Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)

Capítulo 56.

Iam...

Eu não sei o que deu em mim para vir atrás de Natalie e falar essas merdas, quando eu a vi hoje com o Gary meu coração se quebrou mais um pouco por pensar que ela o tinha escolhido ao invés de mim, imaginei que ela o elegeu mais adequado do que eu. Acabei de perder a mulher que amo não esperem que eu seja racional, mas nada justifica o jeito que eu agi, as coisas que eu falei para ela, fui um tremendo de um babaca e nesse momento eu me odeio por isso.

Ouvir ela falando que está apaixonada por mim só me deixou ainda mais confuso, como assim ela me ama? Se me ama por que estava beijando outro? Não fazia sentido algum, mas a dor em seus olhos é real, disso eu sei, ela estava chorando quando disse que eu parti seu coração e eu senti a verdade em cada uma das palavras. A chamei, eu precisava conversar, entender o que aquilo significava, ela não parou, me ignorou e continuou andando.

- Natalie. - A chamei novamente não me importando por estar fazendo uma cena. - Natalie. - Ela entrou no carro e sumiu pela rua.

Voltei para dentro do salão, algumas pessoas que estavam ali por perto me olhavam provavelmente curiosas sobre o que eu acontecia ali, sem olhar para ninguém por ali passei voltando para a sala privada e me joguei no sofá onde Nat estava sentada mais cedo, levei as mãos ao rosto me sentindo um babaca idiota. "Todo esse tempo ela esteve apaixonada por mim? Eu fiz nós dois sofrer tanto assim? Por que?"

Eu sei que deveria reagir e ir atrás dela nesse momento, mas estou confuso demais, se ela me ama por quê estava beijando outro naquele dia? Será que tentava me esquecer? Que merda eu estou pensando? Abri os olhos pronto para ir na casa dela esclarecer as coisas, quando foquei meus olhos vi Gary na minha frente, me subiu uma vontade de bater naquele loiro idiota e me coloquei de pé.

- Você deve estar se achando um idiota agora. - Ele falou. - Deveria mesmo, você teve a chance de ter a Natalie e a perdeu por ser um babaca.

- Que merda você acha que sabe? - Falei um pouco alterado.

- Eu sei que estou apaixonado por aquela mulher, daria qualquer coisas para ter um pouco do sentimento que ela tem por você direcionado a mim. - Ele falou. - Eu me declarei para ela, mas ela só me disse que jamais poderia corresponder meus sentimentos e que além disso já estava apaixonada por outro homem.

- Eu vi vocês dois se beijando no ateliê dela. - Falei a primeira coisa que eu me lembrei.

- Naquele dia? - Ele baixou os olhos. - Eu a beijei, mas ela não correspondeu.

- Você a forçou? - Minha mão caçava para bater nele, dei um passo pra frente.

- Não, a beijei de surpresa, mas ela me empurrou, gritou comigo, me deu um tapa e mais uma vez disse que amava outro. - Ele suspirou. - Ela é uma mulher incrível, se eu tivesse pelo menos a chance de tê-la pra mim e a visse beijando outro eu iria lutar por ela e não sair correndo feito um covarde. - Balançou a cabeça e eu permaneci calado, pois o que ele falou faz sentido e a verdade doeu em mim. - A não ser que não a ame.

- É claro que eu amo. - Falei ríspido.

- É claro pra quem? Pra você? Porque eu posso apostar que pra ela não é. - Ele deu de ombros. - Você nunca falou pra ela não é?

- Não.

- Então pode exigir nada dela. - Eu o odiava mais ainda por estar falando a verdade. - Vá até ela e diga como se sente, implora seu perdão, a conquiste de volta. - De todas as pessoas do mundo porque eu tenho que receber uma lição dele? "Deus, o senhor me odeia?

- Eu achei que ela tinha escolhido você. - Falei. - Quando os vi hoje.

- Por que ela me escolheria se é você quem ela ama? - Se virou para me deixar sozinho. - Não desperdice isso. - E saiu.