Capítulo 78.

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Natalie...

- Minha filha vocês tem certeza disso? - Minha mãe perguntou depois de eu contar para ela nossa decisão, ela me ouviu em silêncio até esse momento.

- Sim mãe, nós temos certeza, conversamos bastante sobre isso, estamos decididos. - Falei com firmeza, eu sei que essa pergunta vai se repetir bastante quando nós falarmos sobre, muitas pessoas não vão entender.

Hoje vamos jantar com nossos amigos para contar a eles sobre nossa decisão e eu decidi contar logo para a minha mãe, assim todos ficam sabendo de uma, Iam já contou para o pai que ficou tão feliz que fez questão de me ligar me parabenizando e falando o quanto está feliz.

- Esse é um grande passo.

- Sabemos disso mãe. - Suspirei. - Eu sei que você se preocupa, mas é o que queremos e eu estou muito feliz com isso. - Falei. - Eu já sinto que eles são meus filhos.

- Então, eu fico muito feliz com isso. - Ela sorriu. - Vou ter mais dois netos. - Falou animada. - Eu já tinha me conformados com os netos que eu tenho, já tinha me conformados com a ideia de que você e Helga não iam me dar netos, fico muito feliz. - Eu sei que ela já estava planejando comprar presentes.

- Que bom mãe. - Falei. - Estou tão feliz.

- Qual é o nome deles? - Perguntou curiosa.

- Benjamin de 8 anos e Rose de 3 anos. - Falei lembrando do rostinho deles. - Depois eu mando uma foto para você ver, eles são lindos. - Ontem eu e Iam tiramos uma foto com os dois.

- São belos nomes.

- São sim, aí mãe, meu coração se parte sempre que eu tenho que deixar eles ali. - Suspirei. - Ontem quando a gente ia saindo Rose se agarrou em mim e pediu para eu trazer ela comigo. - Só de lembrar dos seus olhinhos, do seu rostinho inocente eu sinto meus olhos ardendo.

- Ai meu Deus. - Minha mãe suspirou. - Você deve ter ficado arrasada minha filha.

- Eu fiquei mãe.

- Mas, em breve você vai ter eles em casa.

- Se Deus quiser. - Falei por hábito.

- Vai sim. - Ela fez uma pausa. - E o casamento de vocês?

- Decidimos fazer apenas no civil mesmo, os papéis já foram enviados, nos casamos em pouco mais de duas semanas eu mando as informações por mensagem. - Sorri. - Queremos nos casar na igreja, mas só depois quando tivermos nossos filhos conosco. - Era a primeira vez que eu falava isso em voz alta e soou tão certo que eu sorri.

- Isso é muito bom. - Ela respondeu rápido. - E quanto a casa? O seu apartamento não cabe duas crianças e acredito que o dele também não caiba.

- Não cabe. - Confessei. - Essa semana vamos procurar uma casa. - A gente tem que ir no banco antes para tentar um empréstimo já que não vai da tempo de vender os apartamentos.

- Ótimo, vocês vão precisar de uma casa grande com bastante espaço para as crianças. - Ela começou a falar. - E seria interessante que fosse perto da casa dos seus amigos para que vocês tivessem contato.

- Sabemos disso. - Falei simplesmente, com certeza não iríamos comprar uma casa naquele bairro.

- Procurem uma boa casa e dê o meu contato para a corretora, será um presente nossos.

- Mãe... - Tentei negar, mas ela me interrompeu.

- Vocês vão aceitar e não importa o preço, Natalie minha filha, você vai se casar e ser mãe eu tenho que poder dar um presente para a minha filha, você nunca me deixa te ajudar com nada. - Ela sempre reclama por eu querer me virar sozinha. - Então nem pense em recusar. - Falou em seu tom autoritário. - Além do mais as casas dos seus irmãos também fui eu quem deu, nada mais justo. - Desde que eu me lembro minha mãe sempre tratou a todos nós igualmente, eu nem lembrava que ela tinha dado as casas para eles.

Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora