Evelyn ganhou uma mordida no dedo quando disse que eu era uma raposa muito fofa e me pegou no colo como se eu fosse um animalzinho de estimação. Ela já tinha ditado uma extensa lista de como eu podia usar a animagia dali em diante, por ser tão pequenina: fugir de aulas, afanar comida, atacar a Dedosdemel, morder o tornozelo de Pansy, entrar no quarto de Malfoy...
Sheri tinha sido mais prática e disse que eu poderia me camuflar totalmente na neve, se fechasse os meus olhos tão pretos.
Terminei de escrever as cartas de sempre: para meus pais, Sirius e Astlyn. Sheri bufou impaciente perto da porta.
— Pronto, pronto — eu disse, enrolando o último pergaminho.
— Você escreve as mesmas coisas três vezes? — Evelyn disse, enrolando um cacho no dedo e admirando as pontas.
— Não, são pessoas diferentes, Eve.
— Quanta disposição! Vamos, minha barriga tá roncando.
— Mendel... — Sheri disse, apertando as mãos uma na outra — Eu mandei uma carta pra minha mãe depois daquela visão que você teve na enfermaria. Perguntei pra ela o que meu pai tem feito.
— Você fez isso? — eu disse.
— Ia te ajudar, não ia? Saber os planos deles e essas coisas. Talvez ele esteja envolvido com aquela porta do Departamento de Mistérios que você tanto vê... Enfim, ela me respondeu ontem à noite e disse que era muita falta de tato minha querer falar dessas coisas por correspondência. Então, eu resolvi passar as férias de Páscoa em casa pra tentar descobrir alguma coisa...
— Mas a gente tem que estudar pros NOMs...
— Eu cuido disso depois. Você mesma disse que seu irmão tá cada vez mais irritado com essa história e Jorge diz que ele parece muito ansioso. Acho que posso acabar descobrindo alguma coisa.
— Talvez. Mas, Sheri...
— Eu não quero ficar parada e fechar os olhos pra essas coisas. Eu sei que posso ajudar, então é isso que eu vou fazer.
— Sheridan, Sheridan: sempre adorável e preocupada — Evelyn disse com zombaria e entrelaçou seus braços nos nossos.
Na sala comunal, Daphne estava apoiada nas pontas dos pés, gritando com um quartanista com a altura de seu ombro.
— Fale assim com ela de novo e eu te jogo da Torre de Astronomia! — ela dizia.
O menino se encolheu com um olhar rancoroso e correu para fora da sala.
— O que mais ele te fez? — Daphne disse para a irmã mais nova ao seu lado.
— Daph, não precisava disso...
— Claro que precisava. E eu ainda não acabei.
E em seguida Daphne marchou para fora da sala.
— Você podia ter feito alguma coisa — Astoria disse para Theo.
Ele estava sentado na poltrona arrumando sua mochila.
— Eu não. O namoradinho é seu, Ast.
Ela apertou os olhos em rancor para ele e saiu também. Theodore sorria para si mesmo enquanto se levantava.
— O que aconteceu? — perguntei, caminhando ao lado dele para a saída, enquanto Sheri e Eve seguiam na frente.
— Daphne colocando as pessoas no lugar delas, como sempre. Astoria está começando a namorar, sabe, e o idiota esqueceu que Daphne é capaz de matar qualquer um que a machuque.
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Perversa Magia ✔️
FanficMendel Tonks cresceu na escola de Durmstrang e nutriu imenso afeto pelas Artes das Trevas. Durante seu período escolar, ela sofre um ataque e usa um feitiço perverso para se defender. Após o seu julgamento pelo Ministério, ela é enviada para estudar...