~♪Hannah ~♪
O jantar... Como posso dizer? Foi incrível, me sentia em família com eles, uma família que nunca tive na vida.
— Você — sussurrei, sem tirar os olhos dos músicos tocando tão habilidosamente que até mesmo os fregueses soltaram os garfos nos cafés próximos. — Você mandou aquela música para minha cela. Por quê?.
Eu poderia saber, mas ao mesmo tempo não sabia, era como se meu coração presasse pelas palavras.
A voz de Rhysand estava rouca.
— Porque estava se partindo. E não pude encontrar outra forma de salvá-la.
A música se desenvolveu e aumentou. Eu vira um palácio no céu quando alucinei, um palácio entre o pôr do sol e o alvorecer... uma casa de pilastras de pedra da lua.
— Eu vi a Corte Noturna.
Rhys me olhou de esguelha.
— Não enviei aquelas imagens para você.
Não me importava.
— Obrigada. Por tudo... pelo que fez. Naquela época... e agora.
— Mesmo depois da Tecelã? Depois dessa manhã com minha armadilha para o Attor?
Minhas narinas se dilataram.— Você estraga tudo.
Rhys sorriu, e não reparei se as pessoas observavam quando ele deslizou um braço sob minhas pernas e nos lançou para o céu.
Eu poderia aprender a amar aquilo, percebi. O voo.— eu amo você, por mais que me irrite. -sussurrei encostando a cabeça em seu peito.
Rhysand ofegou me apertando contra si.
— Hannah...
— não responda, basta as palavras que eu falei, Rhys, acreditando ou não, saiba que o amo. -falei.
Ouvia o coração do grão-senhor como uma escola de samba, e ele beijou o topo de minha cabeça quando sussurrou.
— acredito.
☆
Eu estava lendo na cama, ouvindo o ruído alegre da fogueira morna de bétula que queimava na lareira diante da luminária do quarto, quando virei a página do livro e um pedaço de papel caiu.
Dei uma olhada no papel creme e na letra e me sentei, reta.
No papel, Rhysand tinha escrito,
Posso ser um galanteador sem-vergonha, mas pelo menos não tenho um temperamento terrível.
Você deveria vir cuidar de meus ferimentos de nossa briga na neve. Estou todo cheio de hematomas graças a você.Algo estalou contra a cabeceira, e uma caneta rolou pelo mogno polido. Sibilando, eu a peguei e rabisquei.
Vá lamber seus ferimentos e me deixe em paz.
O papel sumiu.
Ele ficou um tempo sumido, bem mais do que deveria ter levado para escrever as poucas palavras que surgiram no papel quando retornou.Eu preferiria que você lambesse meus ferimentos para mim.
Meu coração bateu, mais e mais rápido, e um estranho tipo de agitação percorreu minhas veias quando li a frase diversas vezes. Aquilo era um desafio.
Fechei os lábios para evitar sorrir quando escrevi.Lamber você onde, exatamente?
O papel sumiu antes que eu conseguisse completar a pontuação.
A resposta de Rhys demorou. Então.
Onde quiser me lamber, Hannah.
Eu gostaria de começar com “Em todos os lugares”, mas posso escolher, se for necessário.
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Corte de Sonhos e Estrelas
FantasíaE se a história de Rhysand fosse diferente?? e se não fosse Feyre? fosse outra pessoa... e se fosse uma humana de outro mundo? uma fã sua? e se ela fosse uma garota brasileira, maluca pela saga?. Hannah, uma patinadora exemplar, uma artista de mãos...