Chapter 188 Sem você, a vida continua como um sonho vago e incompreensível

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Arco 4 Capítulo 188 Sem você, a vida continua como um sonho vago e incompreensível

Oito dias desde o desaparecimento de Huan Shui
Vigésimo primeiro dia de novembro

Eram tarefas ridículas, vazias ou impossíveis.

Uma delas era ser o croupier na Toca do Jogador uma noite sim e uma não.
Normalmente servos do Reino demônio tinham tarefas sérias dentro do Reino Fantasma, ou infiltrados como espiões em outros reinos.
Mas, não.

Jun Wu conduzia uma mesa de jogos e apostas insanas, usando um robe requintado e revelador, parte de seu tórax exposto como parte daquela tarefa delegada por Hua Cheng.

O trabalho de croupier em si nem o irritava tanto, se não fosse ser alvo de flertes, olhares e toques insaciáveis de fantasmas, humanos e outras criaturas de ambos os sexos.

No primeiro dia, ele quase terminou como prêmio de uma das apostas.
Era a primeira vez na Toca do Jogador que apostavam o próprio croupier, o boato de que era o ex-imperador do Reino Celeste se espalhou depressa, os fantasmas estavam excitados com um prêmio tão bom.

Seu sangue gelou nas veias ao pensar que teria que fazer favores indevidos por uma noite inteira com uma desconhecida, se quer viva, com um olhar louco e uma risada que lhe dava arrepios.

Jun Wu nunca se viu tão vulnerável à condição de objeto.

Parecendo um prêmio valioso aos olhos de alguns, quando ele mesmo sentia que valia tanto quanto um lance de dados vulgar.

A outra tarefa, era diária.

Em determinada hora do dia, Jun Wu tinha que ir a Montanha Tai Cang, que anteriormente fazia parte do Reino de Xian Le, onde também em eras antigas ficava o templo de cultivação Huang Ji, em que Xie Lian cultivou na tenra juventude.

Ele precisava penetrar na câmara subterrânea da antiga construção, o Mausoléu Imperial do antigo Reino de Xian Le, escondido sob a terra queimada do Monte Tai Cang, após atravessar um grande salão... Havia aquelas criptas ao fundo.

Todos os dias Jun Wu levava flores recém colhidas, úmidas por orvalho e depositava sobre os pratos dourados que ficavam sobre os dois caixões.
Hua Cheng exigia que as flores fossem brancas, porque elas simbolizavam a pureza e a renovação.

Esse gesto fazia Jun Wu remoer o passado, era como cutucar uma ferida que nunca fechava.

Sendo obrigado a todos os dias a pedir um perdão que nunca teria, dos falecidos pais de Xie Lian.

Estilhaçando seu orgulho continuamente.

Entre os cumprimentos das tarefas, Jun Wu gastava todas as forças e poder espiritual que tinha tentando descobrir o paradeiro de Huan Shui, ele chegou até mesmo ir até o Monte Tong Lu, procurar Bai Wu Xiang naqueles recantos obscuros, batizados pela ruína, pela tragédia e pela repetida destruição.

Contudo, o Monte Tong Lu também se assemelhava a um sepulcro, toda energia ressentida adormecida, seus passos e sua própria respiração ressoavam e ecoavam como uma premissa lamentável, terrivelmente solitária.

Tudo que voltava para Jun Wu era sua própria voz, o som de seus próprios passos.

Até mesmo dentro do forno inativo, as lembranças antigas ainda sangrando, ele gritou e chamou por Bai Wu Xiang, mas sua ira desapaixonada e súplica retumbaram no vazio absoluto.

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Fang não imaginava.

Além de ainda se sentir deslocado naquele lugar tão suntuoso e estranho.
Primeiro, ele tinha mudado toda rotina de Feng Xin.

Jun Wu - A Terceira Face do Príncipe • Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora