Rin e Sarada

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Sarada e Rin haviam se entendido muito bem no dia anterior, o primeiro dia de aula de Sarada. Em certo momento, quando Sarada foi levar o caderno para a professora corrigir, Rin até havia comentado com a morena que esperava um brilhante desempenho dela naquele colégio, então estar naquela situação, em uma detenção já no seu segundo dia de aula, envergonhou Sarada, e feriu seu orgulho de certa forma.

- Eu não entendo... Você já me surpreendeu de cara desde que chegou ontem. Você foi a única aluna, de todas as salas, que conseguiu acertar todas as questões que eu passei sobre Shakesper. Oque exatamente você fez pra parar aqui ?

- A sabe como é professora - Sarada passou uma mão no pescoço - eu acabei me envolvendo em problemas com outra aluna.

Sarada não teve confiança para citar Ada, ela ficaria ainda mais envergonhada se Rin soubesse que Ada havia planejado tudo aquilo. Nesse momento Obito apareceu na porta, e entrou na sala de aula.

- Oi Linda - Obito focou os olhos em Rin.

- Ooo bonitão. Pode me explicar oque minha melhor aluna tá fazendo na detenção ? - Rin olhou Obito.

O rosto da professora, normalmente sereno como o de Sarada e Hinata, agora estava um pouco emburrado, ela franzia as sobrancelhas e estufava um pouco as bochechas pequenas com marcas roxas intrigantes. Sarada então olhou Obito e viu que o Uchiha parecia preucupado. Sarada não entendeu como, mas aquela mulher baixinha e fofa conseguiu evidentemente deixar Obito nervoso.

- An... É sobre a detenção da Sarada que eu vim falar - Obito olhou a aluna - A Sumire confirmou a sua versão dos fatos. Sarada. Então sua detenção foi diminuída pela metade, ou seja você tá livre às três da tarde - Obito não precisava falar de Ada, mas ele decidiu contar tudo a Sarada para talvez alegar a garota - A e a Ada, ela vai ficar de detenção até as seis e não pode ir na festa da fogueira também.

- O que o senhor tá falando é verdade ? - Sarada se levantou da cadeira.

- Pode me chamar só de Obito. E sim, só falei verdades, eu detesto mentiras.

- Obrigada - Sarada atravessou a sala, correndo um pouco, até Obito e abraçou o Uchiha.

Obito ficou sem reação, oque fez Rin soltar uma leve gargalhada, então Obito devolveu o abraço lentamente, revirou os olhos e sorriu.

- Tá legal. Chega. Chega - ele afastou Sarada e segurou os ombros dela - Só vou. dizer uma coisa, a Ada vai ficar de detenção com você daqui a pouco, fazendo o favor, não se matem, não aqui dentro do colégio.

- Vou tentar - Sarada riu.

- Rin. Pode ficar na sala de detenção com elas e vigia-las ? Conto com você pra controlar tudo - Obito olhou a professora.

- Pode deixar - Rin sorriu de lado - eu sei como controlar os alunos.

- Agradeço - Obito devolveu o sorriso e saiu da sala.

Nesse momento o celular de Sarada fez um barulho, uma mensgem havia chegado.

- Senhorita Rin. Posso atender o celular aqui na sala - Sarada pediu, já cogitando fazer os olhinhos do gato de botas, ela detestava receber uma mensgem e não ver oque era, a curiosidade a agoniava.

- Eu não tô vendo nada - Rin respondeu, então começou a olhar suas unhas e a assobiar.

Sarada pegou o celular em seu bolso e sorriu ao ver que era uma mensagem de Boruto.

Mensagens

- A Sumire tá aqui em casa, ela disse que confirmou oque você disse na diretoria e vão aliviar sua barra. E ai funcionou ? Corujinha, mudou algo na sua detenção ? Diz que siiim - Boruto perguntou.

- Sim. Vão me libertar as três da tarde. A e tem mais. A Ada também pegou detenção e tá proibida de ir na festa da fogueira - Sarada respondeu.

- Ótimo. Eu e a Sumire vamos no hospital ver o Kawaki e levar roupas pra ele. Te pego as três na frente do colégio, depois a gente pega a Cruella no Petshopp, voltamos pra casa e contamos do nosso namoro. Oque acha ?

- Me parece ótimo. Tenho que ir agora. Beijos - Sarada respondeu.

Fim das mensgens

Sarada guardou o celular em seu bolso e voltou para sua carteira. Então pegou sua mochila, que já estava com seus pertences lá dentro, e a colocou nas costas.

- Pronto ? - Rin perguntou se lembrando das mensgens que ela trocava com Obito.

- Sim. Podemos ir - Sarada respirou fundo e bateu as mãos uma na outra, então as duas saírem da sala.

》》》

"Tá tranquilo, a jovem pensou, só três horas isolada na mesma sala que a Ada. A Rin vai tá lá, vai ser tranquilo" a morena pensava enquanto elas andavam pelos corredores. As duas pararam na frente de uma porta com uma placa platinada escrita "Detenção" e Rin a abriu. Elas então entraram na sala, e lá estava Ada sentada em uma carteira perto da parede oposta a porta. Sasori estava sentando na mesa dos professores lendo uma revista sobre empalhar criaturas vivas.

- Sasori. Pode deixar que eu fico aqui. O Obito me mandou vigiar elas - Rin pediu.

- Ok. Menos trabalho pra mim - Sasori falou, como quem não sente nada, pegou seus pertences na mesa dos professores e saiu da sala.

Rin se sentou onde Sasori estava, colocou sua bolsa na mesa, abriu o zíper da mesma, pegou um livro lá dentro e a fechou, então começou a ler. Sarada escolheu ficar em uma carteira próxima de Rin, após se sentar a morena pensou em aproveitar a ocasião para estudar para uma prova de história que estava chegando, ela amava aquela matéria.

Sarada então colocou sua mochila na cadeira, pegou lá dentro os materiais que precisava e os arrumou na mesa, então começou a estudar sobre Indra e Ashura. Uma aparente quietude pairava o lugar, até Ada começar a bater com o salto no chão, fazendo um barulho de "Tec tec" irritante, Sarada aguentou quase oito minutos antes de se virar para Ada.

- Eu tô tentando estudar. Para com esse barulho - ela respirou fundo e falou mais baixo - fazendo o favor.

- Porque eu devia ligar pros seus estudos ? - Ada respondeu.

- Isso envolve empatia humana. A é, esqueci que você não tem isso - Sarada respondeu e se voltou novamente para o seu caderno.

- Sério que eu tenho que ficar aqui ouvindo a filinha de empregada falar de empatia humana ? Será que alguém pode me explicar que palhaçada é essa de me prenderem aqui - Ada quebrou totalmente o silêncio com uma voz arrogante.

- Ada eu não tenho paciência pra gente sem educação. Você sabe o porque tá nessa situação, então não faça perguntas desnecessárias. E para com esse barulho - Rin respondeu

- E se eu continuar ? - ela levantou uma sobrancelha

- Vou te mandar copiar toda a peça de Romeu e Julieta mesmo que você fique até á noite. Você tá precisando, foi péssima nas minhas questões sobre Shakesper.

Sarada segurou um riso, enquanto Ada encarou Rin indignada.

- Até a noite ? O Yahiko e Obito me deixaram de detenção até as seis, não preciso ouvir uma professorinha de quinta.

Nesse momento, Rin finamente tirou os olhos de seu livro e focou em Ada.

- Essa professorinha de quinta aqui manda no Obito, então fecha a boquinha antes que eu faça você ficar de detenção durante uma semana por desacato a um funcionário - Rin respondeu e voltou a ler.

- Não se ache tanto. Eu mandei uma mensgem pro meu pai e ele vai vir me tirar daqui.

Ada de fato tinha mandando mensagens para Jigen, alguns instantes após encontrar Sumire saindo do vestiário.

》》》

Jigen estava em uma rua movimentada dentro de seu carro, um Chevrolet branco, quando ouviu barulhos de notificações vindos de seu celular, ele então pegou o aparelho no bolso de seu terno e viu as mensagens de sua filha, Ada dizia que estava proibida de ir em um evento do colégio e que estava em uma detenção injusta graças a Sarada, Jigen bufou, aquilo seria fácil de resolver, o homem guardou o celular devolta em seu bolso, ligou o automóvel e seguiu para o colégio. Enquanto dirigia, Jigen se lembrou do que conversara com Amado.

A UCHIHA FILHA DA MINHA EMPREGADAOnde histórias criam vida. Descubra agora