Jun Wu - A Terceira Face do Príncipe • Livro 2

Chapter 346 Alarme falso: Promessas primaveris sob a janela

Capítulo 346 Alarme falso: Promessas primaveris sob a janela

Tudo estava quieto nos arredores da floresta de bambu ao lado da tapera.

E os dois meninos não estavam no quintal, Mu Qing correu na direção da descida em busca de um movimento suspeito, algum som que denunciasse uma situação de perigo.

Mas, após vasculhar a área com o olhar, Jun Wu que estava parado no meio do terreno, observando até mesmo a quietude do Mosteiro, os monges deviam estar recolhidos em suas orações.

Ele começou a pensar que os dois meninos deviam estar aprontando alguma, apesar das circunstâncias tão peculiares que envolvia ambos, não deixavam de ser duas crianças.

E além disso... Jun Wu, tendo sido íntimo de um demônio por tantos séculos, melhor do que ninguém percebia de longe qualquer rastro descuidado de energia Yin.

Sabendo que Jiahao não era tão poderoso ou disciplinado para conter sua própria energia escura, tinha quase absoluta certeza que o sumiço de Huan Fang e Tang Shi nada tinha a ver com ele.

Quando Mu Qing voltou em sua direção, mirou-se na confusão marcada no chão de terra, os cascos de Tian Shu, as pegadas deixadas por botas com solas pequenas... Pouco visíveis para a maioria menos atenta e observadora.

Os dois deuses trocaram olhares e Jun Wu, sem dizer nada, sinalizou para Mu Qing para permanecer em silêncio e examinar as pegadas no chão.

Quanto mais se distanciavam do meio do terreno, mais as pegadas faziam sentido, mais demarcada pareciam no solo... Como se os dois tivessem corrido juntos?

A marca daqueles pequenos pés marotos davam no estábulo que Jun Wu tinha construído com a ajuda de Sonam, onde havia uma baia confortável para Tian Shu dormir e lugar suficiente para armazenar a comida do equino, assim como os acessórios de montaria.

Mu Qing e Jun Wu se movimentaram sorrateiros pela lateral da construção de madeira, até que espiaram pela pequena janela projetada para ventilar o interior da cocheira.

Sobre um monte de feno seco, havia duas vozes pueris aos sussurros, os dois meninos, um de frente para o outro, deitados de lado, mirando-se com uma conotação que transpassava os limites infantis de suas aparências.

Mu Qing não estava gostando nada e seu rosto inteiro ficou freneticamente rubro, quando os dois meninos trocaram um selinho, imediatamente sua mão bateu contra o parapeito frágil da janela, o som repercutiu estrondoso entre o beijo e as vozes sussurrantes.

— HUAN FANG! COMO CHEGAMOS A ISSO? AFASTE-SE DE TANG SHI AGORA MESMO!

As duas crianças já haviam desviado o olhar assim que ouviram o golpe na janela, mas o grito do General do sudoeste, na verdade, fez o menino de onze anos ficar paralizado.

— Mas... Tio Mu Qing... Não era para fazer as pazes com Tang Shi?...

Apenas durante a pergunta baixa e hesitante de Huan Fang, o rosto de Mu Qing com certeza criou mais três tons de rubro que nem ele imaginava que existiam!

— Não assim, seu moleque!... — Mu Qing soltou entre dentes. — Já não conversamos sobre isso? Crianças fazendo coisas de adulto... É... Fodidamente errado.

Os dois meninos sentaram-se no feno, olhando para os dois deuses na janela, do outro lado.

— Eu sei, mas... Por isso mesmo... Tang Shi e eu fizemos o elo de corrente.

Em sua forma de Fu Yao, apertou os lábios finos e sem cor, franzindo ligeiramente o cenho bonito, fitando Jun Wu na esperança que ele esclarecesse que raios era "elo de corrente".