Capítulo 6 - Anjo?

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Espero que Gostem!

By: Vava

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Então foi isso, ele pensava? Por Deus.

Sem mensurar o ato, se seria bem vindo ou não, ele a puxou para seu peito. Ela não relutou. Deixando-se abraçar pelos braços calorosos, e deu livre curso as lagrimas...

Há muito tempo não tinha um colo, há muitos anos não sabia o que era ser cuidada por alguem. E aquele estranho de calor surpreendente lhe proporcionou isso, num simples abraço. No gesto delicado e cuidadoso.

Melissa estava envergonhada com tamanho descontrole, mas o coração estava ferido demasiadamente. Por um instante sentiu-se protegida. Por um segundo não queria sentir a solidão assolar e roubar seu riso e sua juventude, como estava acontecendo desde que a mãe adoecera.

Era uma jovem de vinte e dois anos. Teve dois namorados sérios, mas não se entregou a nenhum deles. Não tinha cabeça para manter um namoro sem ter que por no meio do relacionamento, a preocupação com a mãe doente, as horas dispensadas em sua companhia. E os rapazes não tinham muita paciência com isso. Ela não os culpava, mas sentia-se cada vez mais sozinha para lidar com a situação. O pai depois da doença entrou num mundo particular que não partilhava com ninguém.

Depois que dois pretendentes desistiram dela, abandonou a vida amorosa. Se trancou para o mundo nem imaginando que se a vida estava dura, pioraria ainda mais. Mais tragédias. Mais solidão.

O ultimo golpe sofrido foi pesado demais. Enquanto chorava sobre o peito forte do rapaz, sua mente era povoada com os olhos tristes de seu pai, carentes e sem esperança. Sempre acreditou nele, mas ouvindo a verdade da maneira como lhe foi narrada, a deixou em ruínas.

Eu preciso sair daqui! - Conseguiu dizer entre soluços que faziam seu rosto tremer. Ela percebeu ao se afastar, que o rapaz também havia chorado. Pelos céus, será que havia encontrado um anjo? Será que Deus se lembrou dela? Não era hora de morrer? Alguém que foi capaz de se compadecer dessa forma? Mas ainda era um estranho!

Me fala e exatamente o que aconteceu mais cedo!- Ele simplesmente respondeu. Ela suspirou buscando o ar, e pôs a mão no peito. Jacob se afastou um pouco, e o corpo de Melissa reclamou. O calor dele era reconfortante.

Como lhe falei, meu pai foi condenado por um crime que não cometeu. Foi acusado de matar uma prostituta, que estava grávida dele. Mas tudo foi um plano feito por estelionatários. Digo mais, são assassinos e muito profissionais.... - Foi contando para o índio sobre sua vida, enquanto era ouvida com muita atenção e espanto.

Entende agora? - Sua voz vacilou. Lábios trêmulos. Preciso ir a Olympia o mais rápido possível! Meu pai deve ter sido informado a essa altura que eu desapareci!

É o que pensa que pode fazer? - Ele retrucou muito pensativo, franzindo a testa. Fazendo com que seu olhar escurecesse. A pergunta a pegou sem uma resposta ainda concreta. Apenas sabia que tinha que fazer algo.

Eu realmente não sei....mas preciso tentar alguma coisa. É meu pai, pelo amor de Deus. Ele está a cinco dias da execução! - Melissa espalmava o rosto, e as palavras não saiam mais.

Não acha que podem pensar que isso foi idéia sua, para salvá-lo? Não acha que poderiam pensar que está querendo chamar a atenção? E o pior, quando seus assassinos souberem que sobreviveu, virão em seu encalço! - Ele ponderou com muito cuidado. Falando de maneira calma, para não por mais medo onde já era pavor.

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