Mari.
Desisti de tentar dormir e levantei na força do ódio, na moral cara. Sábado é o único dia que a gente tem pra dormir de boa e a minha mãe vai e me põe a música no volume máximo, fechei a porta do meu quarto pra tentar voltar a dormir e me joguei na cama de novo, me cobrindo até a cabeça.
Lúcia: Bora acordar Mari, olha como o dia tá lindo.-Abriu a porta do quarto, fazendo o som da música ficar mais alto.
-Tá muito cedo ainda mãe, abaixa isso pelo amor de Deus!-Pedi tapando os ouvidos com a minha almofada.
Lúcia: Cedo na onde, minha filha? Vai dar onze horas já.-Arrancou a minha coberta e puxei de volta, me cobrindo de novo.-Você que sabe, eu tô indo pra praia. Fica aí então.
Levantei na hora, praia é o meu ponto fraco e desde que nos mudamos eu tenho importunado ela demais pra gente ir.
-Era só ter falado mais cedo, uai.
Lúcia: Eri si tir filidi mis cidi.-Ela fez uma careta, me imitando e saiu do meu quarto.
Depois de arrumar o meu quarto eu peguei a sacola que a tia Mara trouxe e já escolhi um biquíni novo e uns acessórios pra usar, depois peguei a minha toalha e fui pro banheiro.
Lúcia: A Mara tem bom gosto mesmo, hein.-Minha mãe disse quando eu fui pra cozinha e eu sorri, dando uma voltinha pra exibir o meu vestido novo. Era lindo demais, tomara que caia ciganinha de cor azul bem fraquinha e ficava uns oito dedos acima do joelho.
-Pois é!-Falei pegando duas canecas no armário pra fazer café.-Vai só nós duas?-Perguntei vendo ela servir os ovos mexidos em dois pratos.
Lúcia: Não, chamei também a Paula e a Drika.-Colocou a frigideira suja na pia.-Ah, e a Mara.
-Ué, mas ela não ia voltar hoje pros Estados Unidos?
Lúcia: Ela ia mas com isso de visitar a gente e os pais ela acabou esquecendo que o marido pediu pra ela visitar também a tia dele, saber como ela tá e tal.-Explicou levando os pratos pra mesa e eu peguei os pães levando também.
-Ah, e essa tia mora longe?-Fui pegar as canecas com o café e nos sentamos pra comer.
Lúcia: Que nada, cê acredita que ela mora aqui também?
-Acredito, lembra que antes da tia Mara casar ela tinha dito que o namorado dela vivia aqui na cidade de deus e tal?-Dei um gole no café e continuamos com o nosso papo aleatório.
{...}
Drika: Qual praia a gente vai?-Perguntou quando entramos no uber, nem fudendo que a gente ia esperar o próximo ônibus passar pra ir.
Lúcia: Eu e a sua mãe estávamos pensando em praia do pepê lá na barra.
Nem amei né? Barra da Tijuca tem umas praias maras, a barra em si é mara! Com certeza se Deus quiser quando eu for bem sucedida não vou pensar duas vezes em comprar minha primeira casinha lá ou no Leblon, fico bem dividida entre esses dois lugares.
Paula: Cês concordam? Posso confirmar com o senhor?-Fizemos um jóia com a mão e a tia confirmou com o motorista do uber.
A viajem foi bem rápida, coisa de treze minutos, e isso porque tava um leve trânsito. Pagamos a corrida e descemos do carro com as nossas coisas.
Não tinha tanta gente quanto eu pensei que fosse ter, não sei se é por conta do horário mas da última vez que víemos tava abarrotadíssima.
Escolhemos um ponto pra ficar e quando as patroas aprovaram, abri a minha bolsa de praia, tirando a minha canga e estendi na areia quentinha. Tirei o meu vestido, ficando de biquíni, me sentei na canga, em seguida taquei os meus novos óculos de sol na cara, sentindo o meu cabelo balançar pra caralho por conta do vento.
Drika: Mulher, tu não passa protetor?-Perguntou passando no corpo dela e aí que eu me lembrei.
-Tu acredita que eu tinha esquecido?-Dei risada, abrindo a bolsa e tirando o protetor. Passei ele e atrás onde eu não alcancei a Dri me ajudou.
Nossas mães logo foram atrás de água de coco enquanto as gatas ficaram aqui aproveitando o sol, papeando e pegando aquela marquinha da rega.
Elas voltaram com as águas de coco e a tia Mara de bônus, tava gata como sempre. Vestiu um short jeans, exibindo as pernas grossas castanhas com a parte de cima do biquíni vestido e os cachos voando à medida que andava.
Drika: Hm.-Soltou o canudo, deixando a água de coco de lado.-O Lucca me disse que achou o jp te importunando.
-Menina, ele apareceu no momento certo. Não sei o que teria acontecido se ele não tivesse visto a gente.-Peguei o canudo, bebendo a minha água.
Drika: Melhor nem pensar nisso mais também, aquele desgraçado não merece esse ibope todo.
-E você tava esperando o quê pra me falar que o Lucca é seu irmão?-A safada já abriu um sorriso.
Drika: Se eu dissesse, tu continuaria falando sobre ele assim cem por cento à vontade comigo?-Arqueou a sobrancelha, esperando e eu não respondi.-Foi o que eu pensei!
-Tá, mas eu ficaria uns setenta por cento à vontade.-Falei me defendendo.
Drika: Setenta por cento não é cem, bebê.-Piscou se deitando.
E assim foi o resto da tarde, na volta eu vesti o short que tinha separado caso o meu vestido sujasse (o que aconteceu porque Mariana não é Mariana sem comer feito criança) e antes de vestir o cropped eu pedi pra Dri tirar uma foto minha rapidão pra postar no insta.
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@Mari.Andrade Virgo energy recharged.♍
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Nossa História. - Livro I
Romance+16| Cidade De Deus, Rio de Janeiro.📍 "Encosta o corpo no meu Preta não solta a minha mão Se for pra te ver partir Vai partir meu coração." 1° livro da triologia 'Meu Primeiro Amor.' 𝓐-𝓥𝓲𝓻𝓰𝓲𝓷𝓲𝓪𝓷𝓪. ©2021.