Sumire, Ada e Jigen

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- Um nome... - Sarada falou observando o filhote, e viu que era fêmea - Ah. É uma garota. Acho que vou chamar de... de Cruella.

- Cruella. Ela não detestava cachorros ? - Mitsuki perguntou.

- Não a Cruella da Emma Stone, e assim da pra apelidar essa fofura de Ella - Sarada respondeu coçando a orelha da cachorrinha.

- Mais que mer... an... lindo. Ok, corujinha, você que sabe. Só que eu vou escolher o nome dos nossos bebês - Boruto coçou a testa.

- Espera ai - uma dúvida chegou na mente de Sarada - não vão estranhar chegarmos com um cachorro na mansão ?

- Na verdade não - Boruto deu de ombros - todo mundo lá gosta de cachorros, só não tínhamos tempo pra cuidar de um até sua mãe chegar. A Himawari vai amar.

- Todo mundo ? Até você ? - Sarada segurou Cruella próxima de Boruto, e a filhote tentou lambe-lo.

- Não tenho nada contra nem a favor - Boruto respondeu.

- Que indiferença é essa ? Olha essa coisinha fofa - Sarada voltou a fazer carinho na filhote.

- Essa coisinha fofa baba em você e come sua comida - Boruto respondeu.

- Ah e você não ? - Sarada rebateu.

- Ela te pegou - Mitsuki agora gargalhava.

- Ok. Chega desse complo contra mim. Vamos, corujinha, antes que pensem que fomos sequestrados. Vai pra casa você também Mitsuki, agora você tem um gato pra cuidar.

- E não me arrependo - Mitsuki respondeu e começou a andar, indo embora do estacionamento.

- Ele não vai querer carona ? - Sarada olhou Boruto.

- O Mitsuki nunca quer. É que ele mora à uma rua daqui, até por isso a Cruella tava na casa dele.

- E não deixamos nada no colégio aberto né ? E como vão abrir o colégio amanhã sem as chaves ?

- Não deixamos, as trincas do colégio tem trava automática. E amanhã entrego as chaves pro Inojin e ele coloca ela no lugar certo antes de abrirem as portas pros alunos - Boruto respondeu e eles entraram no carro do loiro, então, após se sentarem Boruto falou - Ah. Quase esqueci - ele se virou para trás.

Sarada já sabia o que aconteceria, Boruto deixou a toalha de piquenique vermelha com oque usou para o pedido e pegou sua câmera fotográfica no banco traseiro, então tirou uma foto de Sarada com Cruella. Após isso eles partiram em direção a mansão.

》》》

Sumire tinha passado a tarde com Kawaki no hospital. Agora estava em seu carro, dirigindo a noite pelas ruas de Konoha para voltar a sua casa no fim da cidade. Logo ela chegou na mansão de Jigen e Amado. Uma imensa mansão de madeira com um gramado muito bem cuidado ao redor, uma passarela de concreto levava a porta da mansão a garagem ao lado direito construção, não havia portões ou muros ao redor, ninguém ia muito para aquelas bandas.

Sumire estacionou o carro na garagem, pegou, no porta luvas, o controle do portão do local e saiu apertando o botão que fechava o dito portão. Ela então caminhou até a mansão e abriu a porta da mesma, assim entrando na sala. A sala de estar de Jigen era fria, as paredes de madeira escura pareciam sufocantes, o piso preto era bem limpo e no meio da sala havia um sofá de couro preto.

Havia uma lareira, de frente para o sofá, com um fogo baixo acesso que estranhamente parecia não esquentar nada, e entre o sofá e a lareira tinha uma mesa de vidro com garrafas de uísque e copos para bebida. Nesse momento Ada entrou pela porta à direta da sala. Com o livro de Sarada na mão.

- Oque você quer Ada... - Sumire olhou o livro na mão da outra garota - Ei. Esse livro tava no meu quarto.

Após sair do colégio, Sumire deixou a mochila de Boruto em seu carro e passou em casa para almoçar, pois não tinha comido direito no refeitório, na hora não encontrou Ada ali, ela devia estar em um shopping. Sumire na ocasião deixou o livro de Sarada em seu quarto e após isso foi para casa de Boruto entregar a mochila dele, onde encontrou Sarada e de lá partiram para o hospital.

- Eu sei. Eu entrei lá e peguei. Irmãzinha - Ada respondeu irônica.

- Tá invadindo minha privacidade - Sumire se aproximou dela querendo pegar o livro de volta.

- Não tô nem ai pra sua privacidade - Ada ergueu o livro para Sumire não o alcançar - hoje no refeitório você tava almoçando na mesma mesa que a Sarada. Certo ? e até trouxe o livro dela pra casa. Ta fazendo a mesma coisa de sempre né ? Ajudando todo mundo, dando uma de boazinha.

- Você foi mexer com a Sarada que tava quieta porque viu ela com o Boruto, ela é uma garota legal e quer ser minha amiga...

- A Sarada ? Legal ? Aquela sem sal míope ? - Ada interrompeu - você só deve tá querendo se aproximar dela por ciúmes porque ela conseguiu conquistar o Boruto.

- Não. Eu realmente quero ser amiga dela.

- Talvez seja verdade. Até porque vocês duas são igualmente patéticas, a rejeitada pelo Boruto e a filinha da empregada.

- Nós somos patéticas ? E como você sabe dos presentes que o Boruto deu pra ela ? Como sabe que ele gosta dela ? Não sei como você sabe quem é a mãe da Sarada mas desconfio de como você sabe dos presentes que o Boruto comprou pra ela. Tá seguindo ele de novo né ? - Sumire cruzou os braços.

Essa era uma leve suspeita de Sumire, ela esperava estar enganada mas infelizmente não estava. Espiar Boruto era um costume que Ada tinha desde que eles terminaram um namoro de forma conturbada. Ela seguiu Boruto e não foi difícil vê-lo indo na livraria comprar livros, ou indo no colégio buscar um uniforme feminino, Ada logo notou que Sarada usava oque Boruto comprará e não foi difícil para ela ver Boruto pagando o lanche de Sarada no refeitório.

- Eu sei de quem ela é filha porque ouvi o Boruto falando dela com os amigos. E sim. Eu sigo ele as vezes. Porque quero cuidar do meu homem. Pelo menos eu já namorei ele antes e vou voltar com o Boruto, não fui uma rejeitada como você. E é bom vocês duas saberem que ele é meu.

- Ada. Irmã, isso sim é patético, você é obsessiva com ele, isso é problemático, é doentio. Você tem que aceitar que ele não é mais seu. Oque você fez com ele... - Sumire falava mas novamente foi interrompida.

- Tá falando de aceitar ? Vamos ver se o papai vai aceitar essa amizade de vocês.

- Estão falando de mim ? - Jigen entrou pela mesma porta que Sumire usará a alguns instantes.

O homem usava terno, como de costume havia voltado tarde de seus serviços.

- Oi papai - Sumire falou para Jigen.

O homem foi se sentar no sofá de couro, pegou um dos copos na mesa e encheu até a metade com uísque, então começou a olhar para as duas filhas. Ada era filha biológica dele, mas Jigen não tinha nada aver com o nascimento de Sumire, porém ele adotara a garota após a morte dos pais dela, que supostamente eram grandes amigos dele.

- Desembuchem meninas, oque aconteceu ?

- Foi horrível papai - Ada também foi se sentar no sofá - uma das novas amiguinhas da sumire me deu um tapa no rosto hoje no colégio - ela então olhou a irmã - vai negar. Sumire ?

- Ok, meninas, mas que garota era essa afinal ? - Jigen perguntou e tomou um gole do uísque, um tanto entediado por ouvir problemas de adolescentes.

- A Sarada. Uma pobretona que roubou o meu Boruto - Ada respondeu.

- Pai. Ela é uma garota legal, a Ada só tá incomodada porque o Boruto seguiu a vida com outra.

- Espera. Espera ai. Vocês disseram Sarada ? Disseram que ela roubou o Boruto ?

Jigen falou levando um baque, ao perceber que Sakuta e Sarada haviam voltado para a cidade. A mulher que ele à tantos anos atrás convenceu a ir embora, e a bebê dela que ele tentou assassinar.

A UCHIHA FILHA DA MINHA EMPREGADAOnde histórias criam vida. Descubra agora