Chapter 257 Foi aberta a Matriz Lendária: O revertério se inicia

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Arco 5 Capítulo 257 Foi aberta a Matriz Lendária: O revertério se inicia

Três anos à frente

Zhen Yan estava em chamas, o vilarejo era uma réstia, a montanha estava sendo engolida cruelmente pelo fogo.

Havia o cheiro da carne queimada, do sangue pisado misturado à lama, o relincho doentio de cavalos queimados vivos, gritos abafados por escombros.

Mas, Bai Wu Xiang não estava satisfeito.

Ele estava louco de ódio, mas sua atenção estava dividida.

Alguns deuses tinham descido àquela terra destruída para detê-lo, mas ele podia sentir que também havia algum caos no interior de sua fortaleza vazia.

Huan Shui estava machucando a si mesmo ao tentar escapar, sabia que ele não poderia encontrar saída, mas enquanto era atacado em Zhen Yan, mesmo distante, manipulou o que havia na fortaleza para neutralizar os movimentos dele.

Em qualquer outra situação, Bai Wu Xiang teria largado tudo para voltar para Huan Shui.

O seu “porém” estava entre os deuses que tentavam impedi-lo.

Bai Wu Xiang estava irracionalmente obstinado a exterminar acima de tudo, apenas um deus que estava entre os demais.

Ele queria o cadáver de Jun Wu.

Definitivamente.

*************

A única fonte de luz, por mais que seus olhos tentassem se acostumar com a escuridão, era a borboleta fantasma.

Após um pequeno tempo tentando se localizar naquele lugar gélido, Jun Wu pediu para a borboleta ir na frente.

Aquele pequeno inseto fantasma lhe dava uma noção ao menos da onde estava indo, onde havia entradas, o que estaria à sua frente.

Jun Wu pensou em chamar por Huan Shui, mas precisava ter cautela. Ele não esquecia nem por um momento que seu poder espiritual era limitado, que estava sem sua espada e que sendo um deus menor, teria sérias dificuldades se encontrasse primeiro Bai Wu Xiang.

Aquele lugar era vazio ao extremo e sua aura era tão peculiar quanto familiar, até que entrou num aposento e viu destroços no chão, cacos que a luminosidade da borboleta revelou num refinado branco leitoso, alguns objetos tal como uma máscara prateada, algo mais que Jun Wu deixou totalmente de lado, quando avistou alguém caído na outra extremidade do cômodo.

Foi então que ele percebeu, os caules compridos enrolados, vigorosamente preso às pernas daquela pessoa imóvel, Jun Wu se agachou depressa e foi num assombro que virou o corpo e a borboleta em primeiro iluminou a face de Huan Shui.

Havia outra luz ainda mais intensa, antes oculta, por baixo do corpo.

Enquanto, ajeitava Huan Shui em seus braços, ainda tentando entender o que havia acontecido, Jun Wu percebeu que o erhu estava no chão e o amuleto feito em turmalina emitia o mesmo brilho quase cegante da matriz lendária.

Sem que soubesse ou mesmo desconfiasse, o amuleto de borboleta era o sétimo item sagrado da matriz.

Todo ser de Jun Wu estava exasperado, ele segurou o rosto de Huan Shui pelo queixo, viu os olhos fechados, o rosto dele com pequenas feridas e arranhões, sua voz estava prestes a escapar angustiada pela garganta, a borboleta translúcida voando sobre os dois.

Os olhos de Huan Shui se abriram confusos, seus sentidos algo amortecidos:

— Cuidado... Com as aranhas...
Jun Wu se ergueu num impulso com Huan Shui em seus braços, arrebentando os caules obsessivos que antes prendiam as pernas do rapaz, carregando o erhu consigo e então ele percebeu.

Jun Wu - A Terceira Face do Príncipe • Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora