Capítulo 25.

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Grace...

Coloco a não sobre meu ventre dilatado sentindo meu bebê mexer lá dentro, estou na 17° semana de gravidez, não vou mentir e dizer que não sinto mais medo, pois eu sinto a cada instante, um medo que gela até a alma. Perder meu primeiro bebê quando ele não passava de um grãozinho dentro de mim foi a maior dor que eu já senti e olhe que estamos falando de uma mulher que perdeu o pai, não sei se consigo suportar isso de novo e rezo todos os dias para não ser testada, para não tirar meu bebezinho de mim, não de novo.

Eu sempre quis ser mãe, desde muito tempo tenho esse sonho, ter um filho, sentir uma vida crescendo dentro de mim, não é só uma coisa que a sociedade me impôs desde que eu era pequena ao ponto de eu não saber se estou fazendo isso por vontade própria ou porque me disseram que eu tinha que ser mãe, é a minha vontade.

Antes de conhecer o Nathan eu tinha decidido que em dois anos faria inseminação artificial para ter o meu bebê sozinha, eu poderia nunca encontrar o amor da minha vida, mas com certeza eu seria mãe. Então, esse médico lindo e atencioso apareceu na minha vida e a expressão amor da minha vida fez finalmente sentido pra mim, eu tenho um homem maravilhoso que eu amo e me ama e nós queremos construir uma família juntos, ter nossos filhos, a perda foi um baque para nós dois, mas nós conseguimos de novo, estamos bem e nosso bebê crescendo saudável, assim espero.

- Meu amor. - Olhei para o lado vendo Nathan entrar no quarto segurando uma bandeja. - Está com aquele olhar de novo. - Ele fica preocupado quando eu fico nervosa e apreensiva.

- Desculpe. - Sorri sem graça.

- Você não precisa se desculpar. - Se sentou apoiando a mesa de café da manhã nas pernas. - Você não tem culpa de ficar preocupada. - Passou a não em meus cabelos. - Eu amo você. - Se inclinou beijando minha testa.

- Eu amo você. - Segurei seu rosto beijando seus lábios, o gosto de morango e bacon presente ali indicando que beliscou a comida enquanto preparava.

- Agora eu quero que você coma direito seu café da manhã. - Falou se afastando. - Você não almoçou direito ontem. - Também não jantei direito, mas ele não sabe porque estava no trabalho.

- Estava levemente enjoada. - Fiz uma careta, os enjoos deveriam ir embora junto do primeiro trimestre, mas não foram. - E nervosa também.

- Não precisa ficar nervosa está tudo bem. - Ela fala calmo, mas sei que ele também anda preocupado, pois ele me ronda mais que o normal. - Você não pode se estressar.

- Estou bem. - Sorri. - E sei que você também se preocupa.

- Claro, vocês são minha vida, tenho que cuidar muito bem dos dois. - Beijou minha testa novamente. - Vamos comer.

Peguei meu copo de suco de laranja o levando a boca, ter que diminuir o consumo de café foi difícil pra mim, Nathan também bebe suco, ele não toma café para me acompanhar. Olho direito para a bandeja, tem panqueca com calda e morango, ovos mexidos com bacon, torradas e uma salada de frutas.

- Ficou muito linda a bandeja. - O elogiei.

- Obrigada, foi tudo feito com muito amor. - Seu sorriso era contagiante.

- Obrigada. - Sorri. - Eu estava pensando em chamar o decorador na semana que vem para ver o quarto do bebê. - Ele me olhou surpreso, o alivio era visível em seu semblante, no início eu não quis organizar o quarto, nem comprar nada, com medo de perder novamente, olhar as coisas já compradas era muito doloroso, mas eu decidi que posso me permitir esse prazer, comecei aos poucos.

- Isso é ótimo. - Acariciou minhas costas. - Você está bem mesmo com isso?

- Estou sim. - Falei convicta. - Eu quero dar esse passo.

Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora