~♪Hannah ~♪
Ianthe não havia acabado.
Eu sabia, eu tinha me preparado para isso. Ela não se foi na direção do seu templo, só a algumas milhas de distância.
Ao contrário, ela permaneceu na casa, buscando a chance de rastejar para perto de Tamlin. Ela acreditara que ganhara terreno, que sua declaração de justiça servida na ponta final sangrenta do chicote não tinha sido nada além de um tapa final no rosto dos guardas que assistiram.
E quando aquela sentinela ficou arqueada sob suas amarras, quando os outros vieram gentilmente desamarrá-lo, Ianthe apenas incitou o grupo de Hybern para dentro da mansão para o almoço.Mas eu havia ficado no quartel, cuidando da sentinela que gemia, levando para longe as tigelas de água ensanguentadas enquanto o curador, pacientemente, costurava-o.
Bron e Hart pessoalmente me escoltaram para os terrenos da mansão horas depois. Mesmo eu sentindo uma dor tremenda nas costas, e eles estavam tão atentos comigo, qualquer chiado meu eles corriam em minha direção, e instintivamente, sempre que Tamlin se aproximava, eu ouvia um rosnado baixo dos dois, o sentinela que seria punido, que descobri se chamar Aron, não me deixava caminhar sozinha em nenhum instante, a todo o custo ficava em meu encalço para que eu não me machucasse, e Lucien... Estava como uma galinha histérica, mas não os culpava, sabia que queriam o meu bem.
Eu agradeci a cada um deles pelo nome. Então pedi desculpas por tudo, pelo o que tiveram de passar pela humilhação causada pela alta sarcedotisa. O soar do chicote ainda ecoando em meus ouvidos.
Então eles falaram as palavras que eu estava esperando. Eles se sentiam arrependidos que não tinham conseguido impedir nada daquilo também. Disseram que queriam ter impedido as chicotadas em minhas costas, e se ajoelharam diante de mim, todos os sentinelas, jurando lealdade apenas a mim, e não a seu grão-senhor.
Eu tinha vencido.
Não só hoje. Mas os machucados que agora estavam sumindo, finalmente, não totalmente, as cicatrizes ainda doíam muito, muito mesmo, a curandeira me avisou que demoraria um pouco. E sobre outros incidentes. Se eu tivesse pedido, eles teriam me dado suas adagas para que eu cortasse suas gargantas.
Na noite seguinte eu estava correndo de volta para meu quarto, para me trocar para o jantar, quando Ianthe fez seu próximo movimento. Ela viria conosco para a muralha no dia seguinte.
E eu sabia, encontraria meu parceiro depois disso.
Ela e Tamlin também.
Se era para sermos um front unido, ela declarara no jantar, então ela desejava ver a Muralha por ela mesma.Tamlin me pediu perdão, de joelhos várias e várias vezes, sempre que me via passar, mas eu não dei importância, caminhando pela casa com um cajado que eu havia conjurado para mim, Balyo... Balyo passou todos esses dias comigo, quando ele viu as cicatrizes, ainda não curadas, ele ficou explosivo. Ele invadiu os sonhos do grão-senhor enquanto ele dormia, virando uma besta, uma raposa demoníaca em seus pesadelos, e Tamlin não conseguiu dormir direito por dias.
Os príncipes de Hybern não ligaram. Mas Jurian piscou para mim, como se ele também visse o jogo dela em movimento.
Eu fiz minha própria bagagem naquela noite.Alis entrou logo antes de deitar, com uma terceira sacola em suas mãos.
— Já que é uma longa viagem, eu te trouxe uns suprimentos.
Mesmo com Tamlin se juntando a nós, era muita gente para que Atravessássemos diretamente. Então iríamos como havíamos feito antes, por partes. Umas poucas milhas de cada vez.
Alis colocou a mochila que ela preparara ao lado da minha. Pegou a escova de cabelo sobre a penteadeira e sinalizou para que eu sentasse no banco acolchoado diante dela. Eu obedeci. Por alguns minutos ela penteou meu cabelo em silêncio. E então, ela disse.
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Corte de Sonhos e Estrelas
FantasyE se a história de Rhysand fosse diferente?? e se não fosse Feyre? fosse outra pessoa... e se fosse uma humana de outro mundo? uma fã sua? e se ela fosse uma garota brasileira, maluca pela saga?. Hannah, uma patinadora exemplar, uma artista de mãos...