Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)

Capítulo 69.

Natalie...

Eu ainda não acredito que o Iam acabou de se declarar pra mim, que ele fez tudo isso pra mim, que eu estou namorando, o meu primeiro namorado na vida inteira, certeza que eu vou cometer erros, mas estou muito feliz com isso, o amo demais e acredito que podemos ser felizes juntos. Nunca imaginei que eu passaria oficialmente para a turma dos casais, mas olha eu aqui.

Eu ainda acho interessante que ele me ame mesmo com minha aparência atual, tento dizer a mim mesmo que continuo bonita e que as cicatrizes são apenas um detalhe, mas mesmo que eu me mostre forte e bem resolvida, ainda é difícil.

Depois de tomarmos mais uma taça de champanhe e comermos mais uns morangos saímos da minha sala de mãos dadas, Iam levando a caixa de bombons na mão livre. A maioria das pessoas já tinham ido embora a essa altura e eu não fazia ideia de quanto tempo nós ficamos lá dentro, nossos amigos esperavam sorridentes por nós, tenho certeza que eles esperavam para saber se nós tínhamos realmente nos acertado.

- Então. - Meg se aproximou. - Vocês se acertaram de vez?

- Sim, estamos namorando. - Falei animada.

- Ela é oficialmente minha mulher. - Iam sorriu.

- Isso é tão bom. - Tulipa falou animada e todos vieram nos cumprimentar.

- Uma pena perder mais um amigo para o relacionamento. - Tyler se aproximou lamentando. - Vou precisar de amigos novos para sair a caça agora. - Ele sorriu. - Mas eu fico feliz por vocês.

- Sua hora vai chega. - Iam falou o abraçando.

- Deus é mais. - Ele falou.

- Iam está certo. - Falei o abraçando. - Me veja como exemplo.

- Exemplo do que não fazer. - Ele disse fazendo a gente rir.

- Muito obrigada pelas felicitações de todos, mas agora vou levar minha namorada para a minha casa. - Iam falou me puxando.

- Boa noite. - Olhei para Addison. - Feche tudo por favor.

- Sim senhora. - Ela sorriu. - Felicidades aos dois.

- Obrigada.

Nos agasalhamos e saímos para o frio da noite de inverno londrina, atravessamos a rua indo em direção ao seu carro, ele destravou e abriu a porta do carona pra mim, sentei colocando o sinto enquanto ele entrava do outro lado colocando a caixa de bombons sobre o meu colo, não demorou para colocar o carro em movimento. O mesmo frio na barriga me invadiu, sempre que eu entro em um carro depois do acidente eu não me sinto segura, mas quando estou com o Iam a angústia fica um pouco menor.

- Você está com fome? - Perguntou parando em um sinal.

- Faminta. - Falei abrindo a caixa, tirando um bombom de dentro e o levando a boca.

- Isso é ótimo, deixei nosso jantar pronto. - Coloquei um bombom em sua boca.

- E se eu não tivesse aceitado? - Perguntei sorrindo.

- Eu afogaria as mágoas da rejeição com comida. - Ele disse sorrindo.

- Parece um bom plano.

- É sim. - Me olhou ao parar em outro sinal. - Felizmente não vou precisar disso. - Voltou a olhar para a frente quando o sinal abriu e ele pôs o carro em movimento.

- Sim, felizmente. - Acariciei sua perna.

- Você estava muito nervosa hoje? - Mudou de assunto.

- Demais. - Sorri. - Minhas pernas tremiam antes de chegar.