LC.
Acordei com mó cheiro de rango gostoso e levantei da cama, vendo que já são onze da manhã pelo horário que tá na tv.
Fui pro banheiro, escovei os dentes e tomei banho lembrando de tudo que rolou ontem.
Saí da casa da coroa boladão, veia tava marcando de tanta raiva, tá ligado? Comprei uma garrafa de whisky e outra de cachaça lá no bar do seu Nelson e mandei goela abaixo quando cheguei em casa. Depois disso foi baseado atrás de baseado, quando dei por mim tava lingando pra Mariana.
Não queria nada que ela tivesse me visto dessa forma, tentei assustar ela pra ver se ela me deixava mas quem disse que ela foi? Ser abandonado pra mim já virou hábito e o fato dela não ter ido mesmo depois da minha atitude me fez gamar mais nela.
Cê é louco, mina é mó sangue bom. Disso eu já tava ligado e pá mas ontem foi meio que uma confirmação de que mesmo com todas as minhas facetas eu ainda posso ser a escolha de alguém.
Desliguei o chuveiro e saí com a toalha enrolada na cintura. Vesti a minha cueca boxer e olhei o tempo lá fora, vendo o sol estralando. Peguei um short preto da Adidas no meu guarda roupas, passei desodorante, perfume e saí do quarto escutando a música parado no bailão tocando na tv com o volume no máximo.
A sala tava arrumadona, cheirando bem e pá, nem parecia a mesma de ontem, a parede nem parecia que eu tinha jogado bebida, tava mais limpa do que antes até. Cheguei na porta da cozinha e fiquei mó tempão viajando na preta dançando enquanto mexia uma frigideira no fogo.
Mariana: Que susto!-Ela falou, colocando a mão no peito e eu levantei as mãos em forma de redinção.
-Foi mal aí, tava tranquilin aqui vendo você dançar toda animadona.-Falei vendo ela colocar salsichas em dois pratos que já tinham ovo frito e queijo derretido.
Mariana: Hm-hm.-Murmurou e despejou café em duas canecas.-Como você tá se sentindo?-Foi levando as coisas pra mesa da sala e eu ajudei.-Dormiu bem?
-Com aquele cafuné gostosão nem tinha como não dormir bem, preta.-Respondi e ela sorriu tímida.
Mariana: Que bom, tirar aquela manchona da parede foi o meu exercício físico da semana, suei horrores.-Riu, se sentando depois de colocar o pão e o açúcar na mesa.
-Precisava não, pô, eu ia chamar alguém pra arrumar ou eu mesmo arrumaria.-Afastei a cadeira, me sentando.-Mas valeu por tudo.
Mariana: Relaxa, cê pode me agradecer me levando pro trampo mais tarde.-Deu um gole no café, rindo.
Uma das imensas coisas que eu curto na personalidade dela é essa espontaneidade que ela tem, fala o que pensa e não finge ser toda modesta.
-Pensei até que tu não ia trampar hoje por conta do horário.-Respondi, enfiando o ovo, o queijo e as salsichas dentro do pão.
Mariana: A gerente lá da loja ligou pra mim ontem antes de dormir perguntando se eu podia fazer o meu turno de noite porque uma das moças que faz de noite precisa ir pro hospital por volta daquele horário aí pediu pra fazer de manhã só por hoje.-Explicou.
-Saquei.-Balancei a cabeça, concordando.
A gente comeu em silêncio, mas não foi um silêncio constrangedor ou algo do tipo, muito pelo contrário. Cada um tava no seu mundo, eu tava viajando nas idéias e ela aparentava estar do mesmo jeito, também quem consegue falar um tantão onze horas da manhã? Dá não, o cérebro ainda tá processando a informação de que precisa acordar, sacas?
Quando terminamos de comer ela fez companhia pra mim enquanto eu lavava a louça, aí sim a gente papeou bastante mas infelizmente logo ela teve que ir pra casa porque ainda tinha que ver a roupa que ia trampar, lavar o cabelo e finalizar.
Falei com o 69 pra ver se não tinha corre pra fazer hoje e ele falou que não então o jeito era ficar em casa fazendo altos nadas, tinha umas mensagens da Drika no zap e algumas chamadas perdidas dela de ontem e de hoje, não tava muito afim de trocar idéia com ela bolado do jeito que tô então liguei pra coroa pra saber se tava tudo bem com elas, ela confirmou então continuei deixando a mandada no vácuo, prefiro evitar falar com alguém quanto tô puto porque aí tu fala merda e não tem como voltar atrás.
Tava assistindo um filme na netflix quando senti o celular vibrando, peguei vendo que era mensagem da preta no zap dizendo que eu podia passar lá que ela já tava arrumada. Vesti uma blusa, peguei os capacetes e saí de casa com a moto, indo pra rua dela.
Ela já tava em pé lá na calçada, ajudei ela com o capacete e quando ela subiu na garupa e abraçou a minha cintura eu acelerei, descendo a ladeira. O shopping onde fica a loja nem é tão longe, foram quinze minutos certinhos até chegar lá.
Mariana: Valeu.-Arrumou o cabelo, quando desceu da moto e entregou o capacete pra mim.
-Valeu o meu pau, agradece direito pô.-Tirei o meu capacete e puxei ela, grudando os nossos lábios e iniciando um beijo lento. Senti ela passar as unhas de leve na minha nuca e morder o meu lábio inferior antes de partir o beijo.
Mariana: A gente se fala.-Fez menção de ir e eu puxei ela de novo, beijando ela mais uma vez antes de deixar ela entrar no shopping.
-Liga pra mim quando estiver saindo.-Gritei e ela se virou, fazendo joinha com a mão. Olhei a cinturinha e o bundão que ela tem quando ela se virou, ficando de costas e passei a língua nos lábios que até ficaram secos antes de colocar o capacete e vazar, gostosa demais papai!
-
Gente, reparei agora que já passamos da metade do livro.🥺
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nossa História. - Livro I
Romance+16| Cidade De Deus, Rio de Janeiro.📍 "Encosta o corpo no meu Preta não solta a minha mão Se for pra te ver partir Vai partir meu coração." 1° livro da triologia 'Meu Primeiro Amor.' 𝓐-𝓥𝓲𝓻𝓰𝓲𝓷𝓲𝓪𝓷𝓪. ©2021.