Capítulo 27

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~♪Hannah  ~♪

Rhysand ficou dentro da casa enquanto eu congelava minha bunda na neve, ele queria que eu controlasse o vento, já que as chamas ele viu que eu controlava muito bem após eu queimar seu traseiro quando ele me provocou.

Ele me mandava bilhetes a cada instante, dizendo o quanto Alice e Cassian tentavam se matar e ser mais arrogantes que o outro, e o quanto Alana e Azriel estavam se dando bem em conversas silenciosas.

Eu estava por incrível que pareça tentando, eu sabia quem viria tentar me pegar.

— alguma brisa? Apenas uma!. -falei irritada.

Movimentei minhas mãos e nada.

E estava tão concentrada naquilo que não reparei que havia alguém atrás de mim até que a mão cobriu minha boca e me levantou.

Eu me debati, mordendo e arranhando, gritando conforme quem quer que fosse me levantava. E com um puxão eu uma rajada de vento nos atingiu com força.

Tentei me desvencilhar, a neve se agitava ao nosso redor, como poeira em uma estrada, mas os braços que me pegaram não se moviam, eram como faixas de ferro e...

Uma voz rouca soou em meu ouvido.

— Pare, ou vou partir seu pescoço.

Eu conhecia aquela voz. Ela espreitava meus pesadelos, todos eles.

O Attor.

— me largue!. -exclamei.

Minhas chamas surgiram e eu estava me sufocando, como se água me afogasse por dentro, eu estava tendo um ataque de pânico, estava com muita falta de ar e já chorava silenciosamente diante daquilo.

Fiquei imóvel em seus braços, ganhando um pouco de tempo para procurar algo, qualquer coisa que pudesse usar contra ele. Minha respiração estava tão pesada que ficava difícil se puxar o ar para poder viver.

— Bom — sibilou o Attor em meu ouvido. — Agora me conte...

Noite explodiu ao nosso redor.

O Attor gritou, gritou quando aquela escuridão nos engoliu, fui largada pelos braços finos e duros, e suas unhas perfuraram minha pele. Caí de cara na neve firme e gelada.
Rolei, virando de barriga para cima, me agitando para levantar, meu ar, eu buscava o ar em meus pulmões e estava a ponto de me afogar em meu oceano.

— respira...respira. -murmurei baixo a cada lufada de ar ofegada.

A luz retornou quando me agachei com a faca inclinada.
E lá estava Rhysand, prendendo o Attor contra um carvalho coberto de neve, com nada além de amarras de noite em espirais. Como aquelas que tinham esmagado a mão de Ianthe. As mãos do próprio Rhysand estavam nos bolsos, e o rosto, frio e lindo como a morte.

Mato ele depois.

— Estava me perguntando para onde você teria rastejado.

O Attor estava ofegante conforme lutava contra as amarras.
Rhysand apenas atirou duas lanças de noite contra as asas do demônio. O Attor gritou quando aquelas lanças encontraram carne e se enterraram firmemente contra a casca de árvore atrás desta.

— Responda minhas perguntas e pode rastejar de volta para seu mestre — exigiu Rhys, como se estivesse perguntando a respeito do tempo.

— Vadia — disparou o Attor. Sangue prateado lhe escorreu das asas, chiando ao atingir a neve.

Rhys sorriu.

— Você se esquece de que eu me divirto muito com essas coisas. - Ele ergueu um dedo.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora