Iam...
Estranhei um pouco quando Natalie me mandou mensagem falando que tinha uma coisa pra me pedir, até me ofereceu um jantar, me deixou preocupado com a gravidade das coisas. Não que ela seja avessa a cozinhar, mas não saia oferecendo jantares por querer conversar com alguém era muito mais prática que isso, logo a curiosidade está me corroendo. Sem demora parei o carro em frente ao seu prédio e desci caminhando para dentro dele, o porteiro me cumprimentou como se eu fosse um morador de tanto que ele me vê por aqui.
Vou direto para a porta do seu apartamento e bato, ela demora apenas alguns segundos para abrir a porta, vestindo um short jeans curto e uma blusa azul com um unicórnio desenhado, os cabelos soltos em uma cascata ondulada e os expressivos olhos azuis parecendo ansiosos.
- Entre. – Da um passo para o lado me permitindo entrar no apartamento que era quase tão familiar quanto o meu. – Boa noite.
- Boa noite. – Lhe entreguei a garrafa de moscatel que trazia, sei que ela adora. – Seu preferido. – Ela olhou na sacola.
- Obrigada. – Sorriu caminhando até a cozinha. – Vou colocar no gelo.
A segui pelo apartamento com paredes claras, a única cor aparente é o azul turquesa do sofá e das poltronas ao lado. Assim que me aproximo do sofá sinto o cheiro maravilhoso de torta de maçã, minha sobremesa preferida.
- Isso é torta de maçã? – Perguntei olhando para a torta sobre o balcão.
- É sim. – Sorriu pra mim antes de pegar um balde de gelo o abastecendo antes de acomodar a garrafa. – Sua preferida, fiz especialmente para você. – Levei as mãos na pia da cozinha vendo ela se movimentar pela pequena cozinha.
- Me sinto honrado. – Eu amo torta de maçã, é uma das poucas lembranças que eu tenho da minha mãe, ela fazia uma torta maravilhosa e a da Natalie me lembra muito a que ela fazia, mesmo quando usa massa pronta, tem um gostinho caseiro. – Sabe como é especial pra mim.
- Eu sei. – Seu sorriso se expandiu. – Estou usando seu emocional para lhe subornar? – Se aproximou. – Talvez um pouco. – Não pude deixar de sorrir. – E seu estômago também. – Falou me entregando o balde com o vinho e me indicando a sala. – Para o prato principal eu fiz salmão com crosta de erva.
- Certo, a coisa deve ser seria. – A mesa já estava posta com dois pratos de um azul claro com nuvens como se fosse o céu. – Você está me agradando muito. – Coloquei o balde sobre a mesa.
- Tudo para o meu amigo. – Se sentou e esperou que eu me sentasse para me servir. – No menu de hoje temos salada caprese para a entrada. – Ela adora essa salada e realmente é muito boa, simples e muito saborosa.
- Sua preferida. – Falei pegando os talheres. – Obrigada.
- Eu tinha que me agradar também não é? – Me olhou com uma sobrancelha arqueada.
- Claro que sim. – Concordei servindo vinho para nós dois. – Então, o corpo que eu preciso lhe ajudar a esconder está no seu carro?
- Iam! – Exclamou me olhando de olhos arregalados. – Que maldade.
- Ora pela seriedade que você me passou só pude pensar em algo assim. – Parei de falar a encarando. – Você está bem, certo? – Não me perdoaria se estivesse brincando e ela estivesse realmente em apuros.
- Estou sim. – Me garantiu e eu vi verdade em seus olhos. – Só preciso da sua ajuda com uma coisa. – Levou uma porção de salada até a boca.
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Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)
RomantikNatalie Lawrence é uma mulher de 30 anos, estilista, inteligente, decidida, dedicada, amiga, bem resolvida com seu corpo e o que fazer com ele. A prioridade de sua vida é sua carreira e seu sonho de montar seu próprio ateliê, foge de relacionamento...