Mariana.
Como tudo que é bom dura pouco, já era domingo. Não é possível que o fim de semana passe tão rápido assim, quer dizer, tudo bem que eu passo a maior parte do tempo dormindo mas mesmo assim passou voando.
Desde o dia da invasão eu só falei com o Lucca umas três vezes, duas pelo whats e a outra foi antes de ontem a noite que a gente ficou mó tempão conversando lá na laje, não tava querendo parecer emocionada então tava deixando ele vir atrás.
Saí do youtube e coloquei o meu celular pra carregar, indo pra sala.
Lúcia: Mariana do céu!-Gritou olhando pra mim e eu encarei ela sem entender.
-O que tem eu?-Perguntei.
Lúcia: Cê ainda não tomou banho, cara, não é possível.-Falou indignada.-Eu vou só terminar de assistir essa novela e se você não estiver pronta eu vou sozinha.
-Que susto mãe, caraca. Eu tô indo pegar a minha toalha lá no varal já.-Falei indo pro quintal.
Todo domingo de fim de mês a gente vai almoçar em um restaurante africano super top na praia, ela diz que é importante a gente se manter conectada com as nossas origens e tal, acho tudo, quero super manter essa tradição quando tiver filhos. Tem umas comidas babadeiras com preços super acessíveis, sem falar que é o único lugar onde tu não sofre racismo porque todo mundo lá é igual.
Tomei banho e escovei os dentes rapidão, com medo da bendita novela já ter acabado e fui correndo pro meu quarto, deixando marcas do meu pé molhado no piso. Se não caí e fraturei a coluna foi Deus me segurando!
A roupa que eu ia já tava separada, só passei creme hidratante, desodorante, vesti minhas roupas íntimas, meu short jeans de lavagem clara e o cropped cuja cor predominante era verde, as mangas dele iam até um pouco antes dos cotovelos e ele tinha uma abertura nas costas.
Depois de vestir dei uma ajeitada no meu cabelo com a mão mesmo, coloquei as minhas argolas prateadas, passei protetor solar, o meu inseparável gloss, nos pés joguei uma sandália rasteira verde clarinha e finalizei com perfume.
Lúcia: A sorte da gata.-Disse, dando risada quando eu apareci na sala.-Terminou agorinha a novela, chamei o uber já até.
-Vamo esperar lá na entrada então, aproveitar que a intensidade do brilho do do sol tá consideravelmente razoável para descer o morro sem chegar lá embaixo suando igual porco.
Ela concordou, desligou a tv, pegou a bolsa dela e ficou trancando a porta, enquanto esperava eu coloquei o meu celular em uma mesa pra lá de velha que tem aqui no quintal, apoiei na parede pra tirar fotos e coloquei o temporizador antes de começar.
Acabou que só gostei de uma, que ódio. A pessoa vai lá e tira trinta fotos pra só uma ficar legal. Meu problema também é olhar a foto demais, acabo achando defeito onde não tem e fico puta sozinha. Postei no insta a única que eu não olhei tempo suficiente pra odiar.
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@Mari.Andrade Afropaty.🧚🏾♀️
4.000🖤 500💬 1.000🔁
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Drika: Deu o quê pra ele?-Perguntou sem tirar o olho do celular e eu tirei o celular da mão dela, colocando do meu lado. Eu disse que dei pro Lucca só pra ela não ficar sabendo por ele e achar errado e ela me faz uma pergunta dessas.
Já tinha voltado do restaurante faz tempo, tava fazendo altos nadas lá em casa então resolvi vir fazer altos nadas com ela.
-Eu dei pra ele, Drika, simples assim!-Falei novamente.
Drika: Dar de dar mesmo?-Perguntou com os olhos mais abertos do que o normal.
-Ahram.-Balancei a cabeça, confirmando.
Drika: Dar tipo, O PAU DELE NA TUA BUCETA?-Gritou e eu já tapei a boca dela com a minha mão.
-Quer um megafone não, Drika? Talvez assim o morro todo possa ouvir.-Falei tirando a mão da boca dela, quando senti que ela tava mais calma.
Drika: Desculpa, cê me pegou de surpresa. Eca!-Fingiu vômito.-Quer dizer, apoio vocês mas imaginar meu irmão nessas circunstâncias faz o meu estômago revirar.
-Enfim, só queria te falar pra você não descobrir por outra pessoa.-Peguei o celular dela, devolvendo e quando ela pegou eu deitei a cabeça na almofada, olhando a série que tava passando na tv.
Drika: Shippo e afins.-Deu risada e levantou, indo colocar o celular dela pra carregar.
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Gente eu estou viciaderríma na música 'Por supuesto' da Marina Sena, passo o dia inteiro cantando e escutando. É muito boa, pra quem curte música com uma pegada anos 90 eu recomendo demais! Pra quem não curte música com essa pegada também recomendo porque mesmo assim vale muito a pena escutar.
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Nossa História. - Livro I
Romansa+16| Cidade De Deus, Rio de Janeiro.📍 "Encosta o corpo no meu Preta não solta a minha mão Se for pra te ver partir Vai partir meu coração." 1° livro da triologia 'Meu Primeiro Amor.' 𝓐-𝓥𝓲𝓻𝓰𝓲𝓷𝓲𝓪𝓷𝓪. ©2021.