— Incendio! — Theo disse.
As chamas foram conjuradas em direção ao jornal, mas Draco movimentou sua varinha para cessá-las antes que tocassem o papel.
O loiro estava de olhos fechados e seu peito fazia longas subidas e descidas.
Ele vai ignorar essa besteira e vamos seguir nosso dia como se nada tivesse acontecido, certo?
— Como vai a sua vida, Malfoy? — provocou um quintanista às gargalhadas ao passar por nós.
Pude ver perpassar pelos olhos azuis do sonserino todo o inferno que era sua vida privada nesse momento, considerando a situação de seus pais e a sua própria. Apesar do abalo que vi, Draco nos deu as costas e caminhou, de cabeça erguida e inabalável como sempre, para longe do Salão.
Eu sabia que devia segui-lo. Entramos numa sala vazia do primeiro andar e enfeiticei a porta com o Abaffiato. Tentei manter a calma, mas, vendo a fúria dele, meu coração disparou de medo.
— Estavam conversando, hum? — ele disse com os olhos queimando sobre mim, repetindo o que eu havia dito no dia anterior sobre Harry e eu.
— Não. Foi um encontro romântico durante o horário de aula — ironizei, forçando um sorriso cínico.
— Não tô vendo graça!
— Não? — Eu puxei o jornal de suas mãos e o abri na página da matéria. — "Mendel Tonks estaria interessada no garoto Potter desde que seu mais antigo mentor, Alvo Dumbledore, encarregou-se da soltura de Renie Tonks. 'Potter sempre foi a assistência dela, isso ficou provado na festa de Natal do Prof. Slughorn, e é claro que isso tomou proporções previsíveis', disse uma fonte anônima da escola.". Quem você imagina que seja essa "fonte anônima", Malfoy?
— Mas tem alguma mentira aí?
— Por Merlin! Harry sempre soube que tava me acompanhando como amigo naquela festa. Fala sério! A gente vai discutir esse assunto de novo?
Draco esfregou o rosto, mais nervoso do que eu jamais o havia visto. Ele me deu as costas, andando pra lá e pra cá.
— O que é que Dumbledore queria com você ontem? — ele perguntou.
— Me contar que tinha libertado o Renie.
— Só isso?
— É! — Eu amassei o jornal para descontar a minha frustração. — Foi só isso! Sabe por quê, Malfoy? Porque eu sou irmã de um membro da Ordem da Fênix, mas eu tô com você o tempo inteiro! Eu defendo você o tempo todo! Então, Dumbledore sabe que não sou leal a ele como o Harry é e tá com medo por causa disso! Mas, vai! Continua! Vem me culpar pela merda de uma foto!
Ele fez um aceno cansado de negação com a cabeça.
— Cansei de ser feito de chacota nesse lugar — ele disse.
— As únicas fontes que essa matéria ridícula encontrou são anônimas. É tudo a Pansy. Ela é a única fazendo você de chacota, Malfoy. Esquece isso, tá?
Fiquei otimista quando ele deixou eu me aproximar e acolher seu rosto nas minhas mãos.
Fiquei mais otimista ainda porque seus olhos estavam cansados. E, felizmente, Draco não discutiu mais.
Depois disso, o mês de janeiro passou com relativa tranquilidade.
Sabendo que Renie estava seguro, escondido num bairro trouxa, eu não me preocupava tanto quanto antes. No entanto, meu corpo ainda sentia necessidade de tomar Poção Calmante para dormir, então eu tomava pequenas doses quase toda noite.
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Perversa Magia ✔️
FanfictionMendel Tonks cresceu na escola de Durmstrang e nutriu imenso afeto pelas Artes das Trevas. Durante seu período escolar, ela sofre um ataque e usa um feitiço perverso para se defender. Após o seu julgamento pelo Ministério, ela é enviada para estudar...