Capítulo 38.

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Natalie...

Ajeito minha saia preta justa ao corpo ao descer do carro em frente ao meu ateliê, vim ver como estão as reformas, já se passaram mais de 15 dias desde que depredaram meu ateliê e a polícia ainda não faz sequer ideia de quem possa ser o culpado, estão investigando pessoas ligadas ao antigo proprietário.

- Bom dia senhorita Lawrence. – Meu mestre de obras falou vindo ao meu encontro quando eu me aproximei.

- Bom dia senhor Jekins. – Respondi logo. – Como estão as coisas por aqui?

- Estão indo muito bem senhorita. – Falou animado. – A maioria dos estragos eram superficiais de modo que não precisamos mexer em tanta coisa quanto parecia a uma primeira vista. – Continuou enquanto me conduzia pela obra.

- Isso é muito bom. – Sorri animada com o que ele falou.

- O maior prejuízo ser a com a parte da frente que foi onde se concentraram os estragos. – Isso era bom, pois eu já estava extrapolando em muito meu orçamento com esse imprevisto.

Ele me conduziu pela obra mostrando as partes que já haviam reformado, o que estava em andamento e as muitas coisas que ainda tiveram de mudar, eles passaram quase 4 dias fazendo a avaliação e o prédio levou quase uma semana para ser liberado definitivamente pela polícia e pelos bombeiros que avaliaram os riscos estruturais. Passei vários minutos ali conversando com eles e observando o andamento de tudo ao redor. Só quando tive a certeza de ver tudo é que eu saí de lá e voltei ao meu carro.

Olhei a hora constatando que já estava quase na hora do almoço que eu marquei com Meg em uma cantina de comida italiana caseira que é muito boa, parece comida feita em casa, mas é sofisticada ao mesmo tempo, o lugar é muito bom, foi George quem me apresentou o lugar em uma das primeiras vezes que nós saímos juntos. Caso vocês estejam se perguntando, sim, nós somos amigos, tudo começou com sexo, mas nós conseguimos manter a amizade, nem sempre termina em tragédia ou em um dos dois apaixonados, as vezes são apenas duas pessoas dispostas a se dar prazer.

Resolvi dar uma passada em uma loja no centro antes de ir ao encontro de Meg, para matar um pouco o tempo e eu não chegar cedo de mais, acabei em uma loja de calçados, olhei as coleções novas vendo se algo me chamava atenção, nada me chamava atenção até que eu pus meus olhos em uma rasteirinha rosada, ela tinha duas tiras na parte da frente e uma em volta do tornozelo, as tiras eram revestidas de pedrinhas imitando pequenas cristais.

- Eu quero essa no tamanho 6. – O rapaz a quem eu me dirigi assentiu e saiu.

Eu fui até o caixa pagar enquanto ele ia pegar meu produto, minutos depois sai da loja voltando ao meu caminho original. Não demorei para chegar na cantina, escolhi uma mesa afastada e esperei por Meg, enquanto a esperava dei uma olhada no Instagram, vi na barra de notificação uma mensagem ainda não respondida de Iam. Abri a sua conversa.

Bom dia.

Nat, eu deixei minha gravata preta com listras cinza e roxa?

Eu não consigo encontrar ela.

Não faço a mínima ideia.

KKkkkkkkkk

Mas, posso olhar quando chegar em casa.

Voltei a bloquear a tela, desde o que aconteceu com o ateliê nós só ficamos uma vez, naquele dia eu me senti diferente em relação a ele e tentei me manter longe para pensar nos meus sentimentos, tudo é novo pra mim, não sei se estou gostando dele, se foi coisa de momento porque estava fragilizada e achei estar sentindo algo que eu realmente não estava sentindo.

Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora