscaram quando Alice respondeu por todas elas.

— aonde a minha senhora for, nós vamos junto, seja para servir, proteger ou apoiar a nossa irmã. -ela disse firme.

Pietra e Alana assentiram firmes e senti meu peito desmoronar, irmã.

Algo que nunca tive encontrei neste mundo, família.

— meninas, vão arrumar suas coisas, saíremos logo. -sorri fraco.

Elas assentiram e passaram por mim, Alice tocou meu ombro de forma carinhosa.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora