¬ POV ALANA MENDES ¬
Sigo Pedro até à sua mesa, e vejo Bruna sentada, e ela mal me encara, se ergue e me abraça.
- Que saudades amiga. - falo junto a si, e quando separo os nossos corpos, olho os dois. - Vocês ficam tão bem juntos. Eu fico mesmo feliz por tudo, por vocês.
- Obrigada amiga. - ela fala, e eu sorrio. Ver o brilho nos olhos deles faz claramente o meu dia ser melhor, pois apesar de tudo, eu sempre soube que a Bruna tinha sentimentos por ele. E como nós sempre fomos amigas, e eu e ele acabamos numa boa, eu fiz o meu papel de cupido.
Olho para o lado vendo que a comida já está a ser colocada na mesa.
- Eu vou voltar para a mesa. - os abraço novamente. - Adorei ver-vos. E espero que esta pandemia passe, para que eu possa ir no estádio te ver. - aponto para Pedro e ele sorri.
- Te espero lá. E Alana, você tá melhor, você tem um brilho qualquer de diferente. - eu fico sem entender e deixo um beijo na bochecha de cada um, e volto para a mesa, me sentando na cadeira. - Me perdoem. - falo sorrindo e tirando Damiano, que mantém uma cara fechada e nem olha para mim, todos sorriem.
- Ele parece bem simpático. - Vic fala e eu aceno.
- Ele é, ele é um amor, uma pessoa que eu sempre quero manter comigo. - olho para o celular dela, que tem aberto as notícias. Desvio o olhar para Damiano, que ainda nem me olha, e praticamente nem come. - O Pedro foi alguém que estava sempre lá, durante uma fase muito complicada da minha vida.
- Pois. - é a primeira palavra que ele pronúncia, depois de tanto tempo, mesmo sem me encarar.
- Se você deixasse de ser tão idiota, poderia olha e ver que ele está acompanhando da namorada, que aliás é uma amiga minha. - Damiano finalmente me olha, mas o seu olhar continua a ser de total raiva. - Não tenho culpa se você só vê o que lhe interessa.
Respiro rapidamente, sentindo as minhas mãos tremerem, o meu peito aperta e eu sinto todos os sinais de uma crise a se aproximar. Pouso os talheres na mesa, e baixo a minha cabeça, os ouvindo conversar, e tento não surtar e muito menos chorar.
O tempo passa, mas a sensação não. Vejo o empregado levar as coisas, os ouço pedir sobremesa, mas a fome sumiu do meu corpo. Quando finalmente ergo o meu olhar, Damiano esta a olhar o seu celular. Peço a conta e efectuo o pagamento, os vendo se levantar e quando ele se ergue da cadeira, eu agarro a sua mão.
- Você poderia vir comigo a um local?
Noto no seu olhar o quanto ele quer negar, e isso faz o aperto doer mais, mas a sua cabeça acena que sim. Me levanto da cadeira, e nós saímos do restaurante.
- Vic. - a puxo. - Vocês poderiam dar uma volta por aqui, que eu já vos venho buscar?
- Claro Bestie, sem problema. - ela deixa um beijo na minha testa, e eu viro o corpo, e vou até ao meu carro acompanhada de Damiano. Entramos e eu começo a conduzir no mais completo silêncio.
Quando chegamos, e saímos do carro, eu retiro os meus sapatos para sentir a areia nos meus pés. Vejo ele fazer o mesmo, e caminho ao seu lado até perto do meio da praia. Me sento, o olhando.
- Sabe. - falo quando o vejo fazer o mesmo movimento. - Aqui sempre foi o local que eu venho quando preciso pensar. Onde eu sempre vim sozinha, para pensar, para gritar, para chorar. Para me acalmar em situações de crise, que é como eu estou agora. - estoco as minhas mãos para ele ver o quanto elas tremem. Damiano me encara, e eu sinto a sua mão agarrar as minhas. - Você sabe o quanto me custa quando você me ignora, quando você fica tão distante e possuído por ciúmes? Me faz sentir que não sou o suficiente para você.
Ele puxa o meu corpo para junto de si, me fazendo sentar no seu colo, e os seus lábios cobrem os meus.
- Eu já disse a você, que você é muito mais que suficiente para mim. - a sua voz sai arrastada e eu deixo as lágrimas escaparem. Abraço o seu pescoço, e deixo que as lágrimas molhem a camisola branca que ele traz vestida. Suas mãos acariciam as minhas costas e eu me sinto amolecer nos seus braços.
Quando sinto a dor começar a desaparecer, ergo o meu olhar, e vejo que ele olha para o mar. Encosto a minha testa na sua face, e faço o mesmo.
- Isto aqui sempre me transferiu calma, quando eu estava prestes a desistir. E você. - o volto a encarar. - É a primeira pessoa que eu trago comigo.
Vejo um sorriso aparecer no seu rosto, e beijo os seus lábios, me ajeitando mais no seu colo. Minhas pernas ficam uma de cada lado do seu corpo, e eu baixo os meus quadris ouvindo um leve gemido sair entre o nosso beijo. Ele coloca as suas mãos na minha cintura, a aperta e me puxa mais para si. Continuo com os meus lábios junto dos dele.
- Assim, eu vou ficar sem calcinha. - falo rindo, quando vejo a peça de roupa na sua mão e ele ri também.
- Por mim, poderia nem usar. - ele arrasta a voz, quando me penetra e eu gemo alto, encarando o céu, e ouvindo o som das ondas. O som que se mistura com os nossos gemidos, com o som da nossa pele a bater uma na outra. A minha mão agarra os cabelos junto à sua nuca, e ele me olha, com os lábios entreabertos. Cada movimento do seu corpo, eu o sinto mais dentro de mim.
E eu nunca me canso disto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
¬ EUROVISION ¬ Damiano David ¬CONCLUÍDA ¬
FanfictionEurovisao 2021, o meu grande palco finalmente. O tanto que eu lutei, não tem como ser descrito em palavras mas sim no palco. O real problema, acontece fora do palco, mais precisamente, no meu coração. ¬AVISOS : HOT, BEBIDAS!! ¬