Coiote em colérico campo

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Renie

O frango, as batatas com cenouras e o molho vermelho vieram ardendo do meu estômago de volta pela minha garganta e me joguei para fora da cama para vomitar.

Eu me engasguei, mas consegui tossir. Minha pele estava em chamas, eu tinha certeza de que ia morrer.

Caramba, mas já?, pensei.

Eu achava que devia ver flashbacks da minha vida se estava à beira da morte. Mas tudo que preenchia a minha mente era o corpo enorme de cobra em que eu tinha sido enfiado segundos atrás. Prateleiras enormes. Sangue.

O Sr. Weasley!

— Cara, tudo bem?

— Não seja patético, Jorge. Búlgaro, você tá fervendo!

Fred me segurou pelos ombros para me ajudar a levantar.

Eu disparei para fora do quarto imediatamente, obrigando meus pés a se jogarem um na frente do outro enquanto eu tentava lembrar onde ficava a sala de Dumbledore.

— Pra onde tá indo? — Fred disse às minhas costas.

— Você precisa ir ver a McGonagall — Jorge disse.

— Leva ele pra ala hospitalar e eu vou chamá-la.

Jorge me agarrou pelo braço, mas eu me lancei para frente e segurei Fred pela camisa.

— Não! Encontre a Mendel. Por favor — eu disse.

Fred se entreolhou com o irmão por um longo momento, mas por fim fez um aceno de confirmação e partiu para descer às masmorras.

— Estaremos no Dumbledore! — eu avisei, sufocado com a ardência da garganta.

— Cara, Dumbledore a essa hora deve estar dormindo bem confortável nos robes de estrelinha dele — Jorge disse.

— Duvido...

Eu saí correndo em direção à gárgula para a sala do diretor. McGonagall acabava de descer as escadas vindo de lá.

— Tonks, o que faz aqui? — ela disse.

— Preciso ver o diretor — eu disse e passei correndo por ela antes que a passagem se fechasse, ouvindo Jorge dar a explicação errada para a professora que tive um pesadelo.

Eu sabia que ia encontrar Harry e Rony já de pé de frente para Dumbledore e logo em seguida a porta se abriu e deu entrada para Mendel, Fred e o seboso Snape.

— Senhor, o senhor Weasley... — Mendel começou entre a respiração entrecortada, mas olhou para Harry e fechou a boca imediatamente.

— Tudo bem, senhorita Tonks, Harry me explicou o que aconteceu. — o diretor disse.

Harry franziu a testa para nós dois, molhado de suor e tremendo da mesma maneira que nós, mas desconfiado como no primeiro dia em que nos conhecemos.

— E o que foi que aconteceu? — Fred disse.

— Seu pai foi ferido esta noite a serviço da Ordem da Fênix — Dumbledore respondeu, tranquilo como sempre.

— Professor — eu me adiantei antes que ele pudesse continuar. —, tem uma coisa que precisamo-

— Vocês serão levados à casa de Sirius para que fiquem mais próximos do Hospital St. Mungus. Molly os encontrará lá — ele continuou.

Dumbledore se desdobrou em conversa sobre um relógio mágico da Sra. Weasley, o retrato de um primo de Sirius, uma chave de portal estúpida...

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