¬ NEVER ¬ [+18]

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Quando chego no hall do hotel, é que me lembro que não tenho o cartão do quarto. Me dirijo ao balcão e depois de me identificar, recebo outro cartão e aproveito para pedir para que entreguem alguma comida no quarto. Caminho até ao elevador, enquanto limpo algumas lágrimas. Olho o elevador mas decido ir pelas escadas, e retiro os meus sapatos antes de pisar o primeiro degrau. Esta tarde e eu não quero incomodar ninguém com o barulho dos meus saltos.

Chego no andar, e caminho até à porta, a abro e mal entro no quarto, deixo que finalmente o choro se faça mais presente. Eu realmente deveria de apanhar o avião para Portugal, eu deveria de me afastar dele, eu deveria de me focar na minha carreira. Eu deveria.

Os meus pensamentos são interrompidos por dois toques na porta, e eu me encaminho para ela, esperando ver o serviço de quartos.

- Que raios deu para você sair daquele jeito?

Sim, ele entra no quarto quase aos berros. Eu me sento na cama e passo as pontas dos dedos na minha cabeça.

- Volta para a sua amiga Damiano. Por favor.

- Que caralho Alana, que infantil a sua atitude. Eu nunca tratei assim nenhum dos seus amigos.

O riso que eu solto, tem tanto de tristeza como de sarcasmo. O olho, enquanto as lágrimas ainda caem pelo meu rosto.

- Isso é alguma piada não é Damiano? Quer que lembre da maneira idiota que você tratou os Blind, especialmente o Niko? Ou será que essa merda sumiu da sua mente?

Ele solta um resmungo entre os lábios e eu volto a me sentar na cama, e coloco as mãos na minha cabeça. A dor está mais lancinante, como se eu tivesse um tambor a tocar a cada segundo dentro do meu cérebro.

- Isso não é nada comparado a hoje. - ele quase que rosna.

- Pois não, como eu também não sou nada comparada à Gio não é? Ela é bem mais bonita que eu, mais mulher, aliás, a mulher que faria você sempre feliz. Já eu, sei lá, sou qualquer uma que passa pela sua cama, pela sua vida. Por isso digo Damiano. Sai, volta para a sua amiga que deve sentir a sua falta.

Fecho os meus olhos, sentindo o salgado das minhas lágrimas que morre nos meus lábios, até que sinto as suas mãos em meus pulsos, me erguendo da cama e me faz o encarar.

- Nunca mais. - ele cola os seus lábios nos meus.

- Nunca mais o que? - falo sem mexer os meus lábios, mesmo sentindo ele forçar.

- Nunca mais ache que você não é suficiente para mim.

Mantenho os lábios na mesma posição, mesmo sentindo ele limpar algumas das lágrimas que correm.

- Me beija. - ele sussurra e eu agarro o seu pescoço, e deixo que ele aprofunde o beijo. Sim, aqui estou eu, novamente cedendo, mesmo depois de tudo o que ouvi e vi. Aqui estou eu, deixando que as minhas emoções voltem a mandar em mim, mesmo que eu tenha decidido que isso não iria acontecer.

Sinto ele empurrar mais o meu corpo, que cai na cama, e antes de eu erguer o meu tronco, o vejo se baixar, e puxar os meus joelhos, as suas mãos subirem pelas minhas pernas, e ele retirar a minha calcinha, levantando levemente o meu vestido. Seus dedos, passam pelo interior das minhas coxas, e eu abro ligeiramente as minhas pernas, quando ele insere um dedo dentro de mim, ao qual se junta outro. Longos gemidos saem pelos meus lábios, e eu levo a minha mão até aos seus cabelos os agarrando levemente, quando a sua língua se junta também e eu gemo mais alto. A minha mão puxa os fios do seu cabelo, quando eu sinto os seus dedos entrarem e saírem de dentro de mim e a sua língua circular o meu clitóris.

- Caralho Damiano. - falo entre os gemidos, precisamente quando o orgasmo me atinge. A minha respiração está completamente descompensada e alterada, e eu o vejo se reerguer e levar os seus dedos ao lábios, e lamber. Caralho.

Ele sobe em cima de mim, agarra as minhas mãos e as coloca em cima da minha cabeça, prendendo os meus pulsos só com uma mão, e a outra agarra um dos meus seios, com os seus dedos a brincar com o meu mamilo. Eu arfo entre os meus lábios, inclinando a cabeça para trás. Os seus dedos continua a mexer no meu mamilo, e eu olho para ele.

- Damiano, por favor. - resmungo entre os lábios.

- Por favor o que, belíssima? - ele encosta os seus lábios na minha pele, enquanto a sua mão continua no meu seio por cima do tecido.

- Me fode por favor.

A mão desloca se para baixo, ergue uma das minhas pernas até à sua cintura, ouço o zíper da sua calça ser aberto, e o grito que sai dos meus lábios, quando ele me penetra, ecoa nos meus ouvidos.

A sua mão vai até à minha cabeça, a puxa para a frente, me fazendo o olhar nos olhos, enquanto ele investe em mim sem parar. Os nossos gemidos se juntam, fazem ricochete um no outro, quando os nossos lábios se juntam, e eu sinto a sua língua brincar com a minha. Entre gemidos e pequenos gritos.

Solto a sua boca, inclino a cabeça para trás, sinto a sua outra mão apertar mais os meus pulsos, e enrolo mais a minha perna na sua cintura, a cada estocada mais violenta e rápida, o que me faz sentir o orgasmo a chegar de novo.

Mordo o lábio, quando ele chega, certeiro, tão certeiro que as minhas pernas enrijecem, o meu coração acelera como tudo, a minha pele começa a suar ainda mais e fecho os olhos sentindo todo o efeito do orgasmo, quando sinto o ápice dele.

O seu corpo cai em cima do meu, e eu agarro as suas costas, passando as mãos levemente, tal a incapacidade que não tenho de me mexer. Sinto ele agarrar a minha face, ainda dentro de mim, e me beijar tranquilamente.

- Meu Deus. - a voz de Vic me faz rir. - JÁ ACABARAM?

Nós dois rimos alto, e Damiano me olha.

- Nunca acabarei. - ele sussurra baixo e eu sorrio.

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¬ EUROVISION ¬ Damiano David ¬CONCLUÍDA ¬Onde histórias criam vida. Descubra agora