Capítulo 62

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~♪Hannah ~♪

— Calma que eu ainda estou assimilando, calma, calma. -falei andando de um lado para o outro.

Eu encarei minha mãe, vulgo senhora outonal.

— Desculpe o linguajar mas a senhora tem um dedo podre pra macho, que puta merda. —falei levando a mão a testa— só não ao Helion, aquele gostoso.

Rhysand pigarreou arqueando a sobrancelha pra mim.

— Você é mais. -dispensei com um gesto de mãos.

Eu a encarei.

— Logo o Beron, pela mãe. -choraminguei.

Eu olhei para Lucien.

— Você é um puta de um sortudo, não é filho dele. -fiz bico cruzando os braços.

— Queria trocar de lugar com você só para lhe livrar desse sofrimento, irmã. -ele foi sincero.

Eu encarei minha mãe.

— Sabe, talvez, só talvez uma espada atravesse a garganta dele. -falei.

Cassian bufou um riso.

— E só talvez a espada seja minha. -assobiei inocente.

— Hannah ele é o seu pai. -minha mãe disse.

— É uma pena não podermos escolher, essa é a terrível falha na Matrix. -dei de ombros.

— Ruivinha, ainda pode arrancar os chifres dele. -disse Balyo.

Eu levei minha mão ao queixo.

— Não, matar ele é melhor. -falei.

— Hannah! -minha mãe me encarou espantada.

— O oxigênio do mundo é pouco, ele está respirando demais. -sorri inocente.

Lucien se engasgou atrás de mim.

— Só para constar, quero quebrar a cara do Eris e das outras almas sebosas que você diz serem meus irmãos. -falei.

Ela suspirou.

— Eu tenho que ir, já estou a tempo demais aqui. -ela disse nervosa.

Eu a encarei séria.

— Não precisa ir, pode ficar aqui. -eu encarei Rhys que me enviou confirmação no laço.

— Não posso, você sabe que não. -ela disse.

— Não acha que posso te defender daquele traste? —meus olhos brilharam em âmbar puro— ele que venha até aqui e resolvemos isso... Fogo contra fogo.

Bufei fazendo fumaça sair de minhas narinas.

Ela sorriu para mim.

— Continua a mesma encrenqueira de sempre. -ela sorriu orgulhosa.

— É claro, diplomada em fofoca e barraco, doida pra roubar o lugar da Cristina no casos de família. -falei com as mãos na cintura.

Eu pisquei.

— Fique, com Beron eu me resolvo. -falei.

— Seu pai. -ela suspirou.

— Mas que raios, posso ter o maldito sangue dele nas veias mas para mim aquele verme não é o meu pai! —bati com o pé no chão— pai é o que cria, e desde então não tive nenhum que o fizesse, um é um filho da puta e o outro rei deles.

— Querida, deveria conversar com ele. —ela mordeu o lábio— ele sabe que você existe, só não sabe quem você é.

Eu engoli em seco.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora