Capítulo 1.

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Mariana Vanessa Andrade, Mari

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Mariana Vanessa Andrade, Mari. | 17 anos.

Nossa primeira semana aqui passou voando, até agora tá tranquilo mas essa tranquilidade toda já tá me cansando também. Escola pra ir não tem porque terminei os estudos cedo, se pá vai fazer um mês que terminei o ensino médio. Fiz um teste pra entrar em uma faculdade que disponibiliza curso intensivo de estética em Los Angeles, se Deus quiser eu entro e vou pra lá estudar, meu sonho de princesa!

Nem pressa tenho porque ainda sou nova mas se daqui um ano eu não receber uma resposta, obviamente vou atrás de um curso aqui no Brasil mesmo.

Ouvi a porta sendo aberta e fechei a geladeira indo olhar quem é, dona Lúcia chegou cedo hoje.

Lúcia: Oi meu amor.-Jogou a bolsa no sofá e veio dar um beijo no meu rosto.

-Oi mãe.-Sorri pra ela.-Chegou cedo hoje, né?

Lúcia: Tava me sentindo mal, minha patroa me disse pra ficar uns três dias em casa, viver o meu luto e descansar.

-Ela tem razão.-Desde que o meu pai se foi ela só faltou no trabalho no dia que veio trazer as coisas pra cá e fazer a limpeza, a patroa dela falou tanto que ela tinha que ficar em casa repousando mas quando a dona Lúcia põe algo na cabeça, não há quem tire.

Lúcia: Tem razão nada.-Foi sentar no sofá.-Preciso de manter a minha mente ocupada, pra não ficar lembrando o quão má esposa eu fui.

-Para com isso mãe.-Falei refazendo o meu coque.-Isso não é verdade, a culpa não é sua, cara. Se você continuar se culpando eu também vou me culpar por não ter notado nada.

Lúcia: Parei.-Falou se levantando.-Tô cansada, vou tomar um banho e dormir um pouco.

-Eu vou no mercado comprar carne e vou aproveitar perguntar se não tem uma vaga pra trabalhar lá.-Falei ficando na ponta do pé pra pegar o pote com dinheiro em cima da geladeira.

Ela assentiu e me deu um beijo, indo pro quarto dela. Guardei o dinheiro no bolso frontal do meu short e saí de casa, trancando o portão.

Paula: Boa tarde, Mari.-Dona Paula, a vizinha da frente falou acenando pra mim. Mal a gente chegou ela e a minha mãe já amigaram, santo delas bateu pacas.

-Boa tarde, dona Paula.-Sorri acenando de volta.-A senhora poderia me explicar onde fica o mercado?-Segunda semana aqui e eu não conheço nada daqui, também só fico em casa.

Paula: Claro.-Tu desce...-Parou de explicar olhando pra trás, o portão da casa dela foi aberto e uma morena linda saiu fechando.-Ainda bem que você saiu, Dri.-Falou pra morena lá.-Vem cá meu amor.-Me chamou.

Esperei um cara que estava de moto passar e fui até elas.

Paula: Mari, essa é a minha filha Drika.-Apontou pra ela que olhou pra mim sorrindo.-Dri, essa é a Mariana, filha da Lúcia.-Sorri de volta pra ela.-Filha mostra pra Mari onde fica o mercado, por favor?-Pediu.

Drika: Claro mãe, vamo.-Me puxou pela mão e fomos descendo, o sol pra variar tava de matar.-Menina, quase todo mundo aqui já conhece a tua mãe mas tu nem tchum, nem sabia que a tia tinha filha.

-Tenho problema de me socializar mesmo.-Dei risada.-Sou bem diferente da minha mãe.

Drika: Só em termos de convivência porque de aparência tu é a cara dela.-Encaixou o braço no meu, cruzando.-Mas e aí, tá gostando daqui?

-Então.-Olhei um cachorro passar correndo.-Ainda não conheci nada mas tá tranquilo pra mim, não tenho do que reclamar sobre.

Drika: Isso tem que mudar, agora que me conheceu esquece essa vida de ficar em casa.

-Não ficando sozinha pra mim tá ótimo.-Com o braço livre peguei o celular no bolso traseiro do short.-Bota aqui o teu número.

Drika: Me chama no zap e eu salvo o seu número quando chegar em casa.-Falou devolvendo o meu celular.

-Beleza, sabe de algum lugar que tá com vaga de emprego?-Paramos de andar pra deixar o carro passar e depois continuamos descendo.

Drika: Na loja de roupas onde eu trabalho, no shopping do centro, estão precisando de outra atendente.-Falou.-Vou falar com a minha gerente pra ver se consigo uma entrevista pra ti.

-Oba!-Falei animada.-Estarei no aguardo.

Drika: Pode ficar, mas você tem que dizer o horário que cê tá livre.

-Eu tô sempre livre.

Drika: Sério?-Olhou pra mim.-Tu não estuda?

-Terminei o ensino médio, aí tô esperando uma resposta da faculdade pra ver se fui aceita.

Drika: Saquei.-Assentiu.-Aproveita bastante o tempo fora da faculdade porque é um porre, não sei se é por ser o primeiro ano mas...

-É?-Perguntei rindo.-Tu estuda o quê?

Drika: Estudo Marketing.

Conversamos demais, voltando do mercado ela ainda foi comigo pra minha casa e me ajudou a cozinhar, almoçou eu, ela e a minha mãe e depois de me ajudar a lavar a louça ela foi se arrumar pra faculdade.

-

Gente vocês preferem a escrita assim com o nome da pessoa que está falando em frente ou sem nome (só com o travessão)?

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