BY: VAVA
Oh querida, que bom que vai ficar por uns tempos. Estávamos com planos de reabrir a biblioteca ainda este mês. Dizia empolgada Sra. Hatwalle.
Lá também funciona uma cafeteria que dá bastante movimento, por ter também uma lan house. Os alunos pesquisam na net e já procuram pelos livros em seguida, e ainda põe o papo em dia enquanto lancham.
Melissa suspirou diante da tagarelice da índia, lembrando-se ainda dos últimos episódios.
Joshua fora praticamente ignorado no canto da sala enquanto acabava de ajudar o primo a pesquisar sobre instrumentos musicais no lep top. Ele furtivamente observava a morena.
Eu aprecio muito essa iniciativa cultural, Sra Hatwalle, e fico feliz em poder trabalhar em algo assim. Respondeu a moça, tentando mostrar mais entusiasmo diante da oportunidade de emprego.
Vejamos, vou precisar de seus documentos, e também que venha comigo a Forks, pode ser? Depois almoçamos por lá mesmo. Continuou a mulher alcançando sua bolsa sobre o sofá da confortável sala.
Melissa disfarçou a preocupação com sua documentação fajuta, mas seguiu com o plano. Seria melhor assim, e o tempo passaria mais rápido se estivesse o dia todo com uma ocupação mais seria.
Claro! Respondeu se lembrando se estava com eles na bolsa.
Ah o Joshua vai nos levar, meu filho vai a Seatle, aproveitando a trégua de nevascas por aqui.
O rapaz desviou os olhos da tela do computador e direcionou-os a Melissa, que devolveu com educação o sorriso torto de Joshua.
Tudo bem!
Saíram logo em seguida, e Mel se esforçava para manter o papo dentro do carro, nos vintes minutos que separam La Push da pequena Forks.
Tentava responder com naturalidade sobre sua suposta vida em Nova York, o que não foi difícil, sendo que passara boa parte dela naquela imensa cidade. Tempo em que sua mãe era editora-chefe de uma renomada revista fashion.
Encobriu logicamente sobre as profissões paternas, referindo-se a mãe como paisagista e ao pai como executivo que recebera uma oferta tentadora de trabalhar com carros na Itália, já estando divorciado de sua mãe, nesse período.
Mas por que não tenta a musica, Melissa? Olha, fiquei impressionado com sua habilidade com a harpa.
Ainda to muito desmotivada Joshua, minha mãe era minha melhor amiga, entende, e é muito recente tudo isso. Quero começar devagar, e estou me prontificando a trabalhar para não depender única e exclusivamente da mesada de meu pai, que todo mês deposita em minha conta uma boa quantia, acho que para compensar a ausência dele. Disse a menina incorporando um tom magoado na voz, para dar mais veracidade às suas inverdades.
Parece que os outros dois, enfim, concluíram que estavam sendo indelicados e curiosos em demasia, com alguém que ainda estava de luto, mudando o rumo da conversa entre eles.
Melissa agradeceu em pensamento.
Passaram pela oficina de Jacob e Joshua fez questão de buzinar. Melissa virou o corpo para ver seu namorado. O índio atendia uma mulher do lado de fora do estabelecimento, e franziu o cenho, trincando o maxilar ao reconhecer sua forasteira no banco de trás do modesto Santana modelo Volkswagen 1984.
Claro que aquele almofada tinha que estar junto! Comentou Jacob em voz alta, vendo o carro sumir na primeira curva que já indicava Forks.
A mulher que estava com ele acompanhou também o trajeto que ele fazia com olhos estreitados e semblante sisudo.
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Falsa Impressão
FanfictionAchei que já tinha sofrido com Bella, e agora com Nessie eu pudesse finalmente ser correspondido. Mas me enganei! Como suportar a rejeição do imprinting?