Capítulo 37

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~♪Hannah  ~♪

Era errado comparar, porque eu sabia que provavelmente todos os Grão-Senhores podiam evitar que uma mulher dormisse a noite inteira, mas Rhysand era... faminto.

Consegui talvez uma hora completa de sono à noite, embora, talvez, devesse compartilhar a culpa igualmente.
Não conseguia parar, não conseguia me saciar com seu gosto na boca, com a sensação de Rhys dentro de mim. Mais, mais, mais... até eu achar que podia explodir de tanto prazer.

— É normal — garantiu Rhys, depois de uma mordida no pão enquanto estávamos sentados à mesa para tomar café da manhã.

Mal tínhamos chegado à cozinha. Rhys dera um passo para fora da cama, me fornecendo uma vista total das gloriosas asas, das costas musculosas e daquela linda bunda, e avancei nele. Rolamos no chão, e Rhys destruiu o belo tapete com as garras enquanto eu o cavalgava.

— O que é normal? — perguntei. Mal conseguia olhar para Rhys sem querer entrar em combustão.

Merda, parecemos coelhos.

Rhysand gargalhou.

— O... frenesi — respondeu ele, com cautela, como se com medo de que a palavra errada nos fizesse disparar um contra o outro antes de nutrirmos o corpo. — Quando um casal aceita o laço da parceria é... sobrepujante. De novo, desde a época das bestas que um dia fomos. Provavelmente tem algo a ver com se certificar de que a fêmea seja emprenhada. — Meu coração deu um salto ao ouvir aquilo. — Alguns casais não deixam a casa por uma semana. Machos ficam tão voláteis que pode ser perigoso para eles até mesmo aparecer em público. Já vi machos racionais e educados destruírem um cômodo porque outro macho olhou por tempo demais na direção de suas parceiras, logo depois de terem virado parceiros.

Expirei, sibilando. Outro cômodo destruído me veio à mente.

— m-mas v-você é tão controlado. -murmurei temerosa.

Rhys falou, baixinho, sabendo o que me assombrava.

— Gosto de acreditar que tenho mais controle que o macho comum, mas... Seja paciente comigo, Hannah, se eu parecer um pouco ansioso.

O fato de ele admitir aquilo...

— Não quer deixar esta casa.

— Quero ficar naquele quarto e trepar com você até ficarmos roucos.

E, rápido assim, eu estava pronta para ele, ardendo de desejo, mas... mas precisávamos partir. Rainhas. Caldeirão. Jurian. Guerra.

O inferno.

— Quanto à... gravidez — comentei.

Podia muito bem ter jogado um balde água fria sobre nós, mas queria ter certeza.

— Nós não... não estou tomando um tônico. Não tenho tomado, quero dizer.

Rhys soltou o pão.

— Quer começar a tomar de novo?.

Se eu quisesse, se começasse naquele dia, anularia o que tínhamos feito na noite anterior, mas...

— Se sou parceira de um Grão-Senhor, espera-se que eu carregue seus filhos, não?
Então, talvez eu não devesse...

— Não se espera que você carregue nada para mim — grunhiu Rhys. — Filhos são raros, sim. Muito raros e muito preciosos. Mas não quero que os tenha, a não ser que você queira, a não ser que nós dois queiramos. E agora, com essa guerra vindo, com Hybern... Admito que estou apavorado ao pensar em minha parceira grávida com tantos inimigos ao nosso redor. Apavorado pelo que eu possa fazer se você estiver grávida e em perigo. Ou ferida.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora