Capítulo 35.

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Mariana.

O rolê com o Lucca foi incrível, estar na companhia dele é incrível. Conversamos e nos curtimos horrores, só fomos voltar pra casa às onze da noite.

Quando ele disse que ia pagar a conta eu nem insisti, pra mim esse negócio de ficar brigando com macho pra rachar a conta é só na novela mesmo, eu hein, mais dinheiro pra mim uai.

Tirei o blusão dele, que eu tava vestindo e peguei um blusa de alça fina, vestindo. Eu e esse blusão tá que nem cu e cueca, sempre me pego cheirando ele quando a gente fica um tempo sem se ver.

Já passou coisa de uma semana desde o rolê, que foi a última vez que vi ele até então. Eu estou com medo de estar sendo emocionada mas como a bela virginiana que eu sou, estava começando a me apegar, comigo não funciona isso de ficar sem envolver sentimento, eu sou intensa demais pra isso.

Mas é aquele ditado, quando eu me apego eu dou tudo de mim, e quando desapego não há nada no mundo que me faça voltar atrás.

Lúcia: Ô MARI!-Escutei ela gritar lá da sala, me tirando dos meus devaneios.

-QUIÉ MÃE?-Gritei de volta.

Quem disse que a mulher respondeu? Odeio quando ela faz isso, na moral mesmo. Adora gritar e quando tu responde ela fica calada, esperando tu ir ao encontro dela.

Levantei na força do ódio e fui até a sala arrastando os pés, vendo que ela tá sentada no sofá, bem plena assistindo televisão.

Lúcia: Que demora.-Falou sem tirar os olhos da tv.-Cê sabe que é a filha mais linda desse mundo?-Perguntou e eu já arqueei a sobrancelha, lá vem!

-O que é que cê tá querendo, dona Lúcia?-Cruzei os braços na altura dos seios vendo ela fazer uma cara de ofendida, Globo corre aqui pelo amor de Deus!

Lúcia: Assim você me ofende, Mariana.-Colocou a mão onde supostamente se encontrava o coração e eu bati o pé no chão, demonstrando a minha impaciência.-Tem como cê ir lá no mercado pra mim?

-Ah bom.-Ri e concordei com a cabeça.-Queria ver até onde ia toda essa atuação, Hollywood que se prepare pra te receber.

Lúcia: Menina, Deus fez é bem de não dar asas à cobra.-Riu, pegando o controle e aumentando o volume da tv.-Tem dinheiro em cima da geladeira, compra duas latas de leite condensado de qualquer marca e uma cartela de meia dúzia de ovos.

-Vai fazer o quê com isso?-Perguntei já sentindo o meu estômago dar sinal de vida após escutar "leite condensado." Minha obsessão todinha.

Lúcia: Tô querendo fazer um pudim gostosinho, vontade de comer algo doce bateu com tudo hoje.

-Tá bom, vou lá então.-Respondi indo pra cozinha e pegando o dinheiro.

Fiz um coque no meu cabelo antes de sair porque só no quintal já deu pra sentir meio que uma prévia do calor que tá lá fora, pra variar.

Comprei os negócios rapidinho e na volta uma menina foi esbarrar em mim bem na saída do mercado, por não ter caído os negócios da sacola eu tava disposta a ignorar mas desisti ao ouvir ela falando comigo.

-Tá com olho na onde garota?-Perguntou e eu vi que a sacola dela tinha caído no chão. Se ela não tivesse falado no tom que falou, repito, eu teria ignorado e ainda ajudado ela.

-Tô com os olhos bem na minha cara, abaixo das sobrancelhas caso você não esteja conseguindo enxergar.-Respondi e já tava vendo o momento que ela ia arrumar um barraco, mas me surpreendi ao ver ela dando risada.

-Menina, que lacre foi esse?-Perguntou.-Vou aderir, contigo eu não caço briga mais não.

-Oxi.-Dei risada chocada.-Qual a probabilidade de tu quase brigar com alguém e acabar dando risada com ela?

-Olha, nunca tinha acontecido comigo.-Respondeu, se abaixando pra pegar as sacolas que caíram e eu abaixei também, ajudando ela.-Obrigada.-Ela agradeceu depois que terminamos de pegar.

-De nada.-Sorri.-Isso é muita sacola pra uma pessoa só, quer ajuda?-Perguntei e ela assentiu, me entregando três e ficando com outras quatro.

-Foi mal aí pelo quase surto, ando perdendo a cabeça por pouca coisa ultimamente.-Falou enquanto caminhávamos.-A propósito, sou a Ana.

-Mariana.-Sorri pra ela.-Tá tranquilo, deve ser tpm.

Ana: Ér...-Sorriu meio nervosa.-Quase isso. Mas e aí, cê é nova por aqui né? Moro aqui desde que nasci e nunca tinha te visto.

-É, sou sim.-Respondi vendo que já tínhamos chegado em frente à casa dela.-Aqui.-Entreguei as sacolas pra ela.

Ana: Muito obrigada, Mariana.-Pegou sorrindo.-Foi um prazer te conhecer e desculpa mais uma vez pelo quase surto.

-Tá tega, fica com Deus.-Dei tchau pra ela com a mão e fui pra casa rindo horrores da maneira inacreditável que a gente se conheceu.

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