Capítulo 59

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Esse capítulo não faz parte do livro eu o criei✨

~♪Hannah  ~♪

Poderia passar dias vendo Balyo testar as mil e uma novidades de um corpo imortal, não mais espírito, eu sorria vendo a curiosidade da raposa em cada coisinha, eu o deixei com Cassian, que lhe apresentou o vinho, já que essa manhã eu apresentei os doces ao Balyo, e passamos a maior parte do tempo nos empanturrando deles.

Eu respirei fundo, puxando todo meu ar e abrindo meus braços em cima da sacada, então saltei, soltando minha respiração de forma vagarosa, como se eu estivesse para mergulhar no mar, então as sombras em minhas costas surgiram, e as asas illyrianas se abriram,  eu as bati, me içando para cima.

Soltei uma risada sentindo o vento me embrulhar de forma acolhedora a cada bater, eu pintava o céu de velaris, e eu podia ver a cidade belíssima abaixo de mim, as pessoas que me viam acenavam e eu sorri para elas, acenando de volta.

Girei no ar, fechando as asas quando rodopiei e as abri subindo mais para cima, eu as estiquei, planando no ar, sentindo o vento beijar meu rosto.

Então senti o cheiro de noite e livros, um cheiro de bebê illyriano, então ouvi um poderoso bater de asas.

Sorri de lado olhando de esguelha para o meu parceiro que surgiu ao meu lado. Ele sorriu para mim, encarando minhas asas, me vendo voar de forma maravilhada.

— Pensei que fosse aguardar as aulas do Az. -ele disse.

— Não conte para ele. —ri— mas mesmo vocês achando que não, eu consigo voar melhor do que os três.

Dei um rasante no céu vendo um sorriso maroto do meu parceiro.

— Aposto que chego a casa do vento primeiro. -falei.

Sua expressão morreu.

— Hannah...

Eu ri batendo as asas que me lançaram como um foguete, eu podia ver a montanha se aproximar cada vez mais, Rhysand vinha a toda velocidade atrás de mim.

— Hannah, é perigoso! As correntes de ar são fortes demais! -disse ele.

Mas eu já havia me lançado para cima da montanha, como uma estrela cadente cortando o céu enquanto eu subia, então uma rajada de vento me atingiu, e mais outra. Meu sorriso sumiu e uma expressão de esforço surgiu quando bati as asas tentando lutar contra as correntes de ar.

— Hannah! -gritou Rhysand.

Merda, merda.

Me esquivei para a direita e depois para a esquerda, tentando voar.

Minha expressão mudou para puro terror quando senti uma das asas travar. Então elas sumiram, na queda livre eu tentei manter a calma através do grito de terror, luz me envolveu e eu rugi saltando contra a montanha, minhas garras cravaram nas paredes de pedra, eu rosnei na forma de minha leoa, e com impulso comecei a saltar para cima, cada salto tentando ser calculado, minhas garras arranhando e escorregando na pedra. Rhysand estava paralisado voando abaixo, como se tivesse visto um fantasma.

Então me icei para cima, saltando sobre as rochas igrimes, escalando, estava perto, perto.

Então um rugido meu inrrompeu quando me lancei para a borda, minhas garras cravando lá e eu me joguei para a sacada da casa do vento, minhas patas pisando com um estrondo no chão.

Minha respiração estava ofegante, todos me encaravam espantados da sala quando um raio de luz me envolveu.

Voltei a minha forma grã-feérica e soltei um ofego baixo. Ouvi um bater atrás de mim, e Rhys pousou, suas asas sumindo e seus braços me agarrando de forma apertada, me puxando para si.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora