Maratona.
{2/3}Mariana.
Já deve ter passado umas duas horas desde que a Ana me explicou tudo e foi embora, ainda assim continuo aqui sentada com a boca aberta, desacreditada com o tamanho da minha idiotice.
Lúcia: MARIANA.-Gritou batendo palmas na minha frente, fazendo eu acordar do transe.
-Que horas cê chegou?-Perguntei admirada por ver ela na minha frente.
Lúcia: Agorinha, tô falando contigo e você tá aí com essa cara de quem viu um fantasma.-Deixou a bolsa no sofá e fez um coque no cabelo.-Tá tudo bem?
-Não tá nada bem mãe, eu cometi um puta erro com o Lucca.-Suspirei.
Lúcia: E tá esperando o quê pra ir resolver?-Perguntou indo pra cozinha.
-Como assim?
Lúcia: Vai atrás dele menina!-Gritou e eu não pensei duas vezes antes de sair de casa.
Já tava de noite então tô torcendo pra ele estar na laje, não vou conseguir esperar até amanhã pra me desculpar com ele.
Felizmente ele tava lá, me ajudou a subir e em seguida fomos nos sentar, ficamos em silêncio por um bom tempo.
-Tá sorrindo por quê?-Perguntei e ele balançou a cabeça.
Lucca: Nada não, pô. É bom ver você.-Como eu senti falta dessa voz grossa e rouca dele, só Deus sabe...
-Não tá interessado em saber por que eu tô aqui?
Lucca: Eu tô, mas eu te conheço preta. Sei que se você ainda não começou a falar é porque tá levando o seu tempo pra processar.-Era tão lindo o jeito que ele me conhecia.
-Eu não sei como pude pensar que um cara como você seria capaz de fazer o que eu julguei que você fez.-Comecei e ele fez uma cara de quem não tava entendendo mas continuou escutando sem me interromper.-Eu nem sei como eu tô conseguido olhar nos seus olhos agora depois de ter pensado tão mal de você, depois de ter desconfiado de uma pessoa que fez de tudo pra não me dar motivos pra tal. Seja lá o que eu for falar.-Suspirei olhando pro chão e ele se aproximou e levantou o meu rosto.-Jamais será suficiente pra expor o quão envergonhada eu me sinto por ter tomado conclusões tão precipitadas a seu respeito. Me desculpa, Lucca.-Finalizei sentindo uma lágrima escorrer no canto do meu olho.
Lucca: Porra, preta.-Limpou a minha lágrima e sorriu.-Eu não sei que milagre aconteceu pra você se dar conta de que o pai dessa cria não sou eu mas obrigado.-Fechou os olhos e pegou no meu rosto, encostando as nossas testas.-Obrigado Deus por ter feito ela voltar pra mim.-Abriu os olhos.-Você não sabe o quanto eu desejei, pedi por isso.-Falou e eu sorri toda boba.-Cê não tem que se desculpar porque qualquer uma no seu lugar desconfiaria, mas eu jamais.-Deu um beijo na ponta do meu nariz.-...Jamais faria algo que fosse colocar o nosso lance, a nossa história em risco.-Falou e eu fechei os olhos, deixando mais lágrimas descerem.-Olha pra mim.-Pediu e eu obedeci.-Você é a única mina que ficou quando eu pedi pra ir embora, a única que eu senti vontade de ter por perto todo dia, a única que conseguiu fazer o gelo que tem em volta do meu coração derreter.-Colocou um dos meus cachos atrás da orelha antes de olhar bem dentro dos meus olhos.-Eu te amo, Mariana. Te amo pra caralho, só Deus sabe o quanto.
É incrível como essas três palavras têm um puta impacto na vida das pessoas, meu estômago virou um jardim cheio de borboletas ao ouvi-las.
-Eu te amo mais, Lucca.-Passei a mão na nuca dele e ele puxou o meu cabelo, colando as nossas bocas.
Ele pediu passagem com a língua e eu cedi, permitindo que ela se encontrasse com a minha. Ele massageou o meu couro cabeludo enquanto as nossas línguas sugavam uma à outra com necessidade, paixão, e principalmente saudade.
O ar tava faltando, mas quem disse que a gente queria se largar? Passei os braços em volta do pescoço dele que me puxou pro seu colo, entrelacei as minhas pernas na cintura dele e prendi os lábio inferior dele com os dentes, chupando logo em seguida antes de dar um selinho e partir o beijo.
Ele me apertou contra ele, cheirou o meu pescoço após colocar o meu cabelo pro lado e depositou um beijo ali.
Lucca: Eu tenho um bagulho pra você.-Levantou o quadril e tirou do bolso da calça de moletom dele um saquinho preto de veludo.-Cê tem sorte que eu ando com isso no bolso porque me faz sentir mais próximo de você, sei lá.
-Tô curiosa, abre logo.-Pedi animada e ele deu pra eu abrir.-Ah não, Lucca.-Falei já querendo chorar.-Eu não tô acreditando nisso!-Era um colar de prata, o colar tinha nada mais nada menos que a palavra preta escrita nele.
Lucca: Acredita pô, infelizmente ainda não tenho grana suficiente pra mandar fazer um de ouro mas juro que um dia ainda vou te dar, nem que tenha que economizar a vida toda.-Beijou o meu ombro.
-Para com isso, precisa ficar gastando dinheiro comigo não. É tão lindo.-Sorri olhando os detalhes.-Você é surreal de incrível.-Abracei ele como se a minha vida dependesse disso e depositei um selinho na boca linda que ele tem.
Lucca: Dá aqui que eu te ajudo a colocar.-Pediu e eu entreguei pra ele e juntei o meu cabelo num coque pra facilitar.-Tá perfeita, você é perfeita.-Apertou a minha coxa e eu mordi os lábios.
Do nada ele levantou comigo no colo e me deitou no sofá, abriu as minhas pernas após se enfiar no meio delas e enfiou também o rosto debaixo do meu vestido, arrastando a minha calcinha pro lado logo em seguida.
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Nossa História. - Livro I
Romance+16| Cidade De Deus, Rio de Janeiro.📍 "Encosta o corpo no meu Preta não solta a minha mão Se for pra te ver partir Vai partir meu coração." 1° livro da triologia 'Meu Primeiro Amor.' 𝓐-𝓥𝓲𝓻𝓰𝓲𝓷𝓲𝓪𝓷𝓪. ©2021.