Capítulo 23.

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Iam...

Olho para a cabeleira castanha em meu ombro pensando se nós realmente fodemos com tudo como todos os nossos amigos alertaram que faríamos, na boate o álcool tomou conta do meu corpo e só o desejo importava. Não vou ser hipócrita e dizer que nunca senti desejo pela Natalie antes, nos conhecemos a muito tempo, já passamos por muita coisa e ela sempre me atraiu. Mas eu nunca deixei que esse desejo falar mais alto, nunca achei que um orgasmo valesse a pena arriscar a nossa amizade, mas no banheiro daquela boate nada disso pareceu importar, eu a queria e ela me queria, era tudo que importava e eu sequer consigo me sentir arrependido pelo que aconteceu. A nossa química é maravilhosa, foi o melhor sexo da minha vida, parecia que eu iria pegar fogo apenas com os seus toques, ela me deixou no limite da minha sanidade.

Nós combinamos que seria apenas em Iziba, o que aconteceu na viagem deveria ficar na viagem, não falaríamos sobre isso fora da Espanha e não deveria se repetir pelo bem da nossa amizade, por mais que tenhamos decidido isso em comum acordo eu não paro de pensar na nossa noite juntos, em como foi bom estar dentro dela.

Ela se moveu um pouco fazendo um barulho baixo, um leve gemido que teve poder imediato sobre meu pau, meu corpo responde ao dela de uma forma absurda depois que a provou, como se tivéssemos esse tipo de intimidade a anos.

Respirei fundo encostando a cabeça no encosto da cadeira e fechei os olhos me entregando ao sono antes que eu seja acusado de atentado ao pudor no meio do avião. Quando voltei a acordar a voz do comandante falava pelo sistema de som, avisando que desceríamos em breve, Natalie já acordada amarrava seu cabelo que estava bagunçado. Atei o cinto de segurança e não tardei a sentir a pressão da descida nos ouvidos.

- Fiquei com o pescoço doendo. – Ela reclamou enquanto pegávamos nossa bagagem.

- Também, você estava toda torta sobre o assento. – Falei sorrindo.

- Até parece que você estava dormindo reto. – Falou mexendo no celular. – Já pedi um carro para nós.

- Ótimo. – Coloquei nossas malas no carrinho para facilitar o transporte.

Passamos pelo saguão do aeroporto em meio ao vai e vem de pessoas, mais uma vez viemos em voo comercial e não no jatinho da família, a despeito da insistência deles, é muito melhor assim, não tem necessidade de eles fazerem uma parada em Londres apenas por nós se podemos vir em um voo comercial e Natalie não queria dar mais chance para desconfiarem de nós, embora ninguém tenha questionado nosso "relacionamento" uma única vez, em todos os dias da viagem, eles pareceram comprar direitinho nossa história, sei que ela está evitando um pouco a irmã mais nova também, depois que esta descobriu sobre a nossa noite juntos, não tinha como ela não perceber que nós ficamos e parece que tem enchido a paciência de Natalie.

- O carro chegou. – Avisou.

- Ótimo, vamos. – Peguei as duas malas começando a caminhar.

- Iam eu posso levar minha mala. – Ela falou vindo para o meu lado.

- Só agradeça. – Ela sempre reclama quando carrego sua mala e eu sempre dou a mesma resposta.

- Obrigada cavalheiro. – Respondeu rindo como sempre.

- Boa menina. – De todas as outras vezes que eu falei essa frase ela pareceu normal e despretensiosa, mas hoje saiu com uma conotação sexual e pela cara dela eu sei que não fui o único a perceber.

- Boa noite. – Cumprimentou o motorista que nos aguardava.

- Boa noite. – Falei também.

- Boa noite. – O homem falou. – Apenas aquele endereço? – Se dirigiu a Natalie.

Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora