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Algumas horas depois:

(Fernando)

Depois de cantar os parabéns e partir o bolo, grande parte dos convidados foram embora, só ficaram nossas famílias e os amigos mais próximos. Bebendo e conversando. 

Tava sentando junto com o Sorocaba conversando, meu "sobrinho" Theo e a minha afilhada Fernanda sentados no colo dele e a Maya quase dormindo no meu colo.

-Ei! Quer que eu leve essa princesa pro berço? - Maraisa perguntou, ela tava com Mara capotada no colo e segurando a mãozinha da Alice que também tava com uma carinha de cansada.

Isa virou a tia solteira que cuida das crianças, leva as sobrinhas pra todo canto e quando dá carrega até minha filha junto. E o pior é que a Mara é extremamente apegada nela, trata como se fosse a segunda mãe.

-Se puder fazer esse favor cunhada. - respondi enquanto entregava o meu anjinho pro colo dela.

-Tia Maraisa vai levar toda essa turminha pro quarto agora, e ficar lá cuidando dessas bençãos! - ela falou rindo e saiu andando.

-Ê Fernandinho, só menina nessa família mesmo né? - Sorocaba brincou comigo.

-Tenho sorte não cara, toda vez que eu acho que é um menino... Vem menina de novo! Já avisei que pra eu ter filho homem, vai ter que fazer no laboratório ou adotar! - falei dando risada.

-E a patroa? O que que ela acha desse tanto de filha?

-Ela só quer quebrar minha cara só! Fala que sempre quis ter um menino, e eu não ajudo ela! Mas o que eu posso fazer se só sai menina daqui? Achei que com ela ia mudar essa sequência, mas ó! Parece que eu nasci pra ser pai de menina mesmo! Mas esse ano a gente faz um hominho pra casa, né amor? - perguntei olhando pra Maiara que tava num canto isolado da casa.

-É... - ela respondeu meio triste e eu fiquei preocupado.

-Licença parceiro, vou resolver um negócio ali e já volto! - levantei da cadeira e fui em direção a ela.

-Por que saiu de lá? - ela perguntou sem entender.

-Quero conversar com você, no nosso quarto, pode ser? - falei bem baixo no ouvido dela.

Fomos nós dois pro quarto, no caminho eu tentei abraçar, mas ela fugiu do meu toque, achei estranho e comecei a ficar tenso, até a gente chegar no nosso cantinho e eu fechar a porta.

-O que cê quer conversar?

-Te achei tão pra baixo, tão tristinha, tá tudo bem? - passei a mão no rosto dela, que só conseguia encarar o chão.

-Eu não tô triste!

-Então tá assim por quê? Foi alguma coisa que eu fiz?

-Exatamente! Foi você que fez! Eu não tô acreditando que tu fez isso! - olhei pra ela sem entender nada, desde quando eu fiz alguma coisa? Se eu fiz. não lembro.

-Fiz o que vida? Você tá me deixando nervoso desse jeito!

-Ah agora tá se fazendo de doido? Cê fez sim! E tu sabe que fez! Vou até pegar as provas... - Maiara saiu andando pra dentro do closet e eu fiquei suando frio.

-O que eu fiz? Me fala!

-Abre a caixa e cê vai descobrir! - ela me entregou a caixinha preta, e ficou me encarando esperando eu abrir.

Mesmo sem entender nada, e morrendo de nervoso, eu sentei na cama e comecei a abrir a caixa, puxei a tampa devagar e quando meus olhos bateram no que tinha dentro da caixa, eu comecei a chorar.

Dentro tinha um teste de gravidez positivo, e tinha uma cartinha, com um envelope branco escrito: pro papai mais maravilhoso do mundo. Só fiquei olhando, ainda sem acreditar.

-Amor... - nem consegui falar direito, o choro era tão intenso que até a voz sumiu.

-Você vai ser papai... Outra vez! - minha baixinha me olhava com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso enorme no rosto.

Só eu que fiquei tensa com essa atuação da Maiara? Já achei que o Fernando tinha feito merda...

Temos mais um baby a caminho! Ou dois? Ou três? Kkkkkkkkk

Assunto Delicado (FINALIZADA!)Onde histórias criam vida. Descubra agora