Assunto Delicado (FINALIZADA!)

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(Maiara)

Nessa hora eu percebi que realmente não tinha o que eu fazer, eu não consigo gritar, não consigo me soltar das mãos dele e muito menos impedir ele de fazer o que ele quer. Então eu me permiti chorar.

-Calma! Não chora! Eu não quero te ver chorando, relaxa, eu não faria nada pra te machucar... - ele falou enquanto sorria e eu só consegui olhar pra minha barriga.

Minha preocupação são as minhas filhas, se fosse só eu, ele poderia fazer o que bem entendesse, mas não sou só eu, tem duas crianças dentro de mim, dois serzinhos que nem nasceram e já tão conhecendo a maldade do mundo.

-Tá preocupada com seus bebês? Fica tranquila também, que eu sou incapaz de matar duas crianças, eu ainda quero entrar no céu! - Gabriel fez a piada que não tem nada de engraçada, mas ele ficou rindo.

-Bom, mas chega de enrolação, bora ao que interessa! - ele começou a abrir o zíper da minha calça jeans e eu só consegui fechar os olhos e deixar acontecer.

Senti minha calça caindo no chão junto com a minha calcinha, ele me deitou na cama e ficou me olhando fixamente, então ele enfiou dois dedos em mim com força, me fazendo dar um gritinho de dor e quando ia começar a fazer de verdade, eu ouvi o barulho do carro parando na garagem.

-Cala a boca! Fica quietinha! - ele sussurrou.

Fiquei atenta pra quando o Fernando passar aqui perto, eu pedir ajuda. Consegui ouvir tudinho, desde o barulho da porta abrindo até o som do sapato dele no chão.

Aí quando eu ouvi os passos chegarem bem pertinho da porta, mordi o dedo do moço, que soltou a mão na hora me deixando livre e comecei a chamar:

-Amor, me ajuda! Me ajuda! - gritei o mais alto que consegui, até minha boca ser tampada de novo.

Só vi a porta abrindo com tudo, e o meu namorado entrando, quando ele se deu conta do que tava acontecendo, pegou o cara pela camiseta e jogou contra a parede, depois começou a dar vários socos no idiota que devolvia socos no rosto dele também.

-Filho da puta! Arrombado! Aprende uma coisa na sua vida, se uma mulher disser não pra você, é não! Vai adiantar porra nenhuma insistir! - ele gritou com o rapaz, enquanto apertava o pescoço dele com força.

-Amor, larga ele por favor! Ele tá ficando sem ar! - praticamente implorei.

-Eu deveria te matar pelo que cê fez com a minha mulher, mas se eu matar um desgraçado igual você, ainda vou parar na cadeia, e é melhor não! Só que eu vou te falar uma coisa pra tu nunca mais esquecer! Se você chegar perto da minha mulher, da minha família, ou da minha casa de novo! Eu juro que eu te mato! E não duvida não, que eu mato mesmo! - Fernando falou e soltou o moço que caiu no chão com tudo.

-Fernando! - gritei enquanto olhava a poça de sangue que tava escorrendo da cama, percebi que o sangue tava saindo de mim e comecei a entrar em desespero.

-Vida, tá tudo bem? - ele perguntou todo preocupado.

MEU DEUS!