BY: VAVA
O que faremos Sandra? Embry perguntava, depositando um beijo na nuca da mestiça, afastando os fios dourados.
Ela olhou de relance seu refém que dormia ao ponto de roncar. Os três se acomodaram num hotel que ficava na rodovia entre Forks e Seatle, pediram dois quartos, mas quando chegaram ao andar foram todos para um só. Sandra o deixou dormir sobre o poder de sua hipnose, quando percebeu o cansaço do policial.
Vamos especular sobre a vida dele, enquanto Jacob não pode estar com a gente. Responde-lhe dando de ombros. Imaginando mil questões investigativas em sua mente evoluída.
Porra, que situação!
Sandra foi até o frigobar e alcançou um refrigerante. Apanhou um saquinho de Doritos e tratou de comer. Mas na verdade estava era com sede. Sede de caçar.
A moça voltou para o lado de Embry na cama de solteiro, paralela a que roncava Ivan.
A Melissa deu sorte, imagina se isso acontece em outro lugar, sem nenhum de vocês por perto? Comentou imaginando exatamente essa situação.
Sandra por vários momentos já havia sentido inveja da humana frágil, agora tão bem cuidada e protegida por Jacob, seu la cantante. Mas tinha que admitir que fosse dolorido ver a angustia nos olhos azuis. A tristeza de Melissa lembrava sua própria. Tinham algo em comum. As vidas de pessoas que elas amavam foram dizimadas. No caso De Sandra, por vampiros. No caso de Melissa, a doença maligna do câncer levou sua mãe, e o pai metido uma penitenciaria por causa de bandidos. Willian ainda por milagre estava vivo e essa realidade fez com que Sandra fosse complacente. A mestiça nunca teve más intenções.
É barra, cara. Retrucou o índio descansando a nuca sobre os braços cruzados. Olhar no teto e vez em quando mastigando um salgadinho que Sandra lhe enfiava na boca.
A mestiça lembrou-se de seu irmão que chegara naquela véspera de ano novo. Doeu ao ver a natureza transformada de Nahuel. Não ouvir mais seu coração fora um golpe duro. Não encarar mais os olhos escuros e o pior era sua desconfiança que sua transformação não fora um acidente. Isso que a golpeava. Preocupava-se com o futuro, de como Renesmee reagiria ao vê-lo de novo, e como seria quando o irmão soubesse tudo o que a hibrida fez para reaver o imprinting de Jacob. Os olhos cor de esmeraldas se perdiam sem foco, imaginando essas coisas.
O Jacob está tão envolvido com ela, ele realmente esqueceu a Nessie, né? Resolveu especular dando um tom até de doçura como se realmente admirasse essa mudança do índio alpha.
Embry ergueu as sobrancelhas e projetou um bico engraçado:
É o que parece. Ao menos é isso que vemos na mente dele.
Já a Renesmee, aquela nunca me enganou. Comentou Sandra, mais para si mesmo.
Embry ergue-se sobre os cotovelos e olhou a mestiça com a cabeça tombada e olhar descrente:
E seu irmão não enxergava isso não, sem ofensas, por favor!
Sandra mordeu os lábios. Ela estava na companhia do lobo, estava começando a confiar nele, mas apenas respondeu evasivamente. Não confessaria ao lobo o que realmente pensava sobre a transformação de Nahuel. Que o irmão fez o que fez, teve coragem de chegar a esse ponto, apenas para impressionar Renesmee, e quem sabe provocar Jacob. Isso rendia dores de cabeça a mestiça.
Claro que no fundo ele sabia... mas Embry, quando um de nossa espécie se apaixona, é como um imprinting, meio que mais egoísta entende.
A mestiça deitou-se junto ao corpo quente do lobo, fazendo círculos em torno dos músculos peitorais.
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Falsa Impressão
FanfictionAchei que já tinha sofrido com Bella, e agora com Nessie eu pudesse finalmente ser correspondido. Mas me enganei! Como suportar a rejeição do imprinting?